29.4.09

30 de abril de 1912 — Edu Chaves, o herói da aviação



Jornal do Brasil: Edu Chaves sofre acidente


O piloto Edu Chaves foi resgatado por pescadores depois que caiu no mar com o seu monoplano Bleriot de 25 HP. Edu Chaves fez um pouso forçado a 1 quilômetro da praia de Jacareí, entre Angra dos Reis e Mangaratiba. O piloto saiu um dia antes do campo da Mooca, em São Paulo, em direção ao Campo dos Afonsos, no Rio. Edu foi retirado do mar sem nenhum ferimento e chegou ao Rio de trem. 
Em telegrama enviado à família, o aviador explicou que atravessou a serra de Santa Cruz e, por falta de um mapa, julgou ter passado do Rio e por isso tomou a direção sul, indo parar na Ilha Grande. A gasolina acabou e ele teve de pousar no mar. "Nadei e regressei de canoa horas depois a Mangaratiba", conclui Edu. 

Eduardo Pacheco Chaves, herdeiro de fazendas de café, foi um herói da aviação e o primeiro piloto brasileiro a obter o brevê pela Federation Aeronautique Internacionale, na França, em 1911. 

Um mês antes do acidente, Edu e o piloto francês Roland Garros ganharam o prêmio de 30 mil réis oferecido pelo governo paulista para o piloto que conseguisse fazer o trajeto São Paulo–Santos–São Paulo. Garros quase foi impedido de concluir a prova devido ao desgaste de uma peça do seu avião. O francês já estava prestes a desistir, quando o brasileiro, que tinha um aparelho idêntico, embora sendo competidor, ofereceu a Garros a peça que ele precisava. 

Em retribuição à gentileza, Garros convidou Edu para participar junto com ele da segunda parte da competição. O brasileiro contribuiu para o sucesso da dupla, usando uma bússola, que manteve o rumo certo, principalmente sobre a Serra do Mar. 

O monoplano aterrissou na praia de Santos. Edu Chaves voltou com Garros, transportando uma carta enviada pela empresa de café Antunes dos Santos & Cia. endereçada a Gabriel Corbsier, de São Paulo.

Proezas de Edu Chaves
Como Santos Dumont, Edu Chaves encantou os franceses com as suas proezas no ar e foi o primeiro aviador a fazer uma travessia noturna entre Paris e Orleans, em 1911, numa prova em que o piloto tinha de realizar o maior número de voos no trajeto entre as duas cidades. Edu conseguiu fazer 27 escalas, num percurso em que procurou orientar-se pelos sinais luminosos de uma ferrovia, para não perder o rumo.

O piloto foi o primeiro a fazer a travessia São Paulo–Rio sem escalas, em 1914. Edu partiu às 9h30 e chegou por volta das 14h10 ao Rio. O monoplano atingiu 3 mil metros de altitude e uma média de 120 km/h, um recorde de velocidade na América do Sul.

Fonte:JBlog
Disponível em:http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php

28.4.09

SLIDES - A Itália do Renascimento

A Itália do Renascimento

Clique no play para ver.

Ucraniana recupera história de visitas a zonas mortas por Chernobyl

Elena Filatova é uma das pessoas que mais escreveram sobre o tema.
'A pior coisa de Chernobyl é que ela não deixa esperança', diz.

 

Ampliar FotoFoto: Divulgação

A ucraniana Elena Filatova, em Pripyat, conhecida como cidade fantasma (Foto: Divulgação)

Vinte e três anos atrás, uma pequena cidade no norte da Ucrânia estava escrevendo uma das páginas mais negras da história. Em 26 de abril de 1986, a explosão do reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl despejava no ar e na terra uma quantidade enorme de resíduos altamente radioativos. Junto com milhares de inocentes, o planeta iria pagar por uma série de erros - que tiveram início na complexa construção do reator e culminaram na simples falta de comunicação entre os técnicos do turno da noite. Era o começo de um pesadelo radioativo, tantas vezes previsto, mas até então inimaginável. 

Elena Filatova, ou "KidOfSpeed", é uma das pessoas que mais escreveram sobre a "Zona Morta" - área de aproximadamente 30 km² criada após o acidente de Chernobyl - na Ucrânia e na Bielorrússia. Alguns anos atrás, seu site virou sensação no mundo por mostrar um passeio pela região em uma moto, lembrando o que, para muitos, estava enterrado sob o sarcófago. A ucraniana trouxe novamente à tona a mórbida paisagem que sofre os efeitos da radiação. A explosão, cem vezes mais radioativa que as bombas de Hiroshima e Nagasaki juntas, deixou, além de um legado de mortes, um perigo invisível, silencioso e cruel: os raios gama, o pior e mais letal forma de ionização. 

"A radiação gama é cumulativa, vai somando-se com o tempo. Humanos podem se expor a uma quantidade X de raios gama durante sua existência. É como se você recebesse dinheiro suficiente para gastar durante toda a sua vida", explica Filatova. "Você deveria gastá-lo de forma sábia. Os cientistas que trabalham no sarcófago de Chernobyl podem desperdiçar seu 'capital' em algumas horas. Em Chernobyl, como na vida, alguns gastam em um lugar o que outros fazem durar por anos. E sintomas como vômitos e náusea significam que a 'falência' está muito próxima." 

Os primeiros bombeiros que chegaram para apagar o incêndio na usina simplesmente desintegraram depois de algum tempo. E ainda hoje, 23 anos depois, há bolsões de radioatividade altíssimos na cidade de Pripyat, que abrigava os trabalhadores da usina e seus parentes. Os maiores deles estão dentro dos prédios, na floresta chamada "Madeira Vermelha" (que, segundo dizem, tem esse nome por ter brilhado no escuro após a explosão) e nos cemitérios da "Cidade Fantasma", como é conhecida Pripyat. 

 

Nova Pompéia


O grafite usado para extinguir o fogo no reator foi enterrado neste local, considerado um dos mais tóxicos do planeta. Hoje, a "Zona Morta" volta à vida, mas de uma forma estranha. Por ano, centenas de turistas pagam cerca de US$ 400 por um dia de passeio pela sinistra região, segundo o Chernobylinterinform. E muitos dos guias também cobram "extras" pelo serviço. 

E o que jaz sob o sarcófago de concreto que cobre o reator 4 da usina de Chernobyl vai permanecer ativo por mais de 100 mil anos. "As pirâmides do Egito duram 6 mil anos. Chernobyl é nossa contribuição para a História da Humanidade. É uma Pompéia dos tempos modernos", lembra Filatova. 

Aliás, a própria ucraniana é acusada de ser um "subproduto da radiação": ela nunca teria ido de moto à região. Uns simplesmente ouvem os guias, que falam o que for preciso para desacreditá-la. Outros, culpam o governo pelo que chamam de "tentativa de silenciar a verdade". Os céticos dizem que seus relatos - e seu passeio de moto - são inverossímeis, enquanto os idealistas dizem que o propósito de Filatova é simples: usar a internet para não deixar a tragédia cair no esquecimento, mesmo que o preço seja sua reputação. "É inútil questionar se algo ou alguém é real ou não. Quem não é real, vai dizer que é. E quem for, vai silenciar. Exatamente como Chernobyl", finaliza a ucraniana. 

G1 - Você contou em quantas cidades mortas já esteve? 
Elena Filatova -
 Antes que eu perdesse a conta, eram cerca de 180 cidades e vilas mortas, mas isso foi há alguns anos e eu visitei muitos lugares após isso. No total, na Ucrânia, Bielorrússia e Rússia, o acidente de Chernobyl 'matou' cerca de 2 mil cidades e vilas. Um quarto desse total era de grandes cidades e grandes vilas. O resto eram fazendas, vilarejos ou povoados muito pequenos, que nós chamamos de 'hutors'. 

G1 - O que ucranianos e bielorrussos dizem ou leem sobre a tragédia hoje em dia? Parece que as pessoas se acostumaram e permanecem muito calmas a respeito. 
Elena Filatova -
 Bielorrussos não podem falar muito, não têm liberdade de expressão e falar a verdade pode ser perigoso. Na Bielorrússia, alguém que publique uma pesquisa verdadeira sobre Chernobyl será preso ou simplesmente irá sumir. Assim, não há quem fale a verdade. 

Na Ucrânia, após a Revolução Laranja, falar a verdade não é proibido, muito embora ucranianos falem pouco dessas coisas. O que parece um paradoxo, mas não é. Nietzsche disse uma vez que a verdade encontra mais defensores onde falar a verdade é perigoso e encontra menos defensores onde falar a verdade é tedioso. 

G1 - Você viu muito da maior tragédia da Humanidade. O que é, na sua opinião, a pior coisa sobre o acidente? 
Elena Filatova-
 A pior coisa de Chernobyl é que ela não deixa esperança. Eu disse uma vez que em um dos portões de Chernobyl escreveria o que Dante escreveu na entrada de seu Inferno: 'Todas as esperanças abandonam aqueles que entram aqui'. 

Em todas as línguas, temos ditados como 'a esperança é a última que morre' ou 'onde há vida, há esperança'. A desesperança rouba nossas forças enquanto caímos em torpor. Nenhum homem pode se mover sob desesperança. As pessoas apenas dão as costas ao problema, sem esperança, já que estão apenas tentando esquecer. 

G1 - Você sempre comenta a tragédia com citações filosóficas ou religiosas. Você acha que, em lugares como Pripyat, Chernobyl ou qualquer outra zona morta, há espaço para religião? 
Elena Filatova -
 É, definitivamente, religião. Eu sempre soube que Chernobyl havia sido prevista na Bíblia, mas nunca liguei. Até o dia que tive um momento de grande compreensão sobre essas profecias. Isso aconteceu perto de uma fazenda, na zona morta, bem perto da usina. De repente, eu percebi que a profecia da minhoca e a verdade sobre as seguintes passagens se tornaram claras para mim: 

Isaías 13:21,22 - Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão as avestruzes, e os sátiros pularão ali. As hienas uivarão nos seus castelos, e os chacais nos seus palácios de prazer; bem perto está o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão. 

Isaías 34: 10 - Nem de noite nem de dia se apagará; para sempre a sua fumaça subirá; de geraçäo em geraçäo será assolada; pelos séculos dos séculos ninguém passará por ela.


Fonte: G1

Disponível em:http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1098723-16107,00-UCRANIANA+RECUPERA+HISTORIA+DE+VISITAS+A+ZONAS+MORTAS+POR+CHERNOBYL.html

Na histórias das epidemias, até salmonela já foi grande vilã

Peste negra devastou um terço da população europeia na Idade Média.
Conheça algumas das principais epidemias já enfrentadas pelo homem.

 

Ampliar FotoFoto: Reprodução/Wikimedia Commons

Imagem da época mostra padre abençoando doentes de peste (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

Epidemias, como a recente gripe suína , causam pânico, preocupação e mortes. Sempre foi assim, desde que o homem começou a conviver com as bactérias, as formas de vida mais antigas do planeta. As doenças têm formas variadas, e as mortes podem ser provocadas tanto por uma enfermidade antiga quanto por um novo vírus.

Uma definição de epidemia é dada pelo infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor de "A Historia e Suas Epidemias", Stefan Cunha Ujvari: " são ocorrências de casos de uma doença em número superior ao esperado – esperado com base em cálculos, não em adivinhação." 

 

Saiba tudo sobre a gripe suína

 

Vai para onde existe a doença? Veja cuidados

 

Os casos de gripe suína pelo mundo

 

Em muitos momentos da história, populações foram arrasadas por mortes em grande escala. A diferença em relação às epidemias atuais é que, antigamente, não eram conhecidas as causas de muitas doenças e não era possível, como hoje, fazer um trabalho preventivo.

 

"Hoje, com um mundo globalizado e grande acesso a informação e tecnologia, podemos controlar mais facilmente o desenvolvimento dos casos", explicou Ujvari em entrevista ao G1por telefone.

 

Doenças como cólera, varíola, sarampo e gripe mataram milhões de pessoas em diferentes épocas e lugares. Confira algumas das piores epidemias da história:

 

Praga de Atenas

No verão de 430 AC, uma epidemia assolou a cidade grega de Atenas. O historiador Tucidides, que sofreu ele próprio da doença, descreveu na época os sintomas como 'calores na cabeça, inflamação nos olhos, dores na garganta e na língua'.  A epidemia ocorreu durante o começo da guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, e afetou o exército ateniense. De 25% a 35% da população de Atenas morreu vítima da doença.  Segundo o infectologista Stefan Ujvari, o que favoreceu as mortes foi a aglomeração de pessoas nos muros de Atenas por causa da guerra. "Isso funcionou como um caldeirão para a epidemia." Ele conta que a doença que provocou a praga ficou por muitos anos sendo um mistério. "Até que, há cinco anos mais ou menos, uma cova com corpos dessa época foi descoberta e, dentro dos dentes dos cadáveres, foi encontrado o material genético da salmonela."  

 

 

Peste dos Antônios

Uma grande epidemia começou em 165 e no ano seguinte atingiu Roma, durando 15 anos. O nome era uma alusão à família que governava o império na época. Cerca de um terço da população morreu. No auge da epidemia, eram registradas quase duas mil mortes diárias em Roma.

 

Em 180, o próprio imperador Marco Aurélio foi morto pela doença. O médico Claudio Galeno descreveu na época a peste como tendo sintomas de febre, diarréia e erupções cutâneas.

 

Lepra na Europa medieval

Entre os anos 1000 e 1350, a lepra se desenvolveu na Europa. As vítimas sofriam lesões na pele, deformações e perda das extremidades. As pessoas eram isoladas e sofriam muito preconceito. Nessa época, muitos centros para leprosos foram criados, e a Igreja Católica controlava os doentes, sustentando que as lesões eram sinais de impureza religiosa. O doente identificado recebia uma cerimônia religiosa, a ‘missa dos leprosos’, em que ganhava trajes especiais e um instrumento sonoro para anunciar sua chegada a lugares públicos.

 

"Uma verdadeira perseguição aos leprosos ocorreu na época. Como a lepra não é uma doença altamente contagiosa, achamos que muita gente que tinha doenças de pele foi rotulada como tendo lepra", explicou Stefan Ujvari.

 

A pior de todos os tempos: a peste negra

Pior epidemia da história da humanidade segundo o infectologista, a peste bubônica matou um terço da população europeia. Com início em 1347, a doença se espalhou rapidamente, seguindo as rotas marítimas.

 

Em 1348, a doença já havia atingido as áreas mais densas dos mundos cristão e muçulmano. A peste chegou num momento de crise agrária e fome. Por volta de 1350, toda a Europa central e ocidental tinha sido afetada. Após essa grande epidemia, a doença não desapareceu e continuou provocando surtos de tempos em tempos. 

 

Os sintomas da peste bubônica são mal-estar, febre, dores no corpo e inchaços do tamanho de um ovo, conhecidos como bubões. A coloração azulada que dá o nome à doença, ocorre pela falta de oxigenação da pele, pela insuficiência pulmonar.

 

Ratos com pulgas contaminadas pelo bacilo foram um grande fator de disseminação da peste na época. Segundo escreveu Ujvari em seu livro "A História e suas epidemias", "as epidemias encontram terreno propício nas regiões com aglomerações populacionais e condições precárias de higiene, em que ocorre grande proliferação de ratos dividindo espaço com os homens.” 

 

Suor inglês: a doença misteriosa

A cidade de Londres foi alvo de uma epidemia no século XV. As características da doença eram febre intensa e calafrios. Em poucas horas, o paciente podia ter convulsões, entrar em coma e morrer. De cada três pessoas que apresentavam o sintoma, uma morria. A doença teve grandes surtos e chegou a atingir boa parte da corte de Henrique VIII. Cidades perderam quase a metade da população.

 

O ultimo surto da doença, em 1529, atingiu outros países, como Holanda, Rússia e Alemanha. Depois de um quinto surto, em 1551, quando matou 900 pessoas nos primeiros dias, a doença desapareceu completamente e permanece como um mistério ate hoje. 

 

Cólera na era das máquinas

Em 1817, a cólera começou a se espalhar por áreas da Índia, onde já era endêmica. Alguns anos depois, atingiu o leste da Ásia e o Japão. Em 1820, Bangcoc, capital da Tailândia, reportou 30 mil mortes (numa população de 150 mil habitantes).

 

Ampliar FotoFoto: Reprodução/Wikimedia Commons

Hospital improvisado no Kansas, durante a gripe espanhola (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

Dez anos mais tarde, em 1831, a doença chegou à Europa pela Inglaterra e atingiu os principais centros industriais e locais de moradia lotados, como cortiços. Durante a epidemia, quase 30 mil pessoas morreram no Reino Unido, a maioria pessoas pobres.

 

Gripe espanhola

Os soldados que lutavam nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial em 1918 enfrentavam não apenas o frio, a chuva, a lama e o inimigo. Nessa época, uma gripe mortal acometeu tropas inteiras e logo se espalhou para a população civil, matando de 40 milhões a 50 milhões de pessoas, primeiro na Europa e nos EUA, depois na Ásia e nas Américas Central e do Sul. Há relatos de pessoas que acordavam bem e, no final da noite, estavam morrendo – tão rápido era o avanço da doença.


No Brasil, a gripe espanhola, como ficou conhecida, apareceu no final do ano, quando marinheiros desembarcaram doentes após uma ida à África. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, 65% da população adoeceu. “Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram”, diz o site da Fiocruz. 

 

Gripe asiática

 A doença atingiu a China nos anos de 1957 e 58 e chegou aos EUA matando mais de 70 mil pessoas. Diferente do tipo de vírus que causou a epidemia de 1918, esse era rapidamente identificado principalmente devido aos avanços da tecnologia médica. A Organização Mundial da Saúde estima que até 50% da população foi afetada, e a taxa de mortalidade era de uma pessoa a cada 4 mil. O numero de mortes no mundo passou de um milhão.

 

Gripe de Hong Kong

Nos anos de 1968 e 69, um outro tipo de gripe matou de 1 milhão a 3 milhões de pessoas - quase 34 mil só nos EUA e 30 mil na Inglaterra. Transmitida por aves, a doença matou em muito pouco tempo. Meio milhão de casos foram reportados em Hong Kong apenas nas duas primeiras semanas. A doença chegou nos EUA em setembro de 1968, por meio de soldados vindos do Vietnã. A vacina começou a ser fabricada dois meses após o surto. 

 

Sars

A doença respiratória viral Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi detectada pela primeira vez em fevereiro de 2003, na Ásia. Nos meses seguintes, se espalhou para mais de 12 países na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia. A doença começa com uma febre alta e pode ter dores de cabeça, no corpo e mal-estar. A transmissão ocorre por contato próximo.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um total de 8.098 pessoas ficaram doentes no mundo, das quais 774 morreram. No mesmo ano a epidemia foi controlada.


Fonte:G1

Disponível em:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1101132-5602,00-NA+HISTORIAS+DAS+EPIDEMIAS+ATE+SALMONELA+JA+FOI+GRANDE+VILA.html

25.4.09

25 de abril de 1974 — A Revolução dos Cravos


jornal do Brasil: Revolução dos Cravos

Uma multidão entusiasmada saiu às ruas de Lisboa onde reinava um clima de festa popular, com gritos de viva a liberdade, muita música e alegria, em comemoração ao golpe militar que pôs fim a 48 anos de ditadura salazarista. O povo confraternizava-se com os soldados e enfeitava os canos dos fuzis com cravos vermelhos. Por causa desse gesto, a rebelião ficou conhecida como a Revolução dos Cravos.

O general Antonio Spíndola, líder do Movimento das Forças Armadas (MFA), e presidente da Junta de Salvação Nacional, que assumiu o poder depois de derrubar o primeiro-ministro Marcelo Caetano, anunciou a eleição de uma Assembléia Constituinte pelo voto direto. Os presos políticos foram libertados e a temida polícia política, a Pide foi dissolvida, assim como a Legião Portuguesa e o Partido Salazarista.

A revolta foi uma resposta de oficiais de patente média das Forças Armadas, principalmente capitães, contrários à permanência das tropas nas colônias portuguesas – Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste, onde eram travavas guerras de independência. O movimento militar contra o regime intensificou-se no fim de 1973 e início de 1974, em um momento em que o governo enfrentava uma decadência econômica fruto dos enormes gastos com as guerras coloniais, além de greves, e protestos de todos os setores da sociedade. 

A senha para o início da Revolução dos Cravos, foi dada aos 20 minutos do dia 25 de abril, quando a Rádio Renascença, de Portugal, tocou a música Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso, que fora proibida pela censura. Os militares tomaram as ruas e 12 horas depois o primeiro-ministro Marcelo Caetano renunciou.

A missão de reconstruir Portugal
A Junta de Salvação Nacional iniciou, o que eles chamaram de reconstrução do país, implementando uma política de estatização de indústrias e bancos, seguida pela reforma agrária. O Partido Socialista de Mário Soares venceu as eleições para a Assembléia Constituinte. Em novembro do mesmo ano, o fracasso de uma tentativa de golpe de oficiais de extrema esquerda pôs fim ao período revolucionário. Em 1976 o general António Ramalho Eanes, comandante das forças que esmagaram a rebelião de esquerda, foi eleito presidente da República. Os socialistas conquistaram 35% dos votos.


Fonte: JBlog

Revolução dos Cravos põe fim à ditadura de Salazar




Quarta-feira, 25/04/1979

No começo, Portugal viveu momentos de grande euforia, todos pareciam felizes com a queda do regime salazarista. Mas os militares se desentenderam sobre a questão agrária e a industrialização.



Fonte: G1

Disponível em:http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM996146-7823-REVOLUCAO+DOS+CRAVOS+POE+FIM+A+DITADURA+DE+SALAZAR,00.html