Por Thais Pacievitch |
No ano de 1827, chegaram os primeiros imigrantes germanos ao porto de Santos, este primeiro grupo foi para Santo Amaro, os grupos que vieram a seguir foram para localidades como São Roque, Embu, Itapecerica, Rio Claro e para os cafezais, no interior do estado de São Paulo. Dois anos depois, tinha início a colonização de Santa Catarina (hoje, o mais alemão dos estados brasileiros, calcula-se que 35% da população deste estado tem ascendência alemã) nas cidades de Mafra e São Pedro de Alcântara. Posteriormente foi a vez do Paraná, lá a colonização começou pela cidade de Rio Negro. Em Curitiba, a partir de 1833, começou a chegar um número um pouco maior de imigrantes.
O Rio Grande do Sul foi o estado que mais imigrantes alemães recebeu, seguido de Santa Catarina. No ano de 1930, aproximadamente 20% da população destes estados eram compostos de imigrantes de origem germânica. Embora menor, a presença alemã foi marcante em estados como São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas gerais e Rio de Janeiro (Nova Friburgo e Petrópolis).
O ápice da imigração alemã no Brasil ocorreu entre 1920 e 1930, ou seja, depois da I Guerra Mundial e antes do início da Segunda Grande Guerra, época em que desembarcaram no país aproximadamente 75.000 alemães fugindo das tensões de cunho político e econômico que aconteciam na Alemanha daquele período. Naquele período havia grande desemprego naquele país, gerado pelo desenvolvimento de novas tecnologias, que fizeram artesãos e indústrias domésticas quebrarem.
Estes novos imigrantes já não se dirigiam às áreas rurais (alguns deles vieram como refugiados políticos), mas trabalhavam como operários, professores, etc. Desta forma, a mão de obra alemã especializada que chegou ao Brasil foi de grande importância para o desenvolvimento da industrialização do sul do país.