GUERRA DE CANUDOS
AS IMAGENS DE CANUDOS
Por Flávio de Barros (1897)
Em 1897, documentou a fase final da campanha de Canudos, no interior da província da Bahia, estando presente à ofensiva final de 1 de outubro e fotografando o cadáver do beato Antonio Conselheiro...
Flávio de Barros viveu o extraordinário privilégio de documentar com uma câmera fotográfica a Guerra de Canudos. Ele é precursor de dezenas de outros fotógrafos que nos anos posteriores também registraram esta epopéia sertaneja.
Flávio chegou a Canudos em 26/09/1897, acompanhando a Divisão de Artilharia Canet...
De suas fotografias originais são conhecidas três coleções que pertencem ao Museu da República, no Rio de Janeiro (72 fotos), ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (68 fotos, que desapareceram) e a Casa de Cultura Euclides da Cunha de São José do Rio Pardo (24 fotos).
Agradecemos ao Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN/SR – BA), a cessão das fotos históricas que publicamos a seguir.
Incêndio em Canudos
O Combatente (lado esquerdo da tela) e Os Combatentes (lado direito).
Mulheres e crianças prisioneiras da guerra
Ruínas da Igreja Velha de Santo Antônio
Ruínas da Igreja Nova
Vista geral de Canudos
Soldados e um conselheirista preso
Vista geral de Monte Santo
Sepultamento do Capitão Antônio Manuel de Aguiar e Silva
O corpo de Antônio Conselheiro (Antonio Vicente Mendes Maciel)
FILME: GUERRA DE CANUDOS
Foto de Estevam Avellar (1997)
Com Paulo Betti, Marieta Severo, José Wilker e Cláudia Abreu no elenco, chega aos cinemas, em 3/10/1997, Guerra de Canudos. Dirigido por Sérgio Resende, o filme foi rodado em uma cidade cenográfica. A fotografia é de ESTEVAM AVELLAR, com produção de Marina Leal.
Betti, Marieta e Wilker, em foto de Estevam Avellar (1997).
CANUDOS 100 ANOS
Por Evandro Teixeira
"Publicar um livro de fotos sobre Canudos era um sonho que eu cultivava há anos. Baiano, ainda menino, ouvia as histórias de Antônio Conselheiro e de sua Canudos contadas por meus avós.
Adolescente, li “Os Sertões” pela primeira vez e me apaixonei. O que Euclides da Cunha escrevia, eu transpunha para imagens. E, com elas, o fascínio sobre a batalha crescia. Quando me tornei fotógrafo profissional, com 20 anos de idade, Canudos já era um projeto, não pronto, mas com objetivo ainda não definido.
Quando defini tal sonho, consumi centenas de obras de pesquisa e viagens. Refiz a trajetória de Conselheiro, conversei com seus herdeiros, registrei, lado a lado, a antiga e a nova Canudos.
O mais difícil foi selecionar as 100 imagens para compor o livro. A essa altura, já me sentia parte daquela realidade. Canudos é sinônimo de luta, de resistência, de mudança, de esperança.
É, a história do país, vivida e contada por gente simples, cuja força parece vir da agrura da terra, da beleza rude do sertão. São assim as minhas imagens de Canudos."
Fotos by Evandro Teixeira
Fonte:Girafamania Disponível em:http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-brasil-guerra-canudos.htm |