Por Carolina de Sousa Campos Sento Sé |
É curioso saber como essa descoberta se deu. Estudando o “Mapa de Todo Campo Grande, Tanto da Parte da Conquista, que Parte com a Campanha do Rio Verde, e São Paulo, como de Piuhi, Cabeceiras do Rio São Francisco e Goiases”, da Coleção Família Almeida Prado, hoje pertencente ao Instituto de Estudos Brasileiros da USP, José martins concluiu que, até então, o mapa havia sido analisado de cabeça para baixo. O mapa em questão continha duas referências a Ambrósio:
- “Prim. Povoação do Ambrósio – despovoado”
- “Quilombo do Ambrósio – despovoado”
Por volta de 1726 as terras de Cristais foram ocupadas por negros fugitivos sob a liderança do Rei Ambrósio. Àquela época, o município recebia o nome de “Meia Laranja”. Conta-se que o Quilombo de Ambrósio chegou a ter mais de 15000 negros, e foi o maior e mais duradouro da história de Minas Gerais. Atacado pela milícia em 1746, a mando da Coroa de Portugal, ocorre a morte do Rei Ambrósio.
Os negros sobreviventes fundaram um segundo “Quilombo de Ambrósio”, este localizado em Ibiá e Campos Altos – MG, que foi dizimado em 1759. Tarcísio José Martins localizou o documento nº 82129 de 16.12.1759, hoje pertencente ao Centro de Memória Digital da UnB e concluiu que cinquenta líderes quilombolaspertencentes a Ambrósio foram enviados como prisioneiros para o Rio de Janeiro, a serem empregados por Gomes Freire de Andrade para trabalhar com desmonte e reconstrução da Fortaleza de São Francisco Xavier da Ilha de Villegagnon.
Leia também:
Bibliografia:
MARTINS, Tarcísio José. “Quilombo do Campo Grande – A História de Minas Roubada do Povo”. Editora A Gazeta Maçônica, 1995.
http://tjmar.sites.uol.com.br/onde.htm
http://www.campobelo.mg.gov.br/index.php?pagina=historico
http://carmodacachoeira.blogspot.com/2008/05/o-ataque-ao-quilombo-de-ambrsio.html
http://www.descubraminas.com.br/DestinosTuristicos/hpg_municipio.asp?id_municipio=41
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quilombo_do_Ambrósi