Por Francisca Gracilene Teixeira Terto |
Os comerciantes lusitanos coagiram o capitão Francisco X. Ribeiro Sampaio, do forte São José do Rio Negro, atual Manaus, para que aniquilasse todas as aldeias ao redor dos rios. A ação foi difícil para os invasores, por serem nômades os Muras logo usaram o conhecimento que tinham da região como tática para derrotá-los, passaram a ocupar diversos pontos de todo o extenso território, surpreendendo as embarcações portuguesas. Em resposta os portugueses requisitaram mais soldados para a luta. Quando se enfrentaram novamente muitos foram mortos embora a perda indígena tenha sido maior. Apesar dos Muras serem donos de muitas técnicas de emboscadas, os portugueses por sua vez possuíam um poder de fogo ainda não conhecido pelos indígenas.
O confronto durou décadas, após mais de cem anos os colonizadores conseguiram exterminar quase a totalidade da aldeia Mura, vários índios incluindo mulheres e crianças foram lançadas às águas do rio vindo todos a morrerem afogados. Contudo a tribo lutou até o fim e hoje são conhecidos como um povo audacioso que combateu até a morte a invasão portuguesa.
Somente em fins do século XVIII que as missões jesuíticas conseguiram “domesticar” a aldeia Mura deixando a passagem dos rios acessível para os mercadores portugueses.
Os remanescentes da tribo Muras ainda habitam as margens do rio Madeira foram aculturados e convivem pacificamente em comunidade sobrevivendo da pesca e da agricultura de subsistência.
Fontes:
http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/guerrilha-dos-muras/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha_dos_Muras