Introdução.
Literatura em língua persa, escrita em caracteres árabes, incluindo, além do Irã, a Turquia e o norte da Índia. A literatura persa pré-islâmica inclui os ghatas ou cantos divinos, os textos sagrados mais antigos agrupados pelo nome de Avesta, os textos de Avesta e as epopéias para serem recitadas na corte. A poesia persa, que adaptou as formas árabes, nasceu na Pérsia oriental durante o século IX. No século X surge o poeta Rudaki, conhecido como o papa da poesia persa. Poucos anos depois de sua morte começou a tradição épica persa, que têm suas fontes nos Avesta e nos textos escritos em persa médio. Os principais poetas épicos são Marvazi, Daqiqi e Firdusi, autor da grande epopéia nacional persa. O primeiro autor que cultivou a qasida (poema didático) foi Rudaki, seguido de Unsuri, Asjadi e Farruji, que destacam-se entre os maiores poetas dos 400 instalados na corte do sultão Mahmud de Ghazna. Entre os muitos poetas que escreveram panegíricos cabe citar Anvari, e um importante autor de qasidas filosóficas é Naser-e Josrow. O famoso poeta Omar Khayyam é o maior autor de ruba’i (quartetos). A segunda metade do século XIII e a primeira parte do século XIV é considerada a idade de ouro da poesia persa graças a três dos maiores poetas da Pérsia: Sadi, Rumi masnavi (longo poema narrativo) foi obra extraordinário o ghazal, uma forma lírica apaixonante e mística. A primera masnavi (largo poema narrativo) mística foi obra de Sana’i. Posteriormente destacou-se Attar, expoente da doutrina mística do sufismo. Os versos dedicados ao amor de Rumi são considerados os mais profundos de toda a literatura islâmica. Outro destacado autor de masnavi românticas foi Nezami. O período de decadência começou no século XIV e o último grande poeta clássico foi Jami, ainda se destacam as masnavi românticas do poeta indiano Amir Josrow. Durante o século XV, e especialmente no século XVI, muitos poetas persas instalaram-se na corte dos imperadores mongóis indianos. O principal representante do estilo indiano (sabk-e hindi) foi Sa’ib, cujos poemas destacam-se por sua extraordinária imaginação. Em prosa a importante tradição persa inclui obras de Firdusi e uma tradução para o persa do comentário árabe sobre o Alcorão escrito pelo historiador Tabari. O gênero mais popular foi Espelhos para príncipes, livros de conhecimentos práticos e normas de conduta, entre os que figuram o escrito pelo governante de Gurgan do século XI Kaikavus ibn Iskandar. O maior prosista da literatura didática posterior foi Sadi, autor do famoso livro de máximas (algumas em verso) Gulistan (Jardim de rosas, 1218). Tendências Modernas Perto do final do século XVIII a literatura persa começou a experimentar importantes transformações como resultado de diversas influências, entre outras a ocidental. O principal autor do começo do século XIX foi Qi’im Maqim. No final do século a produção literária gozou de extraordinário vigor e tendo surgido, deste modo, alguns dos primeiros sérios dramas de tema nacionalista e patriótico. A partir de 1919, começaram a surgir relatos em persa, mais dramáticos do que românticos. Nesta época, os autores mais conhecidos são M. A. Jamalzadeh, Sadiq Hidayat, Buzurq Alavi y Jalal Al-e Ahmad Hidayat. A poesia persa recebeu novo impulso após a II Guerra Mundial e o teatro, que no sentido ocidental do termo começou no século XIX, conta com os dramaturgos Malkam Jan e Sa'edi.
Fonte: Historia do Mundo.
Disponivel em:http://www.historiadomundo.com.br/persa/literatura-persa/
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