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31.5.09
REVOLUÇÃO FRANCESA
Revolução Francesa
Antecedentes, Tomada da Bastilha, girondinos e jacobinos, monarquia constitucional, República jacobina,
Robespierre, burguesia no poder, Napoleão Bonaparte, História da França, aspectos da economia, resumo
Queda da Bastilha
Contexto Histórico : A França no século XVIII
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A Revolução Francesa (14/07/1789)
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793.O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinosrepresentavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror
Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A burguesia no poder
Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa ecapitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
Tribunal de Nuremberg
Após a II Guerra Mundial, os países aliados resolveram formar um tribunal internacional com a finalidade de julgar os "crimes" cometidos pelos inimigos de guerra, o qual ficou conhecido como o Tribunal de Nuremberg que resultou em uma série de 13 julgamentos, realizados em Nuremberg, na Alemanha, de 1945 a 1949. Nesses julgamentos os chefes da Alemanha nazista foram acusados de crimes contra o direito internacional. Alguns dos réus foram acusados de terem provocado deliberadamente a Segunda Guerra Mundial e empreendido guerras agressivas de conquista. Quase todos foram acusados de assassinato, escravização, pilhagem e outras atrocidades cometidas contra soldados e civis dos países ocupados. Alguns foram também acusados de serem responsáveis pela perseguição aos judeus e outros grupos raciais e nacionais.
Para muitos um progresso do direito internacional, para outros um tribunal improvisado e arbitrário, onde observou-se a espantosa negação de elementares postulados do direito penal tradicional (Nelson Hungria), como o princípio da legalidade, pois deu efeito retroativo a um Plano de Julgamento para a incriminação de fatos pretéritos, não considerados crimes ao tempo de sua prática, e impôs aos acusados o enforcamento e penas arbitrárias, sem direito a qualquer recurso, além de ter sido um tribunal que foi criado e funcionou segundo a vontade arbitrária dos vencedores, com o exclusivo propósito de uma vingança pura e simples.
Esse tribunal foi criado por um acordo assinado pelos representantes dos E.U.A., Grã-Bretanha, França e ex-U.R.S.S., em Londres, em agosto de 1945. Juízes e promotores públicos de todos os quatro países tomaram parte no primeiro julgamento, que teve como réus 22 funcionários da Alemanha nazista. Dentre esses líderes estavam Hermann Goering, Rudolf Hess, Joachim von Ribbentrop, Robert Ley, Wilhelm Keitel, Ernst Kaltenbrunner, Alfred Rosemberg, Hans Frank, Hjalmar Schacht, Gustav Krupp, Karl Donitz, Erich Raeder, Baldur Von Schirach, Fritz Saukel, Alfred Jodl, Martin Borman, Franz Von Papen, Arthur Seyss-Inquart, Albert Speer, Canstantin Von Neurath e Hans Fritzche. Em 1.° de outubro de 1946, o tribunal condenou 19 réus e inocentou Schacht, Papen e Fritzche. Sete réus, Hess, Funk e Raeder foram sentenciados à prisão perpétua. Schirach e Speer condenados à 20 anos de prisão, Neurath à 15 anos de prisão e Donitz à 10 anos de prisão . Bormann, Goering, von Ribbentrop e os outros foram condenados à morte. Martin Bormann foi julgado in absentia (na ausência) e não foi encontrado. Os outros condenados foram enforcados em Nuremberg, em 16 de outubro, a excessão de Goering que suicidou-se em 15 de outubro, na prisão.
Hermann Goering | Hermann Goering, (1893-1946), militar e político alemão. Conheceu Adolf Hitler em 1921 e um ano mais tarde se transformou em um dos líderes do Partido Nacional Socialista (nazista). Foi ministro da Aeronáutica, ministro presidente da Prússia, ministro do Interior e chefe de todas as forças de segurança alemãs. Concebeu a política de terror empregada na II Guerra Mundial, na qual se bombardearam e arrasaram cidades inteiras para submeter seus habitantes. Goering foi o lugar-tenente de Adolf Hitler na Alemanha nazista. |
No início dos trabalhos do Tribunal de Nuremberg, Goering foi o terceiro a entrar no recinto do julgamento, então com 52 anos, tinha emagrecido trinta quilos em razão do intenso tratamento a que foi submetido pelos médicos aliados com objetivo de livrá-lo do vício da morfina. O uniforme militar, despojado de incontáveis medalhas que costumava ostentar, dançava-lhe no corpo.
A defesa alegou ofensa ao princípio da legalidade acima mencionado. Também alegou-se a obediência a ordens superiores, afirmação repudiada posteriormente pelo tribunal, nas palavras do juiz Biddle: "os indivíduos têm deveres internacionais a cumprir, acima dos deveres nacionais que um Estado particular possa impor". |
A
corte escutou com toda atenção o arrazoado do advogado Stahmer; os réus também se mostraram muito atentos. Após longo discurso de Stahmer, o Presidente do Tribunal refutou as alegações, chamando a atenção para a premissa exposta pela defesa, que colidia com o artigo II da Corte que instituiu o Tribunal, segundo a qual a competência do referido Tribunal não poderia ser contestada nem pela acusação, nem pela defesa: "Dessa forma - acrescentou o Juiz Lawrence - pedirei aos acusado que se declarem culpados ou não-culpados. Estes deverão se dirigir, um de cada vez, ao microfone, obedecendo ao chamado".
O primeiro convocado foi Goering: "- Antes de responder à pergunta do Tribunal, se sou ou não culpado, devo sublinhar..." Mas é imediatamente interrompido por Lawrence: "- O acusado deve responder ao quesito da Corte. No seu devido tempo, poderá fazer outras declarações". Goering limita-se a responder: "- No sentido da acusação, declaro-me não-culpado."
O advogado de Goering foi Otto Stahmer. Depois da entrega das acusações aos prisioneiros, a reação de cada um foi diversa. Goering declarou: "O vencedor será sempre o juiz e o derrotado o acusado"; para Streicher o julgamento fora um triunfo do sionismo internacional. Frick afirmou que toda acusação se baseava numa conspiração fictícia. Os réus podiam escolher advogados dentre os selecionados pelos aliados por terem sentimentos antinazistas ou por terem se comportado com frieza em relação ao regime de Hitler. A defesa não teve tempo para colher provas ou preparar alegações e, vez por outra, surpreendia-se com inovações processuais criadas pela Corte de Nuremberg. A defesa foi sumamente prejudicada pela pravalência da prova documental à testemunhal, visto que as provas documentais carreadas pelos aliados eram extraordinárias e vultosas.
O juiz da Suprema Corte norte-americana Robert Jackson foi um dos promotores e iniciou a acusação contra os réus juntando uma avalancha de documentos, proclamando que a civilização esperava que a ação jurídica dos juízes do Tribunal de Nuremberg colocasse as forças do direito internacional, seus preceitos, suas proibições e, acima de tudo, suas sanções ao lado da paz, para que homens e mulheres de boa vontade, em todos os países, possam ter "a liberdade de viver, sem depender da permissão de ninguém, sob proteção da lei".
O promotor, de cima da tribuna, apontando para os acusados, disse: "É difícil, hoje, imaginar nestes homens encarcerados o poder do qual, como chefes nazistas, dispuseram e com o qual dominaram e aterrorizaram grande parte do mundo. São eles o símbolo de um nacionalismo e de um militarismo ferozes, de intrigas e de guerra que levaram a confusão à Europa, geração após geração, esmagando seus homens, destruindo seus lares e empobrecendo suas vidas". A longa pejoração tomou uma manhã inteira e a tarde do mesmo dia. Foi dito ainda: "Mesmo os povos mais belicosos souberam colocar, em nome da humanidade, um limite à ferocidade das guerras. A ordem nazista, porém, estabelecia que os aviadores ingleses e americanos capturados não deviam ser considerados prisioneiros comuns, e que o Exército alemão não devia intervir para protegê-los do linchamento pela população civil. As convenções internacionais também fixaram normas particulares para o tratamento das populações dos territórios invadidos pelo inimigo, no entanto, o governo recomendava deportar para a Alemanha as crianças das raças aprovadas (não judeus), tirando-as, se necessário pela força, do seu ambiente natural. As deportações de crianças eslavas, bem como aquela de oito milhões de trabalhadores, eram recomendadas com o objetivo de privar os inimigos potenciais da Alemanha de futuros soldados [...]Os acusados parecem admirados de que exista uma coisa como o Direito. Quando eram poderosos, não se baseavam em nenhum processo jurídico, e o seu programa ignorava e desafiava todas as leis humanas. Direito internacional, direito natural, direito alemão - qualquer que fosse o direito era, para eles, apenas um meio de propaganda sempre ignorado quando se opunha aos seus desígnios".
1º de outubro de 1946. São exatamente 14 horas e 50 minutos quando os quatro juízes dão entrada na Corte. Os réus são chamados um de cada vez para que ouçam as sentenças que lhe cabem. O primeiro foi Goering, que entra escoltado por dois PMs. Coloca os auscultadores. O presidente da Corte, Lawrence, diz com a voz pausada: "Hermam Goering, o Tribunal Militar Interaliado, aqui reunido em Nuremberg, vos condena à pena de morte pelo enforcamento". Então, o imprevisto acontece: Goering faz gestos impacientes com as mãos, tirando e colocando os auscultadores, como querendo explicar que não estava ouvindo nada. Técnicos acorrem: de fato, os auscultadores apresentavam defeito. A falha é logo consertada, e o Presidente repete o veredito.
O psicólogo americano Gustav W. Gilbert, a quem coube, quando os apenados voltaram para suas celas, saber de cada qual a pena que haviam recebido, disse que "o primeiro a chegar foi Goering, que entrou rapidamente na cela, o rosto muito pálido e os olhos que pareciam querer saltar das órbitas. 'A morte!', exclamou, deixando-se cair sobre o catre e procurando um livro com a mão. Tentava ostentar indiferença, mas suas mãos tremiam, os olhos se tornaram úmidos e a respiração ofegante. Esforçando-se para vencer o colapso nervoso, pediu-me, num fio de voz, que eu o deixasse por alguns momentos".
Tudo parece marchar conforem o preestabelecido, mas, de repente, à meia noite do dia 15, o coronel Andrus convoca os jornalistas que assistirão às execuções (foram escolhidos por sorteio) e lhes comunica: "Tenho uma notícia para vocês. Goering suicidou-se a 1 hora e 50 minutos, ingerindo uma cápsula de cianureto de potássio. A sentinela não tem culpa. Ninguém tem culpa". Permanecendo até hoje o mistério de quem teria fornecido e onde estaria escondida a cápsula usada por Goering. |
As execuções foram assistidas por 45 pessoas. Ribbentrop foi o primeiro a subir no patíbulo. O Dr. Pflucker, médico alemão dos condenados, explica a mecânica das execuções aos jornalistas: "Os réus, um de cada vez, serão colocados em cima de uma armadilha, que será aberta, uma vez colocada a corda em seus pescoços. O condenado cai num piso, que será tapado por um pano, para ocultar o que irá acontecer. Dois médicos americanos examinarão que está morto. A morte não se dará no momento da vítima ser enforcada, mas sim a cessação de todos os sentidos, um consolo que tive a ocasião de comunicar a todos os condenados".
Quando Ribbentrop chegou ao local, um oficial americano lhe perguntou: "Qual o seu nome?". Muito pálido ele respondeu: "Joachim von Ribbentrop". E, logo em seguida sobe os treze degraus do patíbulo, onde o oficial volta a perguntar: "Tem ainda alguma coisa a declarar?". Após alguns segundos de silêncio, responde, com a voz apagada: "Deus salve a Alemanha. Faço votos para que o Leste e o Oeste se irmanem e que a paz possa reinar no mundo". O alaçapão se abre.
Seguidamente, um por um é enforcado. E, em um requinte macabro de justiça medieval, suspendeu-se na forca o cadáver do marechal Goering. Após as execuções, os corpos dos "enforcados" são colocados em rústicos ataúdes de madeira. E duas horas e meia mais tarde, na fia madrugada daquele 16 de outubro, dois furgões militares diexam o presídio de Munique e seguem para um dos fornos crematórios onde milhões de judeus foram incinerados, são cremados os corpos de todos condenados e as cinzas foram espalhadas pelo Isaar, rio que atravessa Munique.
Os sumários do Tribunal de Nuremberg totalizaram, no final, quatro bilhões de palavras e ocuparam 16 mil páginas.O libelo tinha 25 mil páginas e só a sua leitura consumiu todo o primeiro dia de julgamento. Foram ouvidas 240 testemunhas e anotou-se 300 mil declarações sob juramento. Foram 285 dias de julgamento. As quatro nações que ocupavam a Alemanha decidiram que os outros julgamentos de crimes de guerra deveriam ser realizados em cada uma das zonas de ocupação. Na zona norte-americana, 12 julgamentos foram realizados em Nuremberg, de 1946 a 1949. Houve três julgamentos de chefes militares, três dos principais oficiais da S.S. (tropa de assalto de ação político-militar), três de industriais, um julgamento de funcionários do governo e diplomatas, um de juízes nazistas e um de médicos que haviam realizado experiências fatais em campos de concentração. Cerca de 200 líderes foram julgados. Muitos foram sentenciados à prisão, uns poucos condenados à morte e enforcados, e alguns absolvidos.
O julgamento de Nuremberg só só foi superado em tempo pelo julgamento de Tóquio que começou em 3 de maio de 1946 e finalizou em 12 de novembro de 1948, com decisões parecidas às adotadas em Nuremberg. Dos 28 acusados, sete foram condenados à morte e os restantes, excetuando dois, sentenciados à cadeia perpétua. Estes julgamentos representaram uma contribuição importante para a evolução do Direito penal internacional.
Segue trecho da sentença dos condenados no Tribunal de Nuremberg, relativa à Goering:
"Texto oficial em língua francesa. Editado em Nuremberg, Alemanha, 1947.
[...] Responsabilidades individuais
O art. 26 do Estatuto prevê que, no que concerne à culpabilidade ou inocência de cada acusado, o julgamento deverá ser motivado
O Tribunal, em conseqüência, vai agora estabelecer os motivos nos quais se fundam suas declarações de inocência ou culpabilidade.
GÖRING
Göring é acusado dos crimes referidos pelos quatro chefes do Ato de acusação. As provas apresentadas no debate mostram que ele era a segunda personalidade do regime nazista, colocado imediatamente abaixo do chanceler do Reich. Comandante em chefe da Luftwaffe, plenipotenciário para o Plano dos quatro anos, ele exerceu uma influência considerável junto a Hitler até 1943, ano em que suas relações se deterioraram a ponto de culminar, em 1945, com a sua prisão. Ele declarou, em seu depoimento, que Hitler o mantinha a par de todas as questões de ordem militar e política importantes.
Crimes contra a Paz
A partir do momento em que se tornou membro do Partido, em 1922, e quando assumiu a frente da AS, organizações destinada à guerra das ruas, Göring foi o conselheiro, o agente ativo de Hitler e um dos principais chefes do movimento nazista. Como representante político de Hitler, ele contribuiu em larga escala para levar os nacionais-socialistas ao poder em 1933 e foi encarregado de consolidar sua potência, assim como de fazer crescer a força militar da Alemanha. Ele desenvolveu a Gestapo e criou os primeiros campos de concentração, cuja direção ele transferiu a Himmler, em 1934. Ele efetuou, no mesmo ano, a "depuração Roehm" e é o responsável por medidas odiosas que obrigaram von Blomberg e von Fritsch a deixar o exército. Em 1936, ele se torna plenipotenciário para o Plano de quatro anos, isto é, teórica e praticamente o diretor econômico do Reich. Pouco após a assinatura do Acordo de Munique, ele anunciou que ia tornar a Luftwaff cinco vezes mais importante do que era e acelerar o armamentismo, desenvolvendo particularmente as armas ofensivas. Göring foi uma das cinco personalidades que tomaram parte na conferência de 5 de novembro de 1937, chamada "Conferência Hossabach", e ele assistiu igualmente às conferências essenciais, como já ficou estabelecido neste julgamento.
Na Anschluss de l’Autriche ele desempenhou o papel principal, aquele de um chefe de quadrilha; ele declarou à audiência: "Eu aceito tomar para mim (297) cem por cento da responsabilidade... Fui eu mesmo que venci as objeções do Führer e conduzi as coisas até o final". Quando da anexações dos Sudetos, ele preparou, na qualidade de chefe da Luftwaffe, uma ofensiva aérea que de resto se mostrou inútil, e, como homem político, ele tranqüilizou os Tchecos com falsos protestos de amizade. Ele reconheceu perante o Tribunal que, durante uma conferência mantida com Hitler e Hacha, ele tinha, na noite anterior à invasão da Tchecoslováquia e à anexação da Boêmia-Morávia, ameaçado bombardear Praga, se o presidente Hachat não se submetesse.
Göring assistiu, em 23 de maio de 1939, à reunião da Chancelaria do Reich, durante a qual Hitler declarou a seus chefes militares: "Está fora de questão, com por conseqüência, atacar a Polônia". Ele assistiu à reunião de 22 de agosto de 1939 em Obsersalzberg, onde Hitler distribuiu suas ordens. Está provado que ele desempenhou um papel ativo nas manobras diplomáticas que se seguiram. De comum acordo com o chanceler do Reich e por intermédio do encarregado de negócios sueco, Dhalerus, ele tentou, como este último testemunhou perante o tribunal, impedir que o governo britânico mantivesse a promessa de garantia feita aos poloneses por seu governo.
Ele comandou a Luftwaffe quando do ataque à Polônia e durante as guerras de agressão ulteriores.
Mesmo que seja verdade, como ele pretendeu, que ele se opôs aos planos de Hitler dirigidos contra a Noruega e a União Soviética, não resta dúvida de que o fez unicamente por motivos estratégicos. Desde que Hitler tomou sua decisão, ele o seguiu sem hesitar. Ele declarou explicitamente, em seu depoimento, que suas diferenças com Hitler jamais foram de ordem ideológica ou jurídica.
A invasão da Noruega o "fez furioso", mas unicamente porque não lhe haviam dado a possibilidade de preparar a ofensiva da Luftwaffe. Ele reconheceu que ele havia aprovado o princípio dessa agressão: "Meu posicionamento era absolutamente favorável". Ele participou eficazmente na preparação e na execução das campanhas da Iugoslávia e da Grécia e declarou que o plano de ataque à Grécia (conhecido como "Plano Marita") foi preparado muito tempo antes. Ele considerava a União Soviética como "a maior ameaça para a Alemanha", estimando, por isso, que, do ponto de vista militar, um ataque imediato não era prioridade. Com efeito, ele só tinha objeção a uma guerra de agressão contra a URSS por uma escolha de momento; por razões de ordem estratégica, ele queria esperar que a Inglaterra fosse conquistada: "Meu ponto de vista, ele declarou em seu depoimento, não foi determinado senão por considerações militares e políticas".
[298]
Após as confissões que ele fez perante este Tribunal e em razão dos postos que ocupou, das conferências às quais assistiu e das palavras pronunciadas em público, é indubitável que, imediatamente após Hitler, Göring foi o verdadeiro promotor das guerras de agressão. Ele está na origem de todos os planos de guerra perseguidos pela Alemanha e ele realizou todos os preparativos militares e diplomáticos.
Crimes de guerra e crimes contra a Humanidade
Os dossiês estão repleto das confissões de Göring sobre o papel que ele desempenhou no emprego de trabalhadores forçados. "Nós utilizamos esses trabalhadores, diz ele, por razões de segurança, a fim de que eles não foi fossem empregados em seu próprio país e não pudessem trabalhar contra nós. Por outro lado, eles contribuíram para o prosseguimento da guerra econômica". De outra feita ele declarou: "Nós constrangíamos os trabalhadores a vir para o Reich. Este é um fato que eu não neguei". É preciso lembrar que ele era o plenipotenciário para o Plano dos quatro anos e encarregado do recrutamento e da repartição da mão de obra. Na sua qualidade de comandante em chefe da Luftwaffe, ele pediu a Himmler que lhe fornecesse um grande número de trabalhadores forçados para suas usinas subterrâneas de aviação. "É exato, diz ele, que eu pedi internos dos campos de concentração para trabalhar no armamento da Luftwaffe e é preciso considerar isso como uma coisa natural".
Na sua qualidade de plenipotenciário, Göring assinou uma ordem concernente ao tratamento dos trabalhadores poloneses na Alemanha e a fez aplicar pelas instruções que deu ao SD, notadamente a propósito do "tratamento especial". Ele ordenou empregar os prisioneiros de guerra franceses e soviéticos na indústria de armamentos. Ele falava também de deter os poloneses e os holandeses, de os considerar, por necessidade, como prisioneiros de guerra e de utiliza-los para o trabalho. Ele reconheceu, na audiência, que utilizavam os prisioneiros de guerra soviéticos para servir as baterias de DCA.
Sempre na sua qualidade de plenipotenciário, Göring desempenhou um papel ativo na pilhagem dos territórios conquistas. Para atingir esse objetivo, ele estabeleceu planos bem antes que a guerra contra a União Soviética fosse declarada. Dois meses antes disso, Hitler entregou a Göring a direção suprema da administração econômica dos territórios que seriam invadidos. Em razão disso, Göring fez surgir um Estado-maior econômico. Como ele era Reichsmarschall do "Reich Grand Allemand", suas ordens se estendiam a todos os domínios econômicos, aí compreendidas a revitalização e a agricultura. Nos termos do que se chama seu "Dossiê Verde", imprimido sob os cuidados da Wermacht, um Estado-maior executivo econômico do Leste foi criado. As diretivas contidas nesse dossiê se voltavam [229] para a pilhagem e o abandono de todas as indústrias que se achasse nas regiões deficitárias do ponto de vista da revitalização; quanto aos produtos das regiões excedentes, deviam ser enviados para a Alemanha para servir às necessidades da população. Göring pretende que suas intenções foram mal compreendidas, mas ele reconhece que era "natural e obrigatório para nós utilizar a Rússia como melhor nos conviesse".
Ele participou da conferência de 16 de julho de 1941, durante a qual Hitler declarou que os nacionais-socialistas tinha a intenção de jamais abandonar os países ocupados e que eles tomariam as medidas apropriadas para fuzilar ou transplantar os habitantes, etc.
Em seguida às manifestações de novembro de 1938, Göring impôs aos judeus uma multa de milhão de marcos do Reich. Ele os perseguiu não somente na Alemanha, mas também nos territórios conquistados. As declarações que ele fez àquela época, segundo seu depoimento ao Tribunal, mostram ele se interesse sobretudo pela questão de saber como afastar os judeus da vida econômica da Europa e de se apropriar de seus bens. Ele estendeu aos países ocupados as leis anti-semitas do Reich, paralelamente como o avanço do exército alemão nesses territórios. O Reichsgesetzblatt dos anos de 1939, 1940 e 1941 contém vários decretos anti-semitas assinados por Göring. Se bem que Himmler foi encarregado da exterminação dos judeus, Göring, apesar de seus protestos durante a audiência, estava longe, nesse matéria, de ser indiferente ou inativo. Por decreto de 31 de julho de 1941, ele ordenou a Himmler e Haydrich que chegasse a uma "solução total da questão judia na esfera de influência alemã na Europa".
Nenhuma circunstância atenuante pode ser invocada em favor de Göring. Ele foi freqüentemente – poder-se-ia dizer quase sempre – o elemento dinâmico do Partido, colocado imediatamente após Hitler. Ele foi o promotor das guerras de agressão, tanto na qualidade de chefe político como na de chefe militar. Ele dirigiu o programa de trabalho forçado e foi o instigador das medidas de perseguição dos judeus e de outras raças, tanto na Alemanha como no estrangeiro. Todos esses crimes eles os reconheceu sem vacilar.
As testemunhas podem divergir sobre certos pontos em particular, mas, no geral, as próprias confissões de Göring são mais que suficiente para permitir concluir pela sua culpabilidade. Essa culpabilidade é única em sua extensão. Nada, no seu dossiê, pode servir de escusa a esse homem.
Conclusão
O Tribunal declara:
Que o acusado Göring é culpado dos crimes apontados pelos quatro chefes do Ato de acusação."
Cadáver de Goering
Fontes: - "Grandes Advogados, Grandes Julgamentos", de Pedro Paulo Filho;
- "II Guerra: momentos críticos", Joel Silveira, Mauad, Rio de Janeiro.
- "Comentários ao Código Penal", Nelson Hugria, Forense, vol VI.
- Famous Trials - UMKC School of Law - Prof. Douglas Linder http://www.law.umkc.edu/faculty/projects/ftrials/ftrials.htm
- Tribunal militaire international de Nuremberg, Jugement, 6-7
http://www.abbc.com/aaargh/fran/nuremberg/tmiI/tmiI10.html
30.5.09
Ameaça nuclear redefiniu as relações internacionais após a Segunda Guerra
Desde 1947, relógio criado por cientistas 'conta minutos' para o apocalipse.
Nesta semana, um teste nuclear feito pela Coreia do Norte voltou a levantar temores sobre o possível uso destrutivo da tecnologia atômica, que poderia levar a uma guerra mundial de grandes proporções. A ameaça do líder norte-coreano Kim Jong-il, no entanto, não é nova. Nem a dele e nem a de outras nações nucleares como Irã, Índia, Paquistão e EUA.
Depois que o mundo se deparou com a realidade dos efeitos atômicos nas cidades japonesas de Hiroshima e de Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial, as nações passaram a ter um elemento a mais para jogar na balança de poder: quem tem a bomba ganha de quem não tem. Apenas duas décadas após 1945, Inglaterra, União Soviética, China e França já tinham seus programas nucleares. A partir daí, Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte também investiram na tecnologia.
"As armas nucleares remodelaram a política internacional e nosso entendimento de guerra. A posse da bomba se tornou um símbolo instantâneo de 'grande poder'", explica o especialista em relações internacionais e professor da American University Peter Howard, em entrevista aoG1.
Veja fotos da crise nas Coreias
"Os Estados adquirem armas nucleares por duas razões: status e segurança. Nações nucleares são grandes potências e devem ser tratadas com um certo respeito e diferença. Dois exemplos atuais disso são o Irã e a Coreia do Norte. Ambos querem ser levados a sério e procuram a capacidade de deter uma potencial ação militar de forças externas - leia-se EUA. A proteção nuclear também pode ser usada como provocação."
O auge do perigo
Apesar de hoje isso ser visível nas constantes ameaças da Coreia do Norte e do Irã, o período da história que mais viu essa ameaça de perto foi a Guerra Fria. Nesse período de constantes ameaças, as hostilidades entre os EUA e a ex-União Soviética (URSS) se baseavam na questão atômica. Segundo o Boletim dos Cientistas Atômicos (publicação criada em 1945 por um grupo de pesquisadores), na metade dos anos 1960, o arsenal americano era de 30 mil ogivas, e em 1980 a URSS tinha cerca de 40 mil. Como comparação, hoje, EUA e Rússia têm aproximadamente mil artefatos nucleares prontos para serem lançados.
O mais perto que o mundo esteve de uma guerra nuclear foi provavelmente durante a Crise dos Mísseis, em 1962, quando os EUA e a URSS acabaram conseguindo contornar a situação criada pelos artefatos em Cuba. "Os americanos tinham a invasão de Cuba como uma opção séria, e os soviéticos estavam armados com ogivas nucleares na ilha, autorizados a usá-las", afirmou Howard.
O professor de ciência política da Universidade de Indiana e autor de "Nuclear Proliferation in South Asia: Crisis Behaviour and the Bomb", Sumit Ganguly, concorda com a ideia do auge da Crise dos Mísseis. "Acredito que o perigo do uso nuclear é muito menor hoje do que nessa época da Guerra Fria."
Ameaça constante
Com a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, a problemática nuclear se dissolveu, passando a afetar regiões específicas, como a Índia, o Paquistão e as Coreias. "A briga constante entre essas duas nações nucleares pela fronteiriça Caxemira levantou ameaças de uma guerra nuclear. O conflito de Kargil, em 1999, foi particularmente tenso, com dúvidas a respeito de quão perto o Paquistão esteve de usar seus artefatos nucleares."
Com o passar dos anos, o know-how nuclear e os materiais necessários para o uso da bomba viajaram por diversos países. Hoje, segundo especialistas, há ainda a ameaça de que terroristas consigam produzir armas atômicas. Segundo o Boletim dos Cientistas Atômicos, o urânio enriquecido (um dos materiais para a bomba) pode ser encontrado em mais de 40 países ainda sem poder nuclear.
A Agência Nacional de Energia Atômica estima que de 20 a 30 países têm capacidade ou intenção de produzir armas atômicas, enquanto as principais potências nucleares continuam modernizando seus arsenais.
Minutos para o apocalipse
Em 1947, dois anos após as bombas de Hiroshima e Nagasaki, um grupo de cientistas fundou nos EUA uma revista sobre o tema nuclear. Junto com a publicação, eles criaram um relógio simbólico que media os "minutos" que faltariam para uma possível guerra nuclear de proporções gigantescas no mundo. A meia-noite seria o fim dos tempos, segundo o Boletim dos Cientistas Atômicos. "O relógio simboliza a urgência do perigo nuclear que os fundadores da revista estão tentando alertar para o público e para os líderes mundiais", afirma o site do grupo (em inglês).
Desde o começo do relógio, periodicamente os pesquisadores alteram seus ponteiros, para mais ou menos perto da meia-noite. Hoje ele marca 23h55. O mais perto que ele esteve do apocalipse foram dois minutos a menos, em 1953 , quando os EUA decidiram seguir com seu projeto da bomba de hidrogênio e a União Soviética testou mais artefatos atômicos. Acompanhe abaixo os principais lances do relógio:
29.5.09
Joana d'Arc
Santa Joana d'Arc | |
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Virgem d'Orleans | |
Nascimento | 6 de Janeiro de 1412 emDomrémy-la-Pucelle |
Falecimento | 30 de Maio de 1431 emRuão |
Venerado pela | Igreja Católica |
Beatificado | 1909, Roma por: São Pio X |
Canonizado | 5 de Maio de 1920, Romapor: Papa Bento XV |
Festa litúrgica | 30 de maio |
Padroeira | França |
Portal dos Santos |
Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro 1412 — Ruão, 30 de maio1431), por vezes chamada de donzela de Orléans, é a santa padroeira da França e foi uma heroína daGuerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra osborguinhões e seus aliados ingleses.
Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.
Segundo a escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc foi esquecida pela história até o século XIX, conhecido como o século do nacionalismo, o que pode confirmar as teorias de Ernest Gellner. Irène Kuhn escreveu: Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica.
François Villon, nascido em 1431, no ano de sua morte, evoca sua lembrança na bela «Ballade des Dames du temps jadis» ou seja, «Balada das damas do tempo passado» -
- Et Jeanne, la bonne Lorraine
- Qu'Anglais brûlèrent à Rouen;
- Où sont-ils, où, Vierge souvraine?
- Mais où sont les neiges d'antan?
Antes aos fatos relacionados, Shakespeare tratou-a como uma bruxa; Voltaire escreveu um poema satírico, ou pseudo-ensaio histórico, que a ridicularizava, intitulado «La Pucelle d´Orléans» ou «A Donzela de Orléans pervervativus cuetara» [1]
Depois da Revolução, o partido monárquico reavivou a lembrança da boa lorena, que jamais desistiu do retorno do rei.
Joana foi recuperada pelos profetas da «França eterna», em primeiro lugar o grande historiador romântico Jules Michelet. Com o romantismo, o alemão Schiller fez dela a heroína da sua peça de teatro "Die Jungfrau von Orléans", publicada em 1801.
Em 1870, quando a França foi derrotada pela Alemanha - que ocupou a Alsácia e a Lorena - "Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingênua, tornou-se a heroína do sentimento nacional". Republicanos e nacionalistas exaltarão aquela que deu sua vida pela pátria.
Durante a primeira fase da Terceira República, no entanto, o culto a Joana d'Arc esteve associado à direita monarquista, da qual era um dos símbolos, como o rei Henrique IV, sendo mal vista pelos republicanos.
A Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X sua beatificação, realizada em 1909, num período dominado pela exaltação da nação e ao ódio ao estrangeiro, principalmente Inglaterra e Alemanha.
O gesto do papa inspirou-se no desejo de fazer a Igreja de França entrar em mais perfeito acordo com os dirigentes anticlericais da III República, mas só com a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, Joana deixa de ser uma heroína da Direita. Segundo Irène Kuhn,a partir daí "os postais patrióticos mostram Jeanne à cabeça dos exércitos e monumentos seus aparecem como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabelece uma festa nacional em sua honra no 2º domingo de maio.
Em 9 de maio de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Em 1922 foi declarada padroeira de França. Joana d´Arc permanece como testemunha de milagres que pode realizar uma pessoa, ainda que animada apenas pela energia de suas convicções, mesmo adolescente, pastora e analfabeta, de modo que seu exemplo guarda um valor universal.
Primeiros Anos
Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena (ou Lorraine) na França. Posteriormente a cidade foi renomeada como Domrémy-la-Pucelle em sua homenagem (pucelle; donzela em português). A data de seu nascimento é imprecisa, de acordo com seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, Joana teria dito que na época tinha 19 anos portanto teria provavelmente nascido em 1412.
Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, sendo ela a mais nova dos irmãos. Seu pai era agricultor e sua mãe lhe ensinou todos os afazeres de uma menina da época.
Em seu julgamento Joana d'Arc afirmou que desde os 13 anos ouvia vozes divinas. Segundo ela em seu julgamento, a primeira vez que escutou a voz, ela vinha da direção da igreja e acompanhada de claridade e uma sensação de medo. Dizia que as vezes não a entendia muito bem e que as ouvia duas ou três vezes por semana. Entre as mensagens que ela entendeu estavam conselhos para frequentar a igreja, que deveria ir a Paris e que deveria levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Posteriormente ela identificaria as vozes como sendo do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida.
O arcanjo São Miguel é o líder dos exércitos celestiais. Santa Catarina é definida as vezes como uma figura apócrifa a cavalo dos séculos III e IV que morreu com uma idade similar à de Joana; também erudita (patrona de muitas especialidades intelectuais), persuadiu o imperador Maximiliano II que deixasse de perseguir os cristãos. Foi condenada a morrer na roda (um sistema de tortura que fraturava os ossos). A lenda de Margaret diz que ela foi uma mulher depreciada pela sua fé católica ao que lhe ofereceram matrimônio em troca da renúncia a esta fé. Ante sua negação, foi torturada escapando milagrosamente diversas vezes, até sua morte definitiva. Assim morreu virgem e mártir
A Guerra dos Cem Anos
Desde quando o Duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador se apoderou da Inglaterra em 1066, os monarcas ingleses passaram a controlar extensas terras no território francês. Com o tempo, passaram a ter vários ducados franceses: Aquitânia, Gasconha, Poitou,Normandia, entre outros. Os duques, apesar de vassalos do rei inglês, acabaram tornando-se seus rivais.
Quando a França tentou recuperar os territórios perdidos para Inglaterra, originou-se um dos mais longos e sangrentos conflitos da história da humanidade: a Guerra dos Cem Anos, que durou na realidade 116 anos, e que produziu milhões de mortos e a destruição de quase toda a França setentrional.
O início da guerra aconteceu em 1337. Os interesses mais que evidentes de unificar as coroas concretizaram-se na morte do rei francês Carlos IV em 1328. Filipe VI, sucessor graças à lei sálica (Carlos IV não tinha descendentes masculinos), proclamou-se rei da França em 27 de maio de 1328.
Felipe VI reclamou em 1337 o feudo da Gasconha ao rei inglês Eduardo III, e no dia 1 de novembro este responde plantando-se às portas de Paris mediante ao bispo de Lincoln, declarando que ele era o candidato adequado para ocupar o trono francês.
A Inglaterra ganharia batalhas como Crécy (1346) e Poitiers (1356). Uma grave enfermidade do rei francês originou uma luta pelo poder entre seu primo João I de Borgonha ou João sem Terra, e o irmão de Carlos VI, Luís de Orléans.
No dia 23 de novembro de 1407, nas ruas de Paris e por ordem do borguinhão, se comete o assassinato do armagnac Luís de Orléans. A família real francesa estava dividida entre os que davam suporte ao duque de Borgonha (borguinhões) e os que o davam ao de Orléans e depois a Carlos VII, Delfim de França (armagnacs ligados à causa de Orléans e à morte de Luís). Com o assassinato do armagnac, ambos os bandos se enfrentaram numa guerra civil, onde buscaram o apoio dos ingleses. Os partidários do Duque de Orléans, en 1414, viram recusada uma proposta pelos ingleses, que finalmente pactuaram com os borguinhões.
Com a morte de Carlos VI, em 1422, Henrique VI da Inglaterra foi coroado rei francês, mas os armagnacs não desistiram e mantiveram-se fiéis ao filho do rei, Carlos VII, coroando-o também em 1422.
Encontro com Carlos
Aos 16 anos, Joana foi a Vaucouleurs, cidade vizinha a Domrèmy. Recorreu a Robert de Baudricourt, capitão da guarnição armagnac estabelecida em Vaucouleurs para lhe ceder uma escolta até Chinon, onde estava o delfim, já que teria que atravessar todo o território hostil defendido pelos aliados ingleses e borguinhões. Quase um ano depois, Baudricourt aceitou enviá-la escoltada até o delfim. A escolta iniciou-se aproximadamente em 13 de fevereiro de 1429. Entre os seis homens que a acompanharam estavam Poulengy e Jean Nouillompont (conhecido como Jean de Metz). Jean esteve presente em todas as batalhas posteriores de Joana d'Arc.
Portando roupas masculinas até sua morte, Joana atravessou as terras dominadas por Borguinhões, chegando a Chinon, onde finalmente iria se encontrar com Carlos, após uma apresentação de uma carta enviada por Baudricourt.
Chegando a Chinon, Joana já dispunha de uma grande popularidade, porém o delfim tinha ainda desconfianças sobre a moça. Decidiram passá-la por algumas provas. Segundo a lenda, com medo de apresentar o delfim diante de uma desconhecida que talvez pudesse matá-lo, eles decidiram ocultar Carlos em uma sala cheia de nobres ao recebê-la. Joana então teria reconhecido o rei disfarçado entre os nobres sem que jamais o tivesse visto antes. Joana teria ido até ao verdadeiro rei, curvado e dito:"Senhor, vim conduzir os seus exércitos à vitória".
Sozinha na presença do rei, ela o convenceu a lhe entregar um exército com o intuito de libertar Orléans. Porém, o rei ainda a fez passar por provas diante dos teólogos reais. As autoridades eclesiásticas em Poitiers submeteram-na a um interrogatório, averiguaram sua virgindade e suas intenções.
Convencido do discurso de Joana, o rei entrega-lhe às mãos uma espada, um estandarte e o comando das tropas francesas, para seguir rumo à libertação da cidade de Orléans, que havia sido invadida e tomada pelos ingleses havia oito meses.
Joana d'Arc: a guerreira
Munida de uma bandeira branca, Joana chega a Orléans em 29 de abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia 9 de maio de 1429. O episódio é conhecido como a Libertação de Orléans (e na França como a Siège d'Orléans). Os franceses já haviam tentado defender Orléans mas não obtiveram sucesso.
Exitem histórias paralelas a esta que informam que a figura de Joana era diferente. Ela teria chegado para a batalha em um cavalo branco, armadura de aço, e segurando um estandarte com a cruz de Cristo, circunscrita com o nome de Jesus e Maria. Segundo esta outra versão, Joana apenas arrastada pelo fascínio sobrenatural de seus sonhos e proposta de missão a cumprir segundo a vontade divina e sem saber nada sobre arte de guerra comandou os soldados rudes, com ar angelical, na qual em sua presença ninguém se atrevia a dizer ou praticar inconveniências. Ela apresentava-se extremamente disciplinada.[1]
Após a libertação de Orléans, os ingleses pensaram que os franceses iriam tentar reconquistar Paris ou a Normandia, e ao invés disto, Joana convenceu o Delfim a iniciar uma campanha sobre o rio Loire. Isso já era uma estratégia de Joana para conduzir o Delfim a Ruão.
Joana dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 venceu a batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi na batalha de Beaugency, nos dias 16 e 17 de junhodo mesmo ano. Um dia após sua última vitória se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A batalha de Patay, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana.
Coroação de Carlos
Cerca de um mês após sua vitória sobre os ingleses em Orléans, ela conduziu o rei Carlos VII à cidade de Reims, onde Carlos VII é coroado em 17 de julho. A vitória de Joana d'Arc e a coroação do rei acabaram por reacender as esperanças dos franceses de se libertarem do domínio inglês e representaram a virada da guerra.
O caminho até Reims era considerado difícil já que várias cidades estavam sob o domínio dos borguinhões. Porém, a fama de Joana tinha se estendido por boa parte do território e fez com que o exército armagnac do delfim fosse temido. Assim, Joana passou sem problemas por sucessivas cidades como Gien, Saint Fargeau, Mézilles, Auxerre, Saint Florentin e Saint Paul.
Desde Gien, foram enviados convites a diversas autoridades para assistir à consagração do delfim. Em Auxerre chegou-se a pensar em resistência por parte de uma pequena tropa inimiga que se encontrava na cidade. Após três dias de negociação foi possível por lá passar sem qualquer problema. O mesmo aconteceu em Troyes, cujas negociações duraram cinco dias. A chegada a Ruão foi em 16 de julho.
Sabe-se que o dia da consagração definitiva do rei francês em Ruão foi em 17 de julho e não foi a cerimônia mais esplêndida do momento, já que as circunstâncias da guerra impediam o contrário. Joana assistiu à consagração de uma posição privilegiada, acompanhada de seu estandarte.
Paris
Teoricamente Joana já não tinha nada mais que fazer no exército já que havia cumprido sua promessa perfeitamente, havia cumprido corretamente as ordens que as vozes lhe haviam dado. Mas ela, como muitos outros, viu que enquanto a cidade de Paris estivesse tomada pelas tropas inglesas, dificilmente o novo rei poderia ter claramente o controle do reino de França.
No mesmo dia da coroação, chegaram emissários do Duque de Borgonha e se iniciaram as negociações para se chegar a paz, ou a uma trégua, que foi finalmente o que se pactuou. Não foi a paz que Joana desejava, mas pelo menos ela houve durante quinze dias. Entretanto a trégua não foi gratuita, já que houve interesses políticos por trás desta. Carlos VII necessitava tomar Paris para exercer sua autoridade de rei mas não queria criar uma imagem ruim com uma conquista violenta de terras que passariam a ser seu domínio. Foi isto que o que motivou a firmar a trégua com o Duque de Borgonha. Foi uma necessidade de ganhar tempo.
Durante a trégua, Carlos VII levou seu exército até Île-de-France (região francesa que abriga Paris). Houve alguns enfrentamentos entre os armagnacs e a aliança inglesa com os borguinhões. Os ingleses abandonaram Paris dirigindo-se a Ruão (ou Rouen em francês). Restava então derrotar os borguinhões que ainda ficaram em Paris e na região.
Joana foi ferida por uma flecha durante uma tentativa de entrar em Paris. Isto acelerou a decisão do rei em bater em retirada no dia 10 de setembro. Com a parada o rei francês não expressava a intenção de abandonar definitivamente a luta, mas optava por pensar e defender a opção de conquistar a vitória mediante a paz, tratados e outras oportunidades no futuro.
O fim de Joana d'Arc
A captura
Na primavera de 1430, Joana d'Arc retomou a campanha militar e passou a tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses, em 1430.
Foi presa em 23 de maio do mesmo ano. Entre os dias 23 e 27 foi conduzida à Beaulieu-lès-Fontaines. Joana foi entrevistada entre os dias 27 e 28 pelo próprio Duque de Borgonha, Felipe, o bom. Naquele momento Joana era propriedade do Duque de Luxemburgo. Joana foi levada ao Castelo de Beaurevoir, onde permaneceu todo o verão, enquanto o duque de Luxemburgo negociava sua venda. Ao vendê-la aos ingleses, Joana foi transferida a Ruão.
O processo em Ruão
Joana foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens. Em contraste ao bom tratamento que recebera em sua primeira prisão, Joana agora vivia seus piores tempos.
O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon. Foi um processo que passaria à posteridade e que converteria Joana em heroína nacional, pelo modo como se desenvolveu e trouxe o final da jovem, e da lenda que ainda nos dias de hoje mescla realidade com fantasia.
Dez sessões foram feitas sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas, que resultaram na acusação de heresia e assassinato.
No dia 21 de fevereiro Joana foi ouvida pela primeira vez. A princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. No dia 27 e 28 de março, Thomas de Courcelles fez a leitura dos 70 artigos da acusação de Joana, e que depois foram resumidos a 12 , mais precisamente no dia 5 de abril. Estes artigos sustentavam a acusação formal para a Donzela buscando sua condenação.
No mesmo dia 5, Joana começou a perder saúde por causa de ingestão de alimentos venenosos que a fez vomitar. Isto alertou Cauchon e os ingleses, que lhe trouxeram um médico. Queriam mantê-la viva, principalmente os ingleses, porque planejavam executá-la.
Durante a visita do médico, Jean d’Estivet acusou Joana de ter ingerido os alimentos envenenados conscientemente para cometer suicídio. No dia 18 de abril, quando finalmente ela se viu em perigo de morte, pediu para se confessar.
Os ingleses impacientaram-se com a demora do julgamento. O Conde de Warwick disse a Cauchon que o processo estava demorando muito. Até o primeiro proprietário de Joana, Jean de Luxemburgo, apresentou-se a Joana fazendo-lhe a proposta de pagar por sua liberdade se ela prometesse não atacar mais os ingleses. A partir do dia 23 de maio, as coisas se aceleraram, e no dia 29 de maio ela foi condenada por heresia.
A morte
Joana foi queimada viva em 30 de maio de 1431, com apenas dezenove anos. A cerimônia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), às 9 horas, em Ruão.
Antes da execução ela se confessou com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe administraram os sacramentos da Comunhão. Entrou, vestida de branco, na praça cheia de gente, e foi colocada na plataforma montada para sua execução. Após lerem o seu veredito, Joana foi queimada viva. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena, para que não se tornassem objeto de veneração pública. Era o fim da heroína francesa.
Após a morte de Joana d'Arc
A revisão do seu processo começou a partir de 1456, quando foi considerada inocente pelo Papa Calisto III, e o processo que a condenou foi considerado inválido, e em 1909 a Igreja Católica a beatifica. Em 1920, Joana d'Arc é declarada santa pelo Papa Bento XV.
Temos outra versão que informa que vinte anos após a sua condenação a fogueira, os pais pediram que o papa da época, Calisto III autorizou uma comissão que, numa pesquisa serena e profunda, reconheceu a nulidade do processo por vício de forma e de conteúdo. Joana d´Arc desta maneira teve sua honra reabilitada, e o nome feiticeira, e bruxa foi apagado para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heróicas, provenientes de uma missão divina.
Ela foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé.Dom [2]
Representação nas artes e na literatura
[editar]Cinema
- Jeanne d'Arc. França, 1899. Direção: Georges Méliès. Elenco: Jeanne d'Alcy. 10 min.
- Joan the Woman. EUA, 1917. Direção: Cecil B. de Mille. Elenco: Geraldine Farrar, Raymond Hatton. 138 min.
- La Merveilleuse Vie de Jeanne d'Arc. França/ Alemanha, 1929. Direção: Marco de Gastyne. Elenco: Simone Genevois, Fernand Mailly. 125 min.
- La Passion de Jeanne d'Arc (br: O Martírio de Joana d'Arc; pt: A Paixão de Joana d'Arc). França, 1928. Direção: Carl Theodor Dreyer. Elenco: Maria Falconetti, Eugene Silvain. 110 min.
- Joan of Arc (br: Joana d'Arc). EUA, 1948. Direção: Victor Fleming. Elenco: Ingrid Bergman, Francis L. Sullivan, J. Carrol Naish. 145 min.
- Giovanna d'Arco al rogo. Itália/ França, 1954. Direção: Roberto Rossellini. Elenco: Ingrid Bergman, Tulio Carminati. 80 min.
- Saint Joan (br: Santa Joana, Joana d'Arc; pt: Santa Joana). EUA/ Reino Unido, 1957. Direção: Otto Preminger. Elenco: Jean Seberg, Richard Widmark, John Gielgud. 110 min.
- Procès de Jeanne d'Arc (br: O Processo de Joana d'Arc). França, 1962. Direção: Robert Bresson. Elenco:Florence Delay, Jean-Claude Fourneau. 65 min.
- The Messenger: The Story of Joan of Arc ou Jeanne d'Arc (br: Joana d'Arc de Luc Besson). França, 1999. Direção: Luc Besson. Elenco: Milla Jovovich, John Malkovich, Faye Dunaway, Dustin Hoffman. 124 min.
Literatura
- A Vida de Joana d'Arc, livro de Érico Veríssimo
- Joana D'arc, - A Mulher Forte". Regine Pernoud. Paulinas. ISBN 8573113421
- Joana D'arc, por ela mesma (literatura espírita), psicografado em 1855 por Ermance Dufaux. ISBN 978-85-7535-170-2
Televisão
- Joan of Arc (1999), filme para TV com Leelee Sobieski
Referências
Referências
- Dom Servílio Conti, I.M.C. O Santo do dia. p.289-290. Ed. Vozes. ISBN 85.326.0442-0
Ver também
Ligações externas
- Jeanne d'Arc. Online University research project.
- Museu Joana d'Arc (em francês)
- Centre Joana d'Arc (em inglês)
- Joana d'Arc Cronograma (em inglês)
- O Processo de Joana D´Arc