Por Tiago Ferreira da Silva |
Naquela época, os holandeses chegaram ao Brasil com a intenção de explorar a cana-de-açúcar da região do Nordeste – fato que ficou conhecido como Invasões Holandesas. Eles queriam impor o seu domínio e encontraram resistência na cidade potiguar, devido à influência do coronel Estevão Machado de Miranda, que ordenou seu povoado a não seguir ordens estrangeiras.
Segundo relatos de alguns historiadores, essa foi a principal razão para que os holandeses matassem as cerca de 70 famílias que ocupavam a cidade, pois eles queriam, a qualquer custo, fixar seus militares e expandir sua cultura e religião.
Outros relatos afirmam que o Massacre de Uruaçu, como ficou conhecida a chacina empreendida pelos holandeses, foi motivada por divergências religiosas. Por volta de julho de 1645, os holandeses, que eram calvinistas e não aceitavam o dogma cristão, invadiram a cidade e mataram cerca de 70 fiéis que assistiam a missa do padre André de Soveral.
Em outubro de 1645 houve um novo massacre. Durante a execução, um pastor holandês exigiu que os cristãos abdicassem da religião, mas eles negaram. Então, ordenou que fizessem os corpos deles em pedaços. O devoto Antonio Baracho chegou a ser amarrado a uma árvore e ter sua língua arrancada e o camponês Matias Moreira teve seu corpo aberto, de onde arrancaram seu coração. Além deles, morreram cerca de 80 pessoas.
No ano de 1698, os holandeses deixaram a cidade e os primeiros exploradores pernambucanos começaram a ocupar a região. Junto com os portugueses Ambrósio de Sirinhaém e Pascoal Lima, esse povoado construiu uma capela em homenagem a São Gonçalo do Amarante, nas proximidades do Rio Potenji, próximo do local onde ocorreram os massacres.
Fontes:
http://www.scribd.com/doc/778147/Torturas-Lendarias-de-Uruacu
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Uruaçu