A Guerra da Coreia alertou as tropas brasileiras sob a possibilidade de uma nova guerra mundial.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o estabelecimento do mundo bipolar possibilitou uma série de eventos que representaram as disputas e interesses da União Soviética e dos Estados Unidos. Já no início da década de 1950, as contendas políticas desenvolvidas na Coreia se tornaram pano de fundo da competição entre capitalistas e socialistas. Em outros termos, a chamada Guerra Fria se manifestava na disputa hegemônica daquela região politicamente dividida em dois países.
De um lado, a Coreia do Sul era controlada por um governo autoritário alinhado aos ditames do bloco capitalista. Do outro, a Coreia do Norte era guiada por um governo comunista que tinha a importante missão de impedir o aparecimento de outra região influenciada pelo capitalismo no mundo oriental. O conflito se arrastou entre os anos de 1950 e 1953 e, ultrapassando seus próprios limites, acabou causando uma relativa agitação em terras brasileiras.
Nesse período, o cenário político brasileiro esteve dividido entre dois grupos políticos mais amplos: liberais, interessados na participação do capital estrangeiro no desenvolvimento da economia; e os nacionalistas, que apontavam o protecionismo e ação estatal como pontos fundamentais para o fortalecimento da nação. Contudo, antes de dizer a respeito do papel desempenhado por estes dois setores no conflito, podemos primeiramente assinalar algumas manifestações menores decorrentes da guerra coreana.
Inaugurando a primeira década do pós-Segunda Guerra, o conflito coreano despertou a terrível possibilidade de uma nova guerra em proporções mundiais. Por esse motivo, poucos dias após o começo da guerra, todas as guarnições do Exército Brasileiro foram colocadas de prontidão caso fosse necessário o uso das armas. Logo em seguida, consultaram o governo sobre a possibilidade de tropas que lutariam com a ONU contra os comunistas.
Passadas essas primeiras agitações, o Brasil não enviou uma tropa sequer e somente auxiliou o lado capitalista com o envio de medicamentos e café. Na cidade de Recife tivemos a reação civil mais expressiva com relação a esse confronto. A Rádio Jornal do Comércio organizou, junto com as autoridades eclesiásticas da região, uma enorme missa pelo fim da Guerra da Coreia, que reuniu aproximadamente 40 mil pessoas no estádio do Retiro.
Mais do que provocar tais reações isoladas, a participação do Brasil nesse confronto militar poderia abrir caminho para a adoção de uma das políticas econômicas sugeridas por nacionalistas e liberais. Esses últimos acreditavam que a entrada do país na guerra poderia estreitar as relações com as grandes potências. O envio de soldados brasileiros para a Coreia representaria a definição de uma perspectiva político-ideológica favorável ao “mundo livre” e à “democracia”.
No entanto, as alas nacionalistas discordavam veementemente da participação brasileira ao se colocarem contra o governo sul-coreano. Em um artigo publicado, o capitão nacionalista Humberto Freire de Andrade teceu duras críticas contra o governo ditatorial sul-coreano, bem como elogiou o país vizinho no momento em que reafirmou sua autonomia com a implementação de políticas sociais e a realização de uma reforma agrária nas terras norte-coreanas.
Apesar de não colocar homens e armas, a Guerra da Coreia alimentou mais um episódio em que os projetos de desenvolvimento da nação seriam colocados a prova. Na época, o presidente Getúlio Vargas preferiu adotar uma postura independente às pressões dos grupos políticos da época. Essa seria mais uma das tantas disputas e pressões experimentadas pela verdadeira “guerra política” que tomou corpo no Brasil em tempos de populismo.
De um lado, a Coreia do Sul era controlada por um governo autoritário alinhado aos ditames do bloco capitalista. Do outro, a Coreia do Norte era guiada por um governo comunista que tinha a importante missão de impedir o aparecimento de outra região influenciada pelo capitalismo no mundo oriental. O conflito se arrastou entre os anos de 1950 e 1953 e, ultrapassando seus próprios limites, acabou causando uma relativa agitação em terras brasileiras.
Nesse período, o cenário político brasileiro esteve dividido entre dois grupos políticos mais amplos: liberais, interessados na participação do capital estrangeiro no desenvolvimento da economia; e os nacionalistas, que apontavam o protecionismo e ação estatal como pontos fundamentais para o fortalecimento da nação. Contudo, antes de dizer a respeito do papel desempenhado por estes dois setores no conflito, podemos primeiramente assinalar algumas manifestações menores decorrentes da guerra coreana.
Inaugurando a primeira década do pós-Segunda Guerra, o conflito coreano despertou a terrível possibilidade de uma nova guerra em proporções mundiais. Por esse motivo, poucos dias após o começo da guerra, todas as guarnições do Exército Brasileiro foram colocadas de prontidão caso fosse necessário o uso das armas. Logo em seguida, consultaram o governo sobre a possibilidade de tropas que lutariam com a ONU contra os comunistas.
Passadas essas primeiras agitações, o Brasil não enviou uma tropa sequer e somente auxiliou o lado capitalista com o envio de medicamentos e café. Na cidade de Recife tivemos a reação civil mais expressiva com relação a esse confronto. A Rádio Jornal do Comércio organizou, junto com as autoridades eclesiásticas da região, uma enorme missa pelo fim da Guerra da Coreia, que reuniu aproximadamente 40 mil pessoas no estádio do Retiro.
Mais do que provocar tais reações isoladas, a participação do Brasil nesse confronto militar poderia abrir caminho para a adoção de uma das políticas econômicas sugeridas por nacionalistas e liberais. Esses últimos acreditavam que a entrada do país na guerra poderia estreitar as relações com as grandes potências. O envio de soldados brasileiros para a Coreia representaria a definição de uma perspectiva político-ideológica favorável ao “mundo livre” e à “democracia”.
No entanto, as alas nacionalistas discordavam veementemente da participação brasileira ao se colocarem contra o governo sul-coreano. Em um artigo publicado, o capitão nacionalista Humberto Freire de Andrade teceu duras críticas contra o governo ditatorial sul-coreano, bem como elogiou o país vizinho no momento em que reafirmou sua autonomia com a implementação de políticas sociais e a realização de uma reforma agrária nas terras norte-coreanas.
Apesar de não colocar homens e armas, a Guerra da Coreia alimentou mais um episódio em que os projetos de desenvolvimento da nação seriam colocados a prova. Na época, o presidente Getúlio Vargas preferiu adotar uma postura independente às pressões dos grupos políticos da época. Essa seria mais uma das tantas disputas e pressões experimentadas pela verdadeira “guerra política” que tomou corpo no Brasil em tempos de populismo.
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