Por Cristine Delphino |
No dia 31 de janeiro de 1956, Nereu passou o governo paraJuscelino Kubitscheck e no mesmo dia, tornou-se ministro da justiça. Em maio de 1956, delegou ao Exército a tarefa de reprimir as manifestações populares desencadeadas na capital federal contra o aumento das tarifas dos bondes. Ainda naquele mesmo mês, Nereu Ramos teve como objetivo aperfeiçoar a Carta de 1946, nomeando uma comissão nacional de juristas encarregados de estudar uma reforma constitucional. Entretanto, seus esforços foram frustrados. Com isso, pediu exoneração do Ministério da Justiça em 4 de novembro de 1957. Entre 3 de outubro e 4 de novembro de 1956, acumulou interinamente o cargo de ministro da educação e reassumiu sua cadeira no Senado.
Teve uma grande carreira política. Primeiramente, foi deputado da Assembléia Legislativa de Santa Catarina (1910-1921). Em 1927, fundou o Partido Liberal Catarinense, onde foi também o primeiro presidente. Em 1930, foi eleito deputado federal, mas com o fechamento do Congresso teve o seu mandato extinto. Apoiou aRevolução Constitucionalista em 1932 e no ano seguinte foi eleito deputado constituinte.
Em 1935 foi eleito governador de Santa Catarina, sendo nomeado interventor em 1937, ficando no cargo até 1945. Em 1946, foi eleito deputado e senador pelo PSD. Presidente da Câmara de Deputados, em 1951, e vice-presidente do Senado, em 1955.
Em 11 de novembro de 1955, Nereu Ramos assumiu a presidência do Brasil, após o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Havia o impedimento do vice presidente Café Filho e do presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz devido ao Movimento de 11 de Novembro. Foi ministro da justiça no governo de Kubitscheck até novembro de 1957, quando voltou ao Senado.
Faleceu em 16 de junho de 1958, em pleno exercício político, em um desastre aéreo.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nereu_Ramos
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/biografias/nereu_ramos