Registros recentes mostraram que cerca de 300 palavras de origem cassita constam em documentos da Babilônia. Apesar de poucas evidências, acredita-se que esse povo mantinha uma religião politeísta, como as outras civilizações mesopotâmicas, mas não tinham um governo hereditário característico do Estado.
No século XVIII a.C., após a queda do grande imperador Hamurabi, os cassitas invadiram a Babilônia sob reinado de seu filho Samsu-Iluna que, apesar de grande investida, não conseguiu impedir que parte do território sob seu domínio fosse tomado.
Tempos depois, a tribo dos hititas enfrentaria Samsu-Iluna e lhe tomaria a estátua do deus Marduk. Agum II, rei que dominava a oeste do Irã, reconquistou a estátua que de início havia sido tomada pelos amoritas, colocando-a de volta na Babilônia. Para os cassitas, Marduk era a imagem do deus Shuqamuna, que era bem reverenciado por eles.
Próximo ao território de Bagdá, foi erigida outra cidade de cunho comercial, Kurigalzu, com intenção de competir com a Babilônia. Quando dominaram a Babilônia, os cassitas estavam interessados em trocar mercadorias com eles, mas a guerra dos povos de Kurigalzu com os assírios impediu que essas transações fossem realizadas.
Documentos mostram que os cassitas desenvolveram a economia pela propriedade feudal, usando terrenos para agricultura e domesticação de animais, inclusive preparando pequenas carruagens para exportá-los e trocar por matéria-prima.
Da cultura cassita, o resquício mais notável encontrado foi o poema ‘Enuma Elish’, ou Epico Babilônico da Criação doMundo, que conta a história do jovem deus Shuqamuna (Marduk) até sua ascensão ao poder, após derrotar as caóticas forças do mal.
No século XIII a.C., os cassitas declararam guerra contra Elam e a Assíria, suscitando em um grande desastre que apressaria o fim seu reinado pela Babilônia. Por volta de 1155 a.C., os povos do Elam destroem definitivamente o império cassita após longos conflitos sustentados por mais de meio século, principalmente após uma imposição do rei Shutruk-Nahhunte aos derrotados povos da Babilônia em cederem seu território aos elamitas.
Fonte: Info EScola