Por Felipe Araújo |
Antes do início da guerra, esta área já causava controvérsias devido à sua fundação e colonização. Pactos entre Espanha e Portugal consideravam que a Colônia do Sacramento fora fundada por Portugueses, mas, colonizada por Espanhóis. Portanto, foi considerada um território da Espanha.
O início dos embates deu-se quando Lavalleja desembarcou na praia da Agraciada com suas fileiras e, ajudado por populares, dominou a região e declarou sua anexação à Argentina. Como resposta, o governo brasileiro informava que, caso Lavalleja não desocupasse a área, enviaria tropas dando início à guerra. D. Pedro I fez uma declaração formal de guerra à Argentina.
A vantagem do Brasil era populacional, tinha 4,5 milhões de pessoas contra 600.000 das Províncias Unidas do Rio Prata, mas o número da população não retratava a medida de força dos dois países, pois, na época, o Brasil passava por inúmeras revoltas internas.
A base principal do exército brasileiro era de portugueses, mas, depois da proclamação da república, estas tropas retornaram à Europa e foram substituídas por brasileiros recém-recrutados. Diante da dificuldade de conseguir soldados, mercenários foram recrutados na Alemanha e na Irlanda, porém, não ofereciam ajuda imediata.
Sobre os soldados das Províncias Unidas do Rio Prata, o historiador John Armitage fez a seguinte observação:
“armados unicamente com as bolas e os laços, e com a inseparável faca enfiada no cinto, todos [os gaúchos] são soldados por hábito; e animados pelo espírito de nacionalidade, estão sempre prontos a entrar em luta”.
Enfim, no ano de 1828 termina a Guerra da Cisplatina, com as duas partes assinando um acordo que findava o conflito. A acordo firmava que a Província da Cisplatina não ficaria nem com a Argentina nem com o Brasil. Foi criado um país independente: a República Oriental do Uruguai.
Consequências
Com a independência da região Cisplatina, os populares contrários a D. Pedro I utilizaram o argumento de que o Brasil arrombara seus cofres e sacrificara a população para lutar em uma causa perdida. Entretanto, esta não foi a principal causa da queda de D. Pedro I, mas, sim, apenas parte de um conjunto de fatores que causaram a abdicação. A maior causa, talvez, tenha sito o estilo centralizador do governo.
Fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_cisplatina