Por Cristine Delphino |
A origem da Missão Artística Francesa é incerta e até hoje, muitos se dividem quanto a duas versões.
Na primeira teoria acredita-se que o conde de Barca teve a ideia de lançar uma Instituição de artes visuais na nova capital do reinado, o Rio de Janeiro, e então sugere isto para Dom João que aceita e pede para o representante do governo lusitano na França, o marquês de Marialva, contratar um grupo de artistas. Desta forma, o representante chega até Lebreton que se encarrega da formação do grupo.
No dia 12 de agosto de 1816, o príncipe fundou através de um decreto a “Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios”, conhecida hoje como “Universidade Federal do Rio de Janeiro”. O problema é que a escola não funcionava devido a fatores políticos e sociais e só abriu as portas dez anos depois por via de outro decreto, um de muitos que até chegaram a mudar o nome da escola por duas vezes, o primeiro para “Real Academia de Desenho, Pintura e Arquitetura Civil” e o segundo para “Academia e Escola Real”.
Neste período de dez anos foram muitos que ficaram frustrados ao perceberem que aquela realidade era distante daquilo que idealizaram. O Governo se virava em mil para dar conta de assuntos do estado como a da situação da Europa, as revoluções em terras brasileiras, os altos custos da corte e entre outros. O principal apoiador da Missão, o conde Barca morreu em 1817 e o cônsul substituto não era a favor dos artistas franceses que a esta altura viviam da pensão cedida pelo governo. Para piorar, no ano de 1819, Lebreton morreu e foi então que o pintor português Henrique José da Silva ocupou o seu lugar, causando muito desconforto. O grupo contou ainda com algumas desistências como Nicolas Taunay e Debret que insatisfeitos retornaram para a França.
Fontes:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=marcos_texto_esp&cd_verbete=4497
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/missao_artistica.html
http://www.historiadaarte.com.brriadaarte.com.br/missaofrancesa.ht