A religião da Roma Antiga foi formada combinando diversos cultos e várias influências. Crenças etruscas, gregas e orientais foram incorporadas aos costumes tradicionais para adaptá-los às novas necessidades do povo.
Os Romanos da Antiguidade eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos.
Em honra desses deuses eram realizadas festas, jogos e outras cerimônias. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os cidadãos, por sua vez, buscavam proteção nos espíritos domésticos, chamados lares, e nos espíritos dos antepassados, os penates, aos quais rendiam cultos dentro de casa.
Principais deuses:
Júpiter
Júpiter era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus. Filho de Saturno e Cibele, foi doado pela mãe ao nascer para as ninfas da floresta em que o havia parido, para que não recebesse o mesmo castigo dos outros irmãos , do pai, que não queria dividir seu mando com nenhum rival. Quando cresceu e descobriu seu passado, voltou a morada de seus pais para libertar seus irmãos. Lutou contra o pai, e o venceu, casando-se com sua irmã: Juno.
Juno:
Juno, também conhecida como Hera na mitologia grega, é a esposa de Júpiter e rainha dos deuses, protetora do casamento, das mulheres casadas, das crianças e dos lares.. É representada pelo pavão, sua ave favorita.
Marte:
Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. Filho de Juno e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, na frente das muralhas de Tróia, a qual Marte se saiu perdedor. Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vênus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia.
Diana:
A Diana dos romanos (Ártemis, dos gregos), era a deusa-virgem da lua, irmã gêmea de Apolo, poderosa caçadora e protetora das cidades, dos animais e das mulheres.
Em Roma, seu templo mais importante localizava-se no monte Aventino e teria sido construído pelo rei Servius Tulius no século VI a.C. Festejavam-na nos idos (dia 13) de agosto. Na arte romana, era em geral representada como caçadora, com arco e aljava, acompanhada de um cão ou cervo.
Vênus:
Vênus é a deusa do panteão romano, equivalente a Afrodite, no panteão grego. É a deusa do Amor e da Beleza. É filha de Júpiter e Dione.
Ceres:
Ceres, na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter, era filha de Saturno e Cibele. Ceres era a deusa das plantas que brotam (particularmente dos grãos) e do amor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante uma fome devastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a deusa grega Deméter. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma. Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha uma coroa feita de orelhas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os grãos comestíveis.
Baco:
Baco era o filho de Júpiter e da mortal Sêmele. Deus do vinho, representava seu poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização, legislador e amante da paz. Dionísio é seu nome equivalente grego.
Aurora:
Aurora era a deusa romana do amanhecer, equivalente à grega Eos. Aurora é a palavra latina para amanhecer. Aurora renovava-se toda manhã ao amanhecer e voava pelo céu anunciando a chegada da manhã. Tinha como parentes um irmão, o Sol, e uma irmã, a Lua. Também tinha muitos maridos e quatro filhos, os ventos Norte, Leste, Oeste e Sul, um dos quais foi morto. William Shakespeare faz referência a ela em Romeu e Julieta.
Abeona e Adeona:
Abeona e Adeona eram divindades romanas que presidiam às viagens. Abeona era invocada pelos que partem; Adeona, pelos que voltam. Em Roma, Abeona era creditada como a deusa que ensinava os meninos a andar, acompanhando-os nos primeiros passos fora de casa.
Bellona:
Bellona era a deusa romana da guerra, versão da deusa grega Enyo. Companheira de Marte nos campos de batalha. Deu origem ao substantivo feminino belona, poeticamente usado para designar guerra.
Cupido:
Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente ao deus grego Eros. Era filho de Vênus e Mercúrio. Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais.
Esculápio:
Esculápio era o deus romano da medicina e da cura. Foi herdado diretamente da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades, mas um nome sutilmente diferente: Asclepius ("cortar").
Segundo reza o mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte foi-lhe concedida a imortalidade, transformando-se na constelação Ofiúco.
Febo:
Febo era o deus romano equivalente ao grego Apolo. Irmão gêmeo de Diana e também filho de Júpiter com Latona. Personificava a luz, era o deus das músicas, e o mais belo de Roma.
Fortuna:
Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriamente. Possuía um templo em Roma chamado de templo de Fortuna Virilis.
Iustitia:
Iustitia (Justiça ou Justitia) era a deusa romana que personificava a justiça. Correspondia, na Grécia, a Nêmesis. Difere dela por aparecer de olhos vendados (simbolizando a imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos).
Minerva:
Minerva era a deusa romana das artes e da sabedoria. Correspondente à grega Atena.
Netuno:
Netuno era um deus romano do mar, inspirado na figura grega Posídon.
Plutão:
Plutão, em Roma, era o nome do deus grego Hades, deus do submundo e também das riquezas.
Vulcano:
Vulcano (Hefesto na mitologia grega) era o deus romano do fogo, filho de Júpiter e de Juno ou ainda, segundo alguns mitólogos, somente de Juno e auxílio do Vento. Sua figura era representada como um ferreiro.
O Edito de Milão de Constantino estabeleceu a liberdade de culto aos cristãos, encerrando as violentas perseguições. No século IV d.C., o cristianismo tornou-se a religião oficial, por determinação do imperador Teodósio.
Por Gabriele Gonçalves
Fonte: http://www.monografias.brasilescola.com/historia/religiao-roma-antiga.htm