Químico, industrial, inventor da dinamite e fundador dos Prêmios Nobel. De nacionalidade sueca, nasceu em Estocolmo a 21 de Outubro de 1833. Faleceu em San Remo, Itália, a 10 de Dezembro de 1896.
Em 1842, a sua família mudou-se para São Petersburgo, onde o seu pai, Immanuel, fabricou minas submarinas e torpedos para o governo russo. Alfred fez várias viagens de trabalho pela Europa e, de 1850 a 1852, visitou os Estados Unidos. Quando Immanuel Nobel regressou à Suécia, em 1859, Alfred começou a trabalhar no seu laboratório de investigação de explosivos perto de Estocolmo. Aí fez experiências em que conseguiu produzir nitroglicerina. A 3 de Setembro de 1864 uma explosão destruiu a fábrica matando o seu irmão mais novo. As explosões continuaram, pelo que Alfred tentou encontrar uma sustância menos perigosa e mais fácil de manipular e transportar. Em 1863 inventou o detonador. Em 1864, em Estocolmo, fundou a Companhia da Nitroglicerina, a primeira do tipo em todo o mundo, e em 1865 fixou a sua fábrica de explosivos em Krummel, Alemanha. Aí inventou a dinamite em 1866.
Às invenções de Nobel que se relacionam com explosivos pode acrescentar-se a nitrogelatina e a pólvora sem fumo (conhecida como lallistite, 1888). Noutros campos podem referir-se ainda produtos como a borracha sintêtica, o couro e a seda artificial. Nobel registou um total de 355 patentes.
Depois da sua morte, parte dos seus bens ficaram como fundo para os Prêmios Nobel.
Fonte:
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/biog/b0054.html
O Criador dos Prêmios Nobel
A pólvora, uma mistura formada por salitre, carvão e enxofre, foi o único explosivo utilizado com eficiência, desde o século IX, quando os chineses a inventaram, até o início do século XIX. Em 1838, o químico francês Theóphile Jules Pelouse preparou a nitrocelulose, um composto altamente explosivo. A trinitroglicerina (mais conhecida como nitroglicerina) foi descoberta em fevereiro de 1847 pelo químico italiano Ascanio Sobrero (1812-1888). Inicialmente ela oi utilizada, em pequenas doses, como medicamento, por sua propriedade de provocar a dilatação dos vasos sangüíneos, e em seguida, especialmente na medicina americana, com o nome de glonoína, em solução alcoólica de 1%, para combater a nevralgia da coração, os distúrbios nervosos, a enxaqueca, o soluço e o enjôo.
O uso industrial da nitroglicerina sempre esteve baseado em sua grande capacidade explosiva. Entretanto, o grande problema para seu uso industrial provém do fato de ela ser mito sensível à percussão, o que dificulta a manipulação, a estocagem e o transporte. Qualquer pequena batida no recipiente que a contém, qualquer pequeno choque, a faz explodir. Como então conserva-la e só permitir a explosão no momento desejado?
Alfred Nobel conseguiu controlar a explosividade da nitroglicerina. Um determinado dia, ele estava acompanhando os trabalhos de remoção de garrafões de nitroglicerina, o que exigi cuidados extremamente especiais, quando verificou que estava vazando líquido pela rachadura de um dos recipientes. Observou que a nitroglicerina misturada à terra formava uma massa espessa que podia ser manipulada sem perigo de explosão. Sim nasceu a dinamite, que foi patenteada em 1867 na Inglaterra. A dinamite é uma mistura de nitroglicerina com material poroso inerte, como serragem de madeira ou terra infusória (pó proveniente de algas unicelulares). Essa mistura estabiliza a nitroglicerina, permitindo que o eu manejo, seu transporte e sua conservação sejam feitos com segurança. Extremamente devotado aos seus trabalhos, inventou a espoleta para detonar a dinamite já que a nitroglicerina estava estabilizada; em 1876 obteve a patente da dinamite gelatinosa; em 1889 produziu a balistita, uma das primeiras variedades de pólvora sem fumaça. Esta é constituída de uma mistura de nitroglicerina, nitrocelulose e geléia de petróleo. O uso de geléia de petróleo na pólvora sem fumaça nos lembra que, nessa época, Alfred já trabalhava também com a exploração dos campos petrolíferos de Baku (Azerbaijão). Essas duas atividades, a fabricação de explosivos e a exploração de petróleo, levaram Alfred a adquirir uma enorme fortuna.
Talvez, e essa é certamente apenas uma hipótese, Nobel tenha pressentido que os explosivos que inventara continuariam a ser usados predominantemente para fins militares em vez de pacíficos. Essa hipótese nos revelaria um sentimento de culpa por parte de Nobel, é a explicação mais comumente aceita para o fato de ter tomado a decisão de deixar sua enorme fortuna para uma fundação que tem a finalidade de premiar aqueles que lutam pelo desenvolvimento humano. Essa fundação administra a fortuna deixada por Nobel e distribui o total de seus rendimentos anuais como prêmios, os conhecidos prêmios Nobel. No testamento, datado de 27 de novembro de 1895, Alfred Bernhard Nobel (1833-1896) estipulava que os rendimentos anuais fossem divididos em cinco partes iguais e cada uma elas destinada aos que, no ano anterior, tivessem prestado relevantes serviços à humanidade, nos campos da Química, da Física, Da Fisiologia ou Medicina, da Literatura e da Paz Internacional. Os premidos recebem uma medalha de ouro, um diploma e uma soma em dinheiro.
Os primeiros prêmios Nobel foram distribuídos em 1901. Nos anos seguintes, sem interrupção eles foram concedidos. Não existiu, entretanto, a concessão de prêmios entre 1940 e 1942, pois os alemães invadiram a Noruega em 1940 e se apoderaram da conta bancária do comitê de prêmios. Em alguns anos, determinados prêmios não foram concedidos. Em 1969 foi instituído um prêmio Nobel de Economia.
Ao final de sua vida, Nobel era uma pessoa triste e muito doente. Padeci de angina e sofreu ataques cardíacos. Suprema coincidência ou grande ironia, o medicamento usado no tratamento de seus problemas cardíacos foi nitroglicerina. Ele, que havia ‘domesticado’ a explosividade da nitroglicerina, usava sua capacidade de ser um vasodilatador para ter algum tempo a mais de vida. Alfred Bernhard Nobel faleceu em San Remo, na Itália, em 1896.
Texto extraído do livro “Química: O homem e a natureza”, Geraldo Covre
Fonte:
http://www.sitedecuriosidades.com/ver/o_criador_dos_premios_nobel.html
O uso industrial da nitroglicerina sempre esteve baseado em sua grande capacidade explosiva. Entretanto, o grande problema para seu uso industrial provém do fato de ela ser mito sensível à percussão, o que dificulta a manipulação, a estocagem e o transporte. Qualquer pequena batida no recipiente que a contém, qualquer pequeno choque, a faz explodir. Como então conserva-la e só permitir a explosão no momento desejado?
Alfred Nobel conseguiu controlar a explosividade da nitroglicerina. Um determinado dia, ele estava acompanhando os trabalhos de remoção de garrafões de nitroglicerina, o que exigi cuidados extremamente especiais, quando verificou que estava vazando líquido pela rachadura de um dos recipientes. Observou que a nitroglicerina misturada à terra formava uma massa espessa que podia ser manipulada sem perigo de explosão. Sim nasceu a dinamite, que foi patenteada em 1867 na Inglaterra. A dinamite é uma mistura de nitroglicerina com material poroso inerte, como serragem de madeira ou terra infusória (pó proveniente de algas unicelulares). Essa mistura estabiliza a nitroglicerina, permitindo que o eu manejo, seu transporte e sua conservação sejam feitos com segurança. Extremamente devotado aos seus trabalhos, inventou a espoleta para detonar a dinamite já que a nitroglicerina estava estabilizada; em 1876 obteve a patente da dinamite gelatinosa; em 1889 produziu a balistita, uma das primeiras variedades de pólvora sem fumaça. Esta é constituída de uma mistura de nitroglicerina, nitrocelulose e geléia de petróleo. O uso de geléia de petróleo na pólvora sem fumaça nos lembra que, nessa época, Alfred já trabalhava também com a exploração dos campos petrolíferos de Baku (Azerbaijão). Essas duas atividades, a fabricação de explosivos e a exploração de petróleo, levaram Alfred a adquirir uma enorme fortuna.
Talvez, e essa é certamente apenas uma hipótese, Nobel tenha pressentido que os explosivos que inventara continuariam a ser usados predominantemente para fins militares em vez de pacíficos. Essa hipótese nos revelaria um sentimento de culpa por parte de Nobel, é a explicação mais comumente aceita para o fato de ter tomado a decisão de deixar sua enorme fortuna para uma fundação que tem a finalidade de premiar aqueles que lutam pelo desenvolvimento humano. Essa fundação administra a fortuna deixada por Nobel e distribui o total de seus rendimentos anuais como prêmios, os conhecidos prêmios Nobel. No testamento, datado de 27 de novembro de 1895, Alfred Bernhard Nobel (1833-1896) estipulava que os rendimentos anuais fossem divididos em cinco partes iguais e cada uma elas destinada aos que, no ano anterior, tivessem prestado relevantes serviços à humanidade, nos campos da Química, da Física, Da Fisiologia ou Medicina, da Literatura e da Paz Internacional. Os premidos recebem uma medalha de ouro, um diploma e uma soma em dinheiro.
Os primeiros prêmios Nobel foram distribuídos em 1901. Nos anos seguintes, sem interrupção eles foram concedidos. Não existiu, entretanto, a concessão de prêmios entre 1940 e 1942, pois os alemães invadiram a Noruega em 1940 e se apoderaram da conta bancária do comitê de prêmios. Em alguns anos, determinados prêmios não foram concedidos. Em 1969 foi instituído um prêmio Nobel de Economia.
Ao final de sua vida, Nobel era uma pessoa triste e muito doente. Padeci de angina e sofreu ataques cardíacos. Suprema coincidência ou grande ironia, o medicamento usado no tratamento de seus problemas cardíacos foi nitroglicerina. Ele, que havia ‘domesticado’ a explosividade da nitroglicerina, usava sua capacidade de ser um vasodilatador para ter algum tempo a mais de vida. Alfred Bernhard Nobel faleceu em San Remo, na Itália, em 1896.
Texto extraído do livro “Química: O homem e a natureza”, Geraldo Covre
Fonte:
http://www.sitedecuriosidades.com/ver/o_criador_dos_premios_nobel.html