Martin Luther King, Jr., filho de um ministro baptista, nasceu em Atlanta, Geórgia. Estudou teologia e, em 1955, organizou o primeiro grande protesto do movimento dos direitos civis dos cidadãos afro-americanos: o boicote Montgomery em Alabama. Influenciado por Mahatma Gandhi, intercedeu pela desobediência civil não violenta perante a segregação racial nos Estados Unidos. Os protestos pacíficos que dirigiu nos estados do sul encontraram-se rapidamente com respostas violentas, mas King e os seus seguidores mantiveram-se fiéis às suas crenças e o movimento ganhou fôlego. Orador poderoso, King fez um apelo aos ideais norte-americanos e cristãos, e lentamente foi ganhando o apoio do governo federal e de movimentos brancos do norte. Em 1963 colocou-se à frente de uma marcha maciça até Washington, que atraiu mais de 200.000 cidadãos, e em 1964 foi condecorado com o Prémio Nobel da Paz. Nos finais de 60, King criticou abertamente a implicação do seu país na Guerra do Vietname, e reconduziu os seus esforços em ganhar direitos económicos para os americanos mais pobres. Nessa altura, o movimento de direitos civis começou a fracturar-se com activistas como Stokely Carmichael, que se afastou da visão de King da integração não violenta a favor da dependência dos afro-americanos na autodefesa. Em 1968, King tentou reunificar e reviver o seu movimento mediante uma "Marcha dos pobres" sobre Washington, mas no dia 4 de Abril foi assassinado em Menfis, Tennessee, apenas umas semanas antes da Marcha começar.
Fonte: Canal História