Por Antonio Gasparetto Junior |
Após o término da Segunda Guerra Mundial, uma nova tensão pairou nas relações internacionais. A Guerra Fria foi um conflito indireto e ideológico que colocou em choque os defensores do capitalismo e os defensores do comunismo, sendo os Estados Unidos representantes do primeiro caso e a União Soviética do segundo.
As várias ações que se seguiram posteriormente por ambas as potências davam conta de expandir suas ideologias e reprimir as ameaças de oposição. Tais medidas foram rígidas e intensas, desencadeando uma série de momentos na segunda metade do século XX que quase colocou os dois países em confrontos diretos com grandes riscos para toda a humanidade.
A Doutrina Eisenhower foi anunciada no Congresso dos Estados Unidos no dia 5 de janeiro de 1957. Ele determinava o uso de forças armadas contra qualquer ação de opositores que ameaçasse os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o presidente Dwight Eisenhower aprovou a medida de auxílio de variadas formas aos países que se posicionassem contra o regime soviético e comunista.
Estados Unidos e União Soviética viviam em permanente clima de tensão. A Doutrina Eisenhower foi apresentada em um momento que político mundial que poderia levar a uma guerra generalizada. Na ocasião, a União Soviética ameaçava fazer uso do Canal de Suez, o que seria um pretexto para invadir o Egito. Por causa da fraqueza dos governos locais e de governos europeus, o presidente estadunidense Eisenhower concluiu que parear forças seria a melhor alternativa para evitar o avanço soviético.
Todos os esforços investidos pelos Estados Unidos na África e no Oriente Médio eram em função do bloqueio da expansão comunista no mundo. As medidas visavam isolar os grupos que se declaravam seguidores dos ideais comunistas e ganhar espaço com a introdução do capitalismo. A Doutrina Eisenhower foi utilizada em países árabes e africanos. O Líbano é um exemplo de introdução das ações militares por pedido do próprio país.
A ascensão de Gamal Abdel Nasser no Egito fez com que a Doutrina Eisenhower falhasse também. O presidente egípcio, dono de uma posição favorável aos comunistas, conseguiu expandir sua influência no Iraque e na Arábia Saudita. Todavia, a medida que seu relacionamento com os soviéticos foi se enfraquecendo, os Estados Unidos foram ganhando mais espaço.
A região do Oriente Médio, grande produtora mundial de petróleo, ganhou grande atenção durante o governo de Eisenhower. Com medo das trágicas consequências econômicas que ocorreriam se os estadunidenses perdessem o domínio da região para os comunistas, as investidas da Doutrina Eisenhower na região foram intensas.
Fontes:
KARNAL, Leandro. A História dos Estados Unidos. Editora Contexto, 2007