Por Antonio Gasparetto Junior |
A partir de 1850 um novo tipo de trabalhador passa a ser visado também pelos cafeicultores como alternativa para a possível escassez de escravos, o assalariado imigrante
No final da década de 1870 e durante a década de 1880 a situação do Império não era mais estável como fora. O Imperador Dom Pedro II tinha suas relações balançadas com a Igreja, com os militares e com os fazendeiros. O quadro político do Império não era agradável, sendo que ainda crescia o discurso abolicionista e também o republicano. O apoio da Igreja e dos militares já tinha sido completamente perdido, restava apenas mais algum passo em sentido à abolição para que os cafeicultores não oferecessem também mais nenhum apoio.
Com um quadro de tensão política no Império, a Lei Áurea teve rápido processo de aprovação e formalização. O projeto de lei foi apresentado à Câmara dos Deputados no dia 8 de maio de 1888, pelo ministro Rodrigo Augusto da Silva. O projeto foi discutido, votado e aprovado rapidamente nos dias 9 e 10 do mesmo mês. Com a aprovação da Câmara, o projeto seguiu então para o Senado no dia 11 de maio, o texto foi debatido nos dias 11, 12 e 13. Na primeira votação, que ocorrera no dia 12 de maio, a lei já havia sido aprovada, mas no dia seguinte recebeu a aprovação definitiva em torno das 13 horas.
A votação da lei foi extremamente rápida, os deputados aproveitaram que Dom Pedro II estava em viagem ao exterior para fazer com que a lei fosse sancionada pela Princesa Isabel. A abolição acabaria de vez com as bases da monarquia e Dona Isabel não teria como segurar, no ano seguinte já seria proclamada a República.
A Lei Áurea foi então assinada no Paço Imperial em torno das 15 horas do dia 13 de maio de 1888 por Dona Isabel e Rodrigo Augusto da Silva, ministro da Agricultura. Chegava ao fim o lento processo de abolição no Brasil e também a sustentação que restava para a monarquia.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Áurea
http://200anos.fazenda.gov.br/linha-do-tempo/1800-1899/1888-lei-aurea