Sob o polêmico Jacob Zuma, país celebra sua libertação.
A África do Sul celebra nesta quinta-feira (11) os 20 anos da libertação do líder anti-apartheid Nelson Mandela.
"Quando cruzou as portas da prisão, Mandela já sabia que sua própria liberdade anunciava que havia chegado o momento da liberdade para todos", declarou Cyril Ramaphosa, um ex-rebelde que se tornou empresário, em uma cerimônia en Paarl (sudoeste), último local onde o herói sul-africano foi mantido encarcerado.
Vinte anos depois da libertação de Mandela, e sob a presidência de Jacob Zuma, a África do Sul é uma democracia vibrante, mas ainda tem milhões de pessoas vivendo na pobreza e buscando uma liderança capaz de confrontar os problemas econômicos.
A libertação de Mandela em 11 de fevereiro de 1990, após 27 anos nas prisões do apartheid, colocou em marcha uma transformação política que culminou com a história eleição multirracial de 1994 e com a posse do próprio Mandela como primeiro presidente negro do país.
Assista ao lado: Arquivo N com a trajetória de Mandela
Alguns críticos dizem que o legado de Mandela foi destruído por causa de incidentes como o afastamento do sucessor dele, Thabo Mbeki, do comando do partido CNA e dasrecentes polêmicas envolvendo Zuma.
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Estátua do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela na prisão de Groot Drakenstein, em Paarl, nesta quarta-feira (10). (Foto: AFP)
Milhões de negros ainda vivem na miséria em terríveis "townships" (favelas), e a taxa oficial de desemprego é de quase 25%, embora analistas digam que na verdade seja muito superior. Pelo menos 34% dos cerca de 50 milhões de sul-africanos vivem com menos de US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial.
Sob o governo do Congresso Nacional Africano, partido no poder desde o fim do apartheid, a África do Sul teve sua mais prolongada fase de prosperidade, até ser afetada pela crise global e mergulhar numa recessão no começo de 2009.
Embora tenha se livrado dela no terceiro trimestre, analistas dizem que as perspectiva de crescimento permanecem aquém das de outros grandes países emergentes - o que só poderia mudar com grandes avanços na infraestrutura e reformas no mercado de trabalho da maior economia africana, segundo os especialistas.
Fonte: G1