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Durante séculos os principais ocupantes do planalto catarinense na região Serrana foram as populações indígenas, dentre as quais podemos destacar para este estudo os grupos Kaigáng e Xocleng.
Os índios Kaigáng e Xocleng, genericamente denominados na região Sul de “bugres” pertencem ao mesmo grupo lingüístico Jê, possuindo estes grupos certas peculiaridades. Silvio Coelho dos Santos comenta que o território tradicional dos Kaigáng, ao que tudo indica, apesar de ainda existirem discussões sobre a área de ocupação geográfica de cada grupo em Santa Catarina, compreendia toda a área de campo entre os rios Iguaçu e Uruguai, sendo que, no século XVII, a medida em que o avanço colonial aniquilava populações Guarani, tornou-se possível aos Kaigang se espalharem além destes rios, tanto ao Norte quanto ao Sul[i]. Os índios Kaigáng eram seminômades, não praticando muito a agricultura e se praticavam era a horticultura e a plantação de milho. Sua principal fonte de alimentação consistia na caça e na coleta, sendo que o pinhão era no inverno seu principal alimento, devido às condições geográficas de clima em que viviam.
Com o avanço da criação de gado na região do Planalto Serrano a partir do final do século XVIII, os criadores começaram a disputar espaço com os Kaigáng, expulsando do campo os contingentes indígenas. Uma das estratégias utilizadas pelos criadores de gado, componentes da frente de expansão, foi baseada na experiência portuguesa de colocar indígenas contra indígenas. Muitos deles conviviam com fazendeiros, “atraídos [com o] convívio [...] se encareregaram de fazer guerra àqueles refugiados em áreas de acesso mais difícil e que pretenderam oferecer resistência ao conquistador”[ii]. De acordo com Rodrigo Lavina[iii], o contato deste grupo indígena com o branco se intensificou a partir da expansão das estâncias que criavam gado no Planalto Catarinense, sendo que os Kaigáng poderiam ter sido incorporados gradativamente a estas fazendas, trabalhando como peões ou na defesa contra outros Kaigáng hostis à ocupação. O contato com os brancos resultou em um processo de desintegração social e cultural, desarticulando o sistema econômico tribal e contaminando o grupo com doenças até então desconhecidas, sem que os indígenas oferecessem qualquer resistência biológica. Por perderem as terras, necessárias como base para seu sustento, os Kaigáng “deixaram-se ficar então junto às fazendas, sujeitos às ordens dos brancos que deles necessitavam como mão-de-obra e, especialmente como garantia de defesa, quando da ameaça de índios arredios”[iv].
Em relação aos grupos mais hostis, estes continuaram sujeitos ao avanço da frente de expansão, sendo que estes grupos acabaram ao longo do tempo sendo marginalizados, sem sua área tradicional, vivendo atualmente em reservas indígenas pelo Estado.
Os Xocleng, também conhecidos como Botocudos, são um grupo mais estudado que os Kaigáng. Porém a documentação sobre estes começa a surgir em maior quantidade somente a partir do século XIX[v]. Esta escassez nos documentos pode ser explicada pela localização geográfica de seu território tradicional, a Mata Atlântica, situada nas bordas entre o litoral e o planalto, se estendendo também na região planaltina adentro. A maior documentação a partir do século XIX se explica pela crescente ocupação destas áreas, realizadas através de processos de colonização governamentais e privados. Em relação ao contato dos grupos indígenas com a população branca do Planalto Serrano, boa parte se refere aos indígenas Xocleng a partir do século XIX.
Os Xocleng, em tempos históricos, eram nômades que viviam da caça e da coleta, tanto de frutas quanto de pinhão, vivendo em grupos entre 50 e 200 pessoas, dominando toda a área de floresta entre o litoral e a encosta do planalto, desde a proximidade de Porto Alegre (RS) até Paranaguá (PR), também existindo indícios de grupos no litoral catarinense[vi]. O regime de subsistência praticado fazia com que este grupo tivesse um trânsito intenso entre as regiões serranas, rica em pinhão no inverno e o litoral do Estado. Quando estes grupos chegavam nas bordas do planalto formavam acampamentos maiores e mais estáveis[vii].
Como foi comentado anteriormente, a região planaltina catarinense começou a ser ocupada de maneira mais intensa a partir do século XVIII, servindo como caminho de tropas que conduziam o gado do Rio Grande do Sul até São Paulo. No caminho destas tropas se estabeleceu uma série de invernadas e fazendas localizadas nas áreas de campos naturais, as quais podemos destacar em no Estado as regiões onde atualmente se localizam, Lages, Curitibanos Campos Novos e alguns municípios vizinhos. As regiões a Oeste e Norte destes campos começaram também a ser ocupadas por pequenos e médios lavradores, na maioria posseiros, e alguns com posse legitimada, pois esta consistia numa “região de fronteira no sentido de ser a vanguarda de um processo específico de apropriação e colonização de terras”, ocupando as regiões de matas, campos e vales de rios como o Marombas, Taquaruçu, Correntes, do Peixe, entre outros[viii].
Estes novos moradores possuíam uma visão diferente da natureza em comparação com a população nativa. Estas diferentes visões fazem parte de um conjunto “de significados, atitudes e valores partilhados de formas simbólicas em que eles são expressos ou encarnados”[ix]. Constata-se também o choque entre dois mundos, através do contato interétnico estabelecido entre os novos moradores e nativos. Aqui cabe destacar o conceito de etnicidade adotado como sendo:
[o] estudo dos processos variáveis e nunca terminados pelos quais os autores identificam-se e são identificados pelos outros na base da dicotomia Nós/Eles, estabelecidas a partir de traços culturais que se supõem derivados de uma origem comum e realçados nas interações raciais[x].
O convívio desta nova população com os habitantes indígenas era quase sempre tenso. Existem relatos de tensão e lutas entre os índios, caçados por fazendeiros e bugreiros “(caboclos especializados em localizar, destruir aldeamentos e capturar alguns sobreviventes)”[xi]. A resistência dos grupos indígenas foi enfrentada pelo próprio governo local e as diversas companhias colonizadoras do Estado, contando com o auxílio destes “bugreiros”. Estes tinham ordem para afugentar os índios para locais cada vez mais distantes para não incomodar os brancos, mas o que realmente se fazia era “afugentar pela boca da arma”[xii].
Entre os anos de 1973 e 1974, foram realizadas diversas entrevistas com moradores antigos da região de Fraiburgo (município do Meio-Oeste catarinense) pelo Padre Tomás Pieters. Nestes relatos podemos perceber em alguns trechos as tensões e conflitos existentes entre a população nativa e os primeiros moradores brancos da região ao descerem os caminhos da serra rumo ao Vale do Itajaí, território tradicionalmente pertencente aos Xocleng. O relato de Firmino Gonçalves Pontes, antigo morador da região do atual município de Fraiburgo, ilustra bem o medo e a tensão existentes em relação aos confrontos com a população indígena:
Passeamos pelas poucas estradas, pelas picadas, tinha bugre. Vi os animais e os cargueiros, que os bugres matavam. Há um lugar perigoso: Serra do Taió, na estrada para Blumenau. Tinha gente a pé para desfazer as trincheiras dos bugres. Foram os bugreiros que entraram no mato [...] Quando a gente precisava fazer viagem, tinha de dirigir-se lá para obter os guias, que conheciam o movimento dos bugres. Assim mesmo matavam muita gente. No meu tempo os bugres já estavam recuando, porque a região estava se povoando[xiii].
Amélia Andrade de Ribeiro, outra antiga moradora da região, também se refere a estes momentos de confronto com a população indígena e a dificuldade de deslocamento até o Vale do Itajaí:
Iam com cargueiros. Foram para Blumenau, enfrentando as picadas, os bugres. Tocavam tropas, traziam sal, açúcar, até cachaça. Levavam quase trinta dias. Tinha bugre na Serra do Espigão. Da pirambeira caíram algumas vezes as mulas, que depois nem se encontravam mais. Os bugres enfrentavam os tropeiros, brigavam, matavam as mulas; do cargueiro tiravam nada sinão as argolas de metal do arreiamento dos animais, mesmo da cangaia [...] Isso era a única coisa que tiravam. Nas mercadorias não tocavam mão[xiv].
É possível perceber através dos trechos destes depoimentos a preocupação e o medo dos viajantes e tropeiros que desciam a serra, em relação aos chamados “bugres”.
Os ataques realizados pelos Xocleng aos viajantes que desciam no caso, a Serra do Espigão, ocorriam preferencialmente durante a primavera e o verão. Conforme Rodrigo Lavina: “parece lícito supor que estes poucos ataques eram realizados principalmente para obtenção de ferro, que os Xokleng trabalhavam a frio para produzir armas e ferramentas”[xv], concordando com o relato de Amélia Andrade Ribeiro, segundo a qual os índios não tocavam nas mercadorias, apenas desejavam o ferro existente nos arreios e na cangalha dos animais.
Firmino Gonçalves Pontes também faz menção aos “bugreiros”, que entravam no mato e conheciam o movimento dos “bugres”. Porém provavelmente o “bugreiro” mencionado, seja um “batedor do mato”, que buscava, embora sem sucesso, afugentar os indígenas[xvi], daí talvez a menção de que “assim mesmo matavam muita gente”. Este também apresenta uma informação interessante a respeito de um homem que servia à função de afugentar ou se desviar dos índios como sendo ele também um “bugre”.
Um chefe deles, que entendia a arte deles, ele não vivia junto com eles. Ele avisou onde estavam e indicou a direção para tomar. Não eram bugres, mas homens conhecidos deles, como se fosse bugre, não posso dar uma definição certa para o senhor. Bugre já mais civilizado, ele sabia por exemplo: Eles estarão lá em 10 de novembro, nem precisava ir lá, não sei por que intermédio ele sabia, ele indicou o caminho para evitar eles. Enquanto batiam tropas, que matavam os animais, os tropeiros, então o bugreiro esse ia com mais dois ou três, quatro companheiros[xvii].
“Bugreiro” que poderia muito bem ser um indígena de outras aldeia, pois de acordo com Wanda Ranke, estes não possuíam uma autoclassificação[xviii]. É possível constatar no mesmo depoimento o extermínio indiscriminado desta população nas áreas de planalto, na região do Meio-Oeste, quando o depoente comenta que “os bugres já estavam recuando, porque a região estava se povoando”[xix], recuo este para áreas de difícil acesso.
Os relatos de disputas e conflitos com indígenas eram freqüentes nesta região, existindo diversos conflitos em represália de mortes dos dois lados. Nem mesmo as pregações do “monge” João Maria, que “falara às pessoas para respeitarem os bugres, por serem pessoas simples que viviam conforme o que a natureza oferecia”, conseguia evitar o extermínio desta população indígena[xx].
Nestes diversos conflitos realizados com a população indígena, os “bugreiros”, ao atacar, freqüentemente exterminavam praticamente todos na aldeia, sobrevivendo em certos casos algumas mulheres jovens, que muitas vezes eram transformadas em esposas ou companheiras de peões, sitiantes ou tropeiros. Provavelmente muitas famílias chamadas caboclas se formariam através de uma caçada ao “bugre”, onde a mulher foi capturada no mato como um animal. Portanto, não era raro existirem famílias caboclas formadas da miscigenação, que de acordo com Silvio Coelho dos Santos existia há muito tempo neste “cenário rústico, no qual uma mulher era um bem extremamente valorizado, não importando se fosse branca, negra ou índia”, originando daí o chamado caboclo[xxi].
Muitos moradores antigos da região são descendentes de índios, geralmente filhos ou netos de índias “laçadas no mato”, como Valdir Rodrigues Mafra, que dizia que a sua avó “era uma bugra”[xxii]. Também poderiam sobreviver crianças pequenas, geralmente de colo, pois se acreditava que “bugrezinho que já anda com as próprias pernas não presta, só dá problema!”[xxiii].
Era comum a estas populações planaltinas ao ocuparem alguma terra eliminar a população indígena ao redor, até mesmo como uma forma preventiva de “limpeza do terreno”, em uma clara disputa de espaço. Esta população não era vista como gente, sendo considerada um animal, como podemos notar em relatos da população local. “[Quando seu pai chegou] não havia nada, não morava ninguém, só tinha mato, onça e bugre”[xxiv].
Mas esta não era a única visão dos moradores em relação às populações indígenas, que eram consideradas um animal daninho, perverso e perigoso, que deveria ser exterminado. Relatos sugerem também a existência de relações pacíficas entre moradores de algumas regiões e estas populações, como por exemplo, em Taquaruçu, onde:
o convívio com outras etnias foi diferente de outros lugares. Os novos moradores foram bem aceitos pelos índios, pois trocavam presentes tais como: farinha de mandioca, cachaça, gumo; em troca recebiam carne de caça e a famosa casca de mel[xxv]
Também encontramos menções de contatos pacíficos em outras áreas da região, como na localidade da Liberata, atualmente pertencente a Fraiburgo, onde Afonso Ribeiro comentou sobre a existência de “índios mansos, não sei o nome da tribo. Eles pareciam pelos matos, mas a gente não viu”[xxvi]. Estas relações e trocas amistosas com a população indígena também são comentados por Rodrigo Lavina, sugerindo contatos amistosos com os Xocleng, tanto com a população nacional quanto com imigrantes “incluindo ali troca de objetos e alimentos”[xxvii].
É realmente difícil realizar uma pesquisa mais detalhada sobre a ocupação indígena em Santa Catarina, pois as fontes são raras e a historiografia tradicional procura sempre “invisibilizar” a presença de grupos étnicos como os indígenas e os negros não apenas no Planalto Serrano, mas em todo o Estado. Este texto procurou apresentar um breve panorama sobre a população indígena no Planalto Serrano, para mostrar que, longe de ser pequeno, o contato com a população indígena no Planalto Serrano foi intenso e que estes grupos indígenas, concordando com Rodrigo Lavina:
não sofreram apáticos a espoliação de suas terras e a destruição de suas culturas, mas que assumiram o papel de agentes históricos, conscientes da espoliação a que estavam submetidos, reagindo a isso da maneira que podiam, dentro de uma conjuntura que justificava e empreendia o seu extermínio[xxviii]
* Este artigo faz parte da discussão realizada no primeiro capítulo de meu Trabalho de Conclusão de Curso em Geografia, pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), intitulado: “A instalação e funcionamento da serraria René Frey & Irmão no Campo da Dúvida (1937-1961)”. E-mail: marlonbrandt@yahoo.com.br
[i] SANTOS, Silvio Coelho dos. Educação e sociedade tribais. Porto Alegre: Movimento, 1975, p. 17.
[ii] Ibidem, p. 17, 18.
[iii] LAVINA, Rodrigo. Indígenas de Santa Catarina: História de Povos Invisíveis. In: BRANCHER, Ana (org). História de Santa Catarina, estudos contemporâneos. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1999, p.79.
[iv] SANTOS, Silvio Coelho (1975). Op. cit., p. 19.
[v] LAVINA, Rodrigo. Op. cit., p. 79.
[vi] SANTOS, Silvio Coelho (1975). Op. cit., p. 21.
[vii] LAVINA, Rodrigo. Op. cit., p. 79.
[viii] MACHADO, Paulo Pinheiro. Bugres, Tropeiros e Birivas: Aspectos do Povoamento do Planalto Serrano. In: BRANCHER, Ana AREND, Silvia M.F. (org).História de Santa Catarina no século XIX. Florianópolis, UFSC, 2001, p. 19-20.
[ix] BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 15. Apud AREND, Silvia Maria Fávero. Relações interétnicas na província de Santa Catarina (1850-1890). In: BRANCHER, Ana; AREND, Silvia M. F (orgs). História de Santa Catarina no século XIX. Florianópolis: Ufsc, 2001, p. 31.
[x] POUTIGNAT, Philippe; STREIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da etnicidade. Seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: Unesp, 1988, p. 141. Apud Ibidem, p. 32.
[xi] MACHADO, Paulo Pinheiro. Op. cit., p. 13.
[xii] Entrevista com mo bugreiro Ireno Pinheiro, 1972. Apud. SANTOS, Silvio Coelho dos (1975). Op. cit., p. 22.
[xiii] PONTES, Firmino Gonçalves. Depoimento, janeiro de 1974, Fraiburgo.Entrevistador: Padre Tomás Pieters.
[xiv] DIAS, Aristiliano. 42 anos; RIBEIRO, Amélia Andrade. [8-] anos. Depoimento, novembro de 1973, Fraiburgo. Entrevistador: Padre Tomás Pieters.
[xv] LAVINA, Rodrigo. Op. cit., p. 79
[xvi] Ibidem, p. 80.
[xvii] PONTES, Firmino Gonçalves. Entrevista citada.
[xviii] HANKE, Wanda. Los Índios Botocudos de Santa Catarina, Brasil. In: Arquivos do Museu Histórico Paranaense, IV, Curitiba, 1994. p. 54. Apud PEREIRA, Walmir da Silva. A Ferrovia São Paulo-Rio Grande e os índios Xocleng – Relações interétnicas e modernidade no Sul do Brasil. 1995. 195f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1995, p. 54.
[xix] PONTES, Firmino Gonçalves. Entrevista citada.
[xx] MACHADO, Paulo Pinheiro. Op. cit., p. 12.
[xxi] SANTOS, Silvio Coelho. A modernidade chega pelo trem. In: SANTOS, Silvio Coelho (org). Santa Catarina no século XX. Florianópolis: Ufsc/FCC Edições, 2000, p. 18.
[xxii] MAFRA, Valdir Rodrigues. Depoimento, novembro de 1973, Fraiburgo.Entrevistador: Padre Tomás Pieters.
[xxiii] MACHADO, Paulo Pinheiro. Op. cit., p. 13.
[xxiv] Entrevista com Cipriano Fragoso, 74 anos, município de Matos Costa em 6 de junho 1998. Apud Ibidem, p. 13.
[xxv] A “casca de mel” é uma casca de árvore, geralmente um tronco oco de imbuia, cheio de favos de mel. FELISBINO, Pedro Aleixo; FELISBINO, Eliane. Voz de caboclo. Florianópolis: Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, 2002, p.12.
[xxvi] RIBEIRO, Afonso. Depoimento, dezembro de 1973, Fraiburgo. Entrevistador: Padre Tomás Pieters.
[xxvii] LAVINA,Rodrigo. Op. cit., p. 80.
[xxviii] Ibidem, p. 73
Fonte: História e História
Disponível em: http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=40