Por Fernando Rebouças |
Era filho de Juán López de Anchieta que lutou na revolta dos Comuneros que tinha se oposto contra o Imperador Carlos V da Espanha, sua mãe se chamava Mência Dias de Clavijo, de origem judaica. Era descendente de uma família de origem basca “Antxeta”. Entre seus doze irmãos, dois também ingressaram ao sacerdócio.
Aos quatorze anos de idade, se mudou para Coimbra, Portugal, para estudar filosofia numa escola anexa à Universidade de Coimbra, referida como Colégio das Artes. Em 1551, foi aceito como noviço na Companhia de Jesus.
Aos 19 anos, ingressou na missão que viria ao Brasil acompanhada por Duarte da Costa. Em 1554, chegou em São Vicente, onde teve os primeiros contatos com os índios. Junto com o jesuíta Manuel da Nóbrega, fundaram um acanhado colégio e rezaram uma missa na região denominada pelos índios de Piratininga, ao longo do rio Tietê.
Entre os índios exerceu as tarefas de médico, sacerdote e professor. No processo de catequização utilizou o teatro e a poesia para ensinar a fé cristã; ensinou latim e aprendeu o tupi-guarani. Em 1595, publicou a “Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil”.
Teve, ao lado de Manuel da Nóbrega, um conflito com Duarte da Costa, e iniciaram negociações de paz com a tribo dos Tamoios na atual Ubatuba (leia: Confederação dos Tamoios). Em 1565, adentrou na Baía de Guanabara ao lado de Estácio de Sá, e posteriormente seguiu para Salvador, na capital da colônia foi ordenado padre.
Viveu em Salvador por dez anos, foi nomeado supervisor provincial da missão jesuíta no Brasil. Em 1585, no atual estado do Espírito Santo, fundou a aldeia de Guaraparim (atual Guarapari). Faleceu aos 63 anos, sendo seu corpo carregado pelos índios até o seu sepultamento em Vitória.
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u421.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/José_de_Anchieta