Por Fernando Rebouças |
Era filho do peão Manuel Luís, catarinense descendente de açorianos, e de Ana Joaquina Luísa Osório, filha de proprietários de terras. Aos quatorze anos de idade, General Osório ingressou na carreira militar, entre os anos de 1822 e 1823, época da Guerra da Independência.
Na ocasião, ajudou a combater as tropas do exército português fixadas na Província da Cisplatina. Também lutou na Guerra da Cisplatina, promovido a tenente na Batalha do Passo do Rosário.
Na Guerra do Farrapos, iniciou luta ao lado dos rebelados, depois da declaração da República Rio-grandense, mudou de ideia e passou a lutar junto com as tropas imperiais do Brasil. Na 2ª Legislatura da Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul, elegeu-se deputado provincial.
Entre os anos de 1851 e 1852, lutou na Guerra contra Oribe e Rosas, conhecida como batalha de Monte Caseros. Em 1856, tornou-se general e, em 1865, marechal de campo, ao ter organizado, no Rio Grande do Sul, o exército brasileiro para aGuerra do Paraguai.
A Guerra do Paraguai ocorreu entre os anos de 1865 a 1870, General Osório comandou as nossas tropas que invadiriam o sul do Paraguai em 16 de abril de 1866. Foi responsável pela estratégia que , como conseqüência, permitiu que as tropas brasileiras vencessem a Batalha de Tuiuti. Recebeu o título de Barão e, posteriormente, de marquês do Erval.
Em julho de 1866, manteve-se no Rio Grande do Sul, onde formou novas tropas. Em 1868, retornou à batalha para conquistar a fortaleza de Huimaitá, durante a batalha do Avaí.
Findada a Guerra, sete anos depois, foi convidado pelo próprio imperador do Brasil, a ocupar uma cadeira no senado, sendo promovido marechal de exército. No ano de 1878, foi nomeado ministro de guerra, permanecendo no cargo até a sua morte.
Em sua juventude era defensor dos ideais republicanos, mas durante suas investidas militares tornou-se partidário ao monarquismo. Recebeu importantes títulos no decorrer de sua vida, entre eles o de barão de Erval (1866), Visconde do Erval(1868) e marquês do Erval (1869).
Sua esposa era Francisca Fagundes, foi pai de quatro filhos : Fernando Luís Osório, Adolfo Luís Osório , Manuela Luísa Osório e Francisco Luís Osório. Numa ocasião na corte, ao despachar junto a outros ministros, percebeu que D. Pedro II cochilava sem prestar atenção aos discursos dos ministros, numa estado de fúria, General Osório deixou suas armas cairem no chão, despertando o imperador que disse: “Acredito que o senhor não deixava cair suas armas quando estava no Paraguai, marechal”. General Osório retrucou: “Não, majestade”, respondeu Osório, “mesmo porque lá nós não cochilávamos em serviço…”
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u565.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Luís_Osório