Por Tiago Ferreira da Silva |
Por mais que se apresentasse como uma iniciativa para diminuir os problemas sociais do país, o Plano SALTE acabou se tornando o pesadelo dos trabalhadores. Com o objetivo de diminuir a inflação, Gaspar Dutra cortou inúmeros gastos, dentre eles o piso salarial mínimo, que chegou a cair para a metade do que era antes.
Entretanto, o plano foi responsável por grandes avanços.
Na área de transportes, Dutra redirecionou um investimento maior para reaparelhamento dos portos, compra de frotas marítimas estrangeiras e construção de oleodutos, além de manter os projetos ferroviários e rodoviários que já existiam. Construiu uma complexa rede ferroviária ligando as regiões Sul e Nordeste, chegando até o Recife, e mais de 2.500 quilômetros de rodovias – ainda que sem asfalto adequado – como a Rio-Bahia e a Rio-São Paulo, conhecida como Via Dutra.
No setor energético, houve um grande apoio financeiro de capital privado para estimular empresas concessionárias, que estavam em ascensão com o crescimento urbano. Com planos de elevar as eletrificações rural e urbana, o Plano SALTE foi responsável por aumentar em cerca de 40% a capacidade de geração de energia elétrica.
O setor petrolífero, que crescia cada vez mais, elevou sua produção diária para até 45.000 barris com a aquisição de 15 gigantescos petroleiros.
Apesar dos grandes feitos, o Plano SALTE acabou fracassando por conta do agravamento da inflação. Com um custo de vida maior e menos poder aquisitivo, a população – sobretudo urbana – ficou desgastada com a imagem do presidente Dutra, que saiu do poder em 1951 com uma popularidade muito baixa.
Fontes:
http://estadoedemocracia.blogspot.com/2007/09/plano-dutra.html
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/plano-salte/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_SALTE