Por Felipe Araújo |
Nesta época, as descrições e mapas do mundo eram imprecisos. Supunha-se que a África estava ligada à Ásia e se acreditava na existência de outro continente abaixo do oceano Índico. Foram com estas informações que os conquistadores exploraram os mares. A cada nova expedição, os conhecimentos geográficos e equipamentos melhoravam. Foi criado o astrolábio, a bússola, quadrantes e portulanos – roteiros de descrições de viagens.
Alfred Crosby, em seu livro Imperialismo Ecológico, fala sobre o avanço obtido pelos navegadores: “O problema não resolvido era o vento. Não que se ignorasse o modo de controlar a sua força: a vela quadrada, cristã, e a vela latina triangular; muçulmana, usadas cada vez mais em combinação à medida que o século avançava, teriam conduzido Fernão de Magalhães pelo Pacífico em 1421 quase tão bem quanto fizeram em 1521”. Porém, dois anos antes, em 1519, a expedição de Fernão de Magalhães e Francisco Anttônio Pigaffeta, que escreveu muitas descrições utilizadas por geógrafos e historiadores, rumou para a primeira viagem de circum-navegação.
A viagem foi apoiada pela Espanha e, primeiramente, foi de encontro ao Atlântico Sul, passando pelo local que atualmente é conhecido como Estreito de Magalhães e prosseguindo pelo Oceano Pacífico. Considerada a primeira viagem em torno da Terra, a expedição de Fernão de Magalhães durou aproximadamente três anos e teve muitas baixas em seu percurso.
De acordo com alguns historiadores, 237 homens estavam a bordo dos cinco navios que saíram da Espanha no início da viagem. Ao retornarem, apenas 18 homens foram encontrados nas embarcações. Apesar das mortes, o escritor e navegador Pigaffeta pode transmitir seus relatos, que acabaram por endossar a teoria de que a Terra era redonda.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernão_de_Magalhães
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u629.jhtm
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.