Por Fernando Rebouças |
Na prática este período iniciou-se com a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios fundada por Dom João VI em 1816, incentivado pela Missão Artística Francesa; decorrendo com o surgimento da Academia Imperial de Belas Artes, mecenato de Dom Pedro II, e por fim com a Escola Nacional de Belas Artes, já no período republicano.
O academicismo artístico iniciou na fase do período neoclássico, absorvendo estéticas românticas, realistas e simbolistas. O Academiscimo no Brasil possuía laço com o poder político da época, possibilitando uma postura não somente de ensino no campo das artes, mas de movimento filosófico e de ato político.
O academicismo deixou heranças que sobreviveram às transformações provocadas pelo modernismo no início do século XX. O conceito real de academia de arte surgiu no fim do Renascimento, antes desse período, as produções artísticas dependiam do trabalho de artesãos e de ateliês coletivos, conhecidos como guildas.
Antes da Vinda da Família Real, a arte no Brasil era ensinada de maneira informal, nos ateliês dos próprios artistas que passavam seus conhecimentos e experiências a seus alunos. Havia apenas uma pequena escola, a Aula Régia de Desenho e Figura, fundada no Rio de Janeiro em 1800.
Em 1816, veio a Missão Artística Francesa que trazia a ideia de criar uma escola nos moldes da Academia neoclássica francesa, que ofereceria cursos em nível de graduação para novos artistas e cursos técnicos para auxiliares. A fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios deu início a um novo sistema de educação artística no país, porém a escola levou dez anos para se estabilizar, reabrindo suas portas no dia 5 de novembro de 1836.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Academismo_no_Brasil