Foram diversas campanhas realizadas a partir de meados do século XIX para garantir às mulheres da Inglaterra e dos Estados Unidos algo então inédito para elas: o sufrágio, direito de votar em eleições políticas. Desde as antigas civilizações da Grécia e de Roma às democracias surgidas na Europa após a Revolução Francesa (1789), o voto feminino nunca havia sido permitido. "O movimento sufragista tem suas origens na urbanização e na industrialização do século XIX", diz a historiadora Lidia Possas, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Quando mudaram do campo para as cidades, para trabalhar nas fábricas, as mulheres passaram a se conscientizar mais de seus direitos. A escritora inglesa Mary Wollstonecraft (1759-1797) foi a grande pioneira da defesa do voto feminino, em livros e manifestos publicados a partir de 1792.
Suas idéias se espalharam para os Estados Unidos e, décadas depois, influenciaram duas ativistas da luta contra a escravidão: Elizabeth Cady Stanton (1815-1902) e Susan Anthony (1820-1906). Em 1852, as duas se uniram para reivindicar também a participação das mulheres na democracia. Apesar de o movimento ter sido mais forte na Inglaterra e nos Estados Unidos, o primeiro país a permitir o voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1883.
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