Por Cristine Delphino |
A Capitania de Pernambuco lutava para reconstruir suas duas principais cidades: Olinda e Recife, após a invasão holandesa.
Os senhores de engenho, que eram radicados em Olinda e com reservas quanto ao porto de Recife, achavam que deveriam receber maiores reconhecimentos da Coroa Portuguesa, já que os mesmos contribuíram para a expulsão dos flamengos.
Reuniram-se os conjurados na casa do senhor de engenho João de Novalhaes y Urréa com a finalidade de planejarem um golpe. Entre eles estavam: o juiz de Olinda, André de Barros Rego e os vereadores Lourenço Cavalcanti e João Ribeiro. Ficou combinado que teriam de simular um Nosso Pai.
Na religião católica, o Nosso Pai é um sacramento da Eucaristia ministrado aos enfermos que não podem sair de casa. Os golpistas sabiam que o Governador tinha como costume acompanhar a procissão se a encontrasse na rua.
Na tarde do dia 31 de agosto de 1666, o falso cortejo saiu ás ruas e Mendonça Furtado que o acompanhava foi desviado para uma igreja. Ao dela sair, André de Barros Rego deu voz de prisão ao Governador, que foi levado prisioneiro á fortaleza de Brun. Os franceses albergados foram perseguidos e muitos foram presos.
Mendonça foi levado por uma frota que, da Bahia, levou-o de volta á Lisboa, onde mais tarde envolveu-se em uma conspiração contra Afonso VI de Portugal. Foi degredado para a Ìndia.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuração_de_”Nosso_Pai”
http://www.scribd.com/doc/2980631/Historia-do-Brasil-PreVestibular-1666-Conjuracao-de-Nosso-Pai