Em Raízes do Brasil, de 1936, revelou o brasileiro cordial |
Filipe Monteiro |
Sérgio Buarque é um dos “Grandes intérpretes do Brasil”, categoria especial cunhada por Antônio Candido que reflete bem a importância da vida e obra desse eminente historiador para o desenvolvimento do pensamento social brasileiro. Desde cedo cultivou uma intensa colaboração com a imprensa. Foi editor da revista modernista “estética”, escreveu para o Jornal do Brasil, foi correspondente dos Diários Associados na Europa. Mas nada disso o impediu de se tornar também uma referência no mundo acadêmico. Foi professor da USP e um dos responsáveis pela criação do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros). Organizou a obra clássica História Geral da Civilização Brasileira e escreveu diversos livros de grande repercussão comoCaminhos e fronteiras (1957) e Visão do paraíso (1958). Sua obra maior, Raízes do Brasil, foi publicada em 1936 e apresentou ao mundo pela primeira vez o “Homem Cordial”. Apesar do nome, toda essa “cordialidade”, inerente à formação do “tipo” brasileiro, segundo o autor, suscitou e suscita ainda hoje muitas discussões e debates dentro da academia. Intelectual engajado e polêmico, figura hoje como um dos grandes nomes de nossa historiografia. Saiba mais: Sérgio Buarque de Holanda - 100 anos - Site da Unicamp |