O dirigível alemão Hindenburg pegou fogo quando tentava aterrissar em Lakehurst, nos Estados Unidos, numa tarde de tempestade. Das 97 pessoas que viajavam no dirigível, 64 conseguiram escapar com vida — 44 tripulantes e 20 passageiros. Um homem que ajudava nas manobras de aterrissagem morreu em consequência de queimaduras. Von Meister, vice- presidente da American Zeppelin, declarou que não descartava a hipótese de sabotagem.
O primeiro sinal da tragédia foi percebido por um técnico que estava em terra. Um brilho azulado de atividade elétrica apareceu a estibordo da nave. As escadas já haviam sido baixadas a quase 60 metros do chão, quando começou o incêndio na cauda do dirigível, que 30 segundos depois, chocou-se com o solo.
As investigações conduzidas pelos governos norte-americano e alemão concluíram que um vazamento de hidrogênio fora a causa do acidente, devido talvez a uma correia solta. Relatórios oficiais indicavam que uma mistura de ar e hidrogênio se acumulara sob a cobertura do dirigível, e inflamou-se com uma faísca causada pela tempestade.
O LZ 129 Hindenburg foi um dirigível construído pela Luftschiffbau-Zeppelin, na Alemanha. O Zeppelin, como era chamado, foi o maior dirigível construído para o transporte de passageiros, com 245 metros de comprimento, 200 mil metros cúbicos de gás, quatro motores, velocidade de 131 km/h e uma autonomia de 12 mil quilômetros, tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 45 tripulantes. O Zeppelin saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 120 km/h dirigindo-se para Nova York, onde se deu o incêndio.
Viagens ao Brasil
O Hindenburg fez sua primeira viagem ao Brasil em 21 de maio em 1930, atracando em Recife. Esse voo iniciou uma rota comercial regular entre o Brasil e Alemanha. Em 1936, foi inaugurada uma estação no Rio de Janeiro, que passou a contar com uma linha regular de transportes aéreos unindo esta cidade a Frankfurt, com escala em Recife.
Uma passagem para o Rio de Janeiro custava 1.400 reichsmark, numa época em que um operário ganhava em média 120 reichsmark por mês. Uma verdadeira fortuna, mas em compensação a viagem era rápida. O dirigível atravessava o Atlântico em três dias e meio, contra os 10 que os navios gastavam.
Fonte: