Na manhã de 3 de Agosto de 1914, os jornais do mundo anunciavam: França, Bélgica e Grã-Bretanha declaram guerra à Alemanha, iniciando a Primeira Guerra Mundial. O incidente que fez começar a guerra foi o assassinato do príncipe do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, a 28 de Junho, por terroristas sérvios. Até o dia 3 de Agosto, todas as potências entram em guerra, menos a Itália.
Algumas das primeiras hostilidades da guerra ocorreram no continente africano e no Oceano Pacífico, nas principais colónias e territórios das nações europeias. Durante o mês de Agosto de 1914, forças coligadas da França e do Império Britânico invadiu o protectorado alemão da Togoland, no Togo. Pouco depois, a 10 de Agosto, as forças alemães da Namíbia atacaram a África do Sul, que pertencia ao Império Britânico. Em 30 de Agosto, a Nova Zelândia invadiu a Samoa, da Alemanha. Mais tarde, no dia 11 de Setembro, a Força Naval e Expedicionária Australiana desembarcou na ilha de Neu Pommern, que fazia parte da chamada Nova Guiné Alemã. O Japão invadiu as colónias micronésias e o porto alemão de abastecimento de carvão de Qingdao, na península chinesa de Shandong. Com estes movimentos, em poucos meses, a Tríplice Entente, da qual Portugal veio a pertencer, tinha dominado todos os territórios alemães no Pacífico. Batalhas esporádicas, porém, ainda ocorriam na África.
Na Europa, a Alemanha e o Império Austro-Húngaro sofriam de uma mútua falta de comunicação e desconhecimento dos planos de cada exército. A Alemanha tinha garantido o apoio à invasão Austro-Húngara da Sérvia, mas a interpretação prática para cada um dos lados foi diferente. Os líderes Austro-Húngaros acreditavam que a Alemanha daria cobertura ao flanco setentrional contra a Rússia. A Alemanha, porém, tinha planeado que o Império Austro-Húngaro focasse a maioria das suas tropas na luta contra a Rússia enquanto combatia a França na Frente Ocidental.
Devido a vários erros e confusões tácticas, a Triplice Entente veio a fortalecer as suas posições na Europa, que tinha enfraquecido para ter tropas suficientes nas colónias devido à descrença que nenhum país atacaria na Europa, levando a guerra a arrastar-se mais 4 anos.
Fonte: DIÁRIO UNIVERSAL