Desconhecido dos europeus até a viagem de Colombo, em 1492, o tabaco já era utilizado pelos nativos da América desde tempos remotos. Os índios no atual território brasileiro acreditavam que, pelo fumo, podiam entrar em contato com os espíritos e fazer adivinhações. Empregavam também a planta para curar feridas, dores de estômago, fístulas e outras doenças. O produto poderia ser comido, bebido em infusão, mascado e fumado. Encantado com a planta, Luís de Góes que veio com Martin Afonso de Sousa em 1530, levou as primeiras mudas para Portugal.
Na França, o sucesso do fumo começou depois que Jean Nicot, embaixador francês em Lisboa , presenteou sua rainha, Catarina de Médici, com certa quantidade do produto. Quando ela passou a atribuir ao tabaco a cura de suas enxaquecas, o consumo do produto se tornou comum na alta sociedade francesa e caiu no gosto da população.
Já na Inglaterra, o hábito de fumar e mascar fumo foi introduzido na década de 1580, quando os corsários Francis Drake e Walter Raleigh, de volta de viagens à América do Norte levaram para lá mudas de tabaco.
Gravura de Angelo Biasioli (1790-1830). Escravos preparando tabaco, estado da Virgínia, EUA
No século XX, a indústria cinematográfica norte-americana associou o ato de fumar ao charme, à beleza e ao sucesso, e o cigarro espalhou-se por todo mundo. A partir das últimas décadas do século, porém, o poder de sedução do tabaco diminuiu com a divulgação de pesquisas médicas que o apontam como responsável por inúmeras doenças, entre elas o câncer, que pode ser fatal.
Fonte: HISTOBLOG