Em 1947, no final da Segunda Guerra Mundial, diante dos crescentes conflitos entre judeus emigrantes e palestinos árabes, a ONU foi incitada a intervir, decidindo pela divisão da Palestina em duas áreas: a judaica , representando 57% de sua área e a palestina, com 43% da área, que provocou o protesto dos países vizinhos.
Com a retirada da Inglaterra e a criação em 1948, do Estado de Israel, aumentou a tensão na região. Os países da liga Árabe - Egito,, Iraque Transjordânia (atual Jordânea), Líbano e Síria - invadiram a região desencadenado a Primeira Guerra Árabe- Israelense (1948 - 1949), vencida por Israel, que ampliou seu domínio territorial sobre a Palestina. Como conseqüência, quase um milhão de palestinos fugiram ou foram expulsos da região, tendo a situação dos refugiados, que se instalaram em regiões vizinhas desencadeando a Questão Palestina, isto é, a luta dos árabes palestinos pela recuperação territorial. Em 1956, os crescentes atritos de fronteiras entre Egito e Israel e o reconhecimento do Canal de Suez como egípcio, desencadearam a Segunda Guerra Árabe- israelense, também conhecida como guerra de Suez. Apesar de o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser ter contado com com ajuda militar soviética, Israel, apoiado pela Inglaterra e França, saiu novamente vitorioso, conquistando a península do Sinai. Sob pressão dos Estados Unidos e da União Soviética, a ONU enviou à região forças de paz, que obrigaram Israel a abandonar o Sinai, restabelecendo as fronteiras de 1949.
Em 1967, a tensão na região culminou com a Guerra dos Seis Dias, a Terceira Guerra Árabe-Israelense, pois a recém-criada Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tentava, desde 1964, recuperar o território ocupado por Israel por meio de guerrilhas. A situação agravou-se com a retirada das tropas da ONU e colocação de soldados egípcios na fronteira, bloqueando o acesso aos portos israelenses. A vitória israelense levou à ocupação de Gaza e Cisjordânea, ampliando o êxodo palestino, com mais de um milhão e seiscentos mil refulgidos.
Apesar da intervenção da ONU, Israel não acatou a decisão de retirada do territórios ocupados, tendo essa nova investida israelense provocando, em 1973, a Quarta Guerra Árabe-Israelense - a Guerra do Yom Kippur -, assim chamada por ter sido iniciada em um dia sagrado para os judeus, Dia do Perdão. O conflito inicio-se com o ataque simultâneo da Síria e do Egito contra Israel. Com a intervenção do presidente dos Estado Unidos, Richard Nixon , do secretário da União Soviética, Leonid Brejnev, a guerra terminou, com a assinatura de um acordo de paz de paz.
Em 1979, o presidente egípcio Anuar Sadat e o dirigente israelense Menahem Begin, num encontro promovido pelo presidente norte-americano Jimmy Carter, assinaram os acordos de Camp David, pelos quais o Egito recuperava o Sinai e inaugurava uma nova fase de relacionamentos e negociações.
A questão palestina, entretanto, sobrevivia, pois os refugiados seguiam lutando pela obtenção de um Estado palestino e pela devolução dos territórios da Cisjordânia e Gaza, ocupados por Israel.
Foi somente no início dos anos 90 que ganhou forças a via política diplomática, levando às negociaçõesentre as partes nas região, substituído a confrontação militar constante. Em grande parte possível devido ao fim da Guerra Fria, à neutralização do Iraque e à pressão norte-americana contra o radicalismo israelense, os encontros diplomáticos proporcionaram o reconhecimento mútuo entre Israel e OLP e, em 1993, a assinatura da paz em Washington, entre os representantes de Israel, Yitzhak Rabin, e da Palestina, Yassser Arafat.
Outro foi a derrota eleitoral de Shimon Peres, em 1996, vencido por Likud de Benjamim, defensor de uma política externa com os vizinhos árabes
Fonte: Grupo Escolar