Por Ana Lucia Santana |
As chanchadas cultivavam o estereótipo de um estilo menor, mas mesmo assim as salas de cinemas estavam sempre repletas de fãs ávidos por novas aventuras cômicas. Filmes como Carnaval no Fogo, de 1950, apresentavam lutas e um corre-corre bem-humorado; Nem Sansão, nem Dalila era uma imitação divertida do clássico Sansão e Dalila.
Nas telas de então desfilavam a inesquecível dupla Oscarito e Grande Otelo; o intérprete José Lewgoy, revelador como a figura do vilão em produções como Matar ou Correr, uma versão parodiada do faroeste Matar ou Morrer; e o público vibrava com o par amoroso Eliana e Anselmo Duarte. Além deles, brilhavam também artistas do quilate de Cyll Farney, Zezé Macedo, Sônia Mamede, Ilka Soares e Zé Trindade.
Não há limites precisos, na história cinematográfica, para o início das chanchadas, menos ainda para seu declínio completo. Alguns críticos, como Jean Claude Bernadet, situam o princípio desta fase em 1908, com o filme Nhô Anastácio Chegou de Viajem, enquanto outros estudiosos apontam o começo deste gênero em 1929, quando surge a primeira produção do cinema falado – Acabaram-se os Otários, do diretor Luiz de Barros.
A década de 60 marca, em geral, o final desta etapa da trajetória do cinema brasileiro, com o surgimento do Cinema Novo e a transferência da capital para o Distrito Federal; após este evento histórico, a Atlântida encerra suas atividades, em 1961, sepultando, assim, o gênero conhecido como Chanchada. Alguns pesquisadores determinam o ano de 1957 como o momento derradeiro desta modalidade artística, quando se exibe o filme Garotas e Samba.
Fontes:
http://www.almanaquebrasil.com.br/voce-sabia/chanchada/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chanchada