O canadense Gilles Villeneuve, na época com 30 anos, morreu devido a um grave acidente a 240km/h em seu Ferrari, numa sessão de treinos classificatórios para o Grande Prêmio de Fórmula-1 da Bélgica. O impacto do choque atirou o piloto a uns 40 metros de distância do local do acidente e, embora tenha sido socorrido, deixou o autódromo de Zolder “clinicamente morto”.
“Para a Ferrari, Gilles Villeneuve era muito mais do que um piloto, muito mais do que um simples colaborador. Todos choramos a morte de nosso campeão. Hoje, amanhã e sempre choraremos pelo amigo”, declarou o então diretor da escuderia italiana Marco Piccinni.
O acidente ocorreu quando faltavam sete minutos para o final do treino, pouco antes de Villeneuve ter sido informado pelo boxe que o seu companheiro de equipe Dider Pironi (a quem perdoou por tê-lo ultrapassado na última volta do GP de San Marino, quinze dias antes), ocupava a melhor posição no grid de largada.
Depois de marcar 1m17s, o canadense prosseguiu com o objetivo de melhorar o tempo de seu companheiro, cometendo, neste momento, o erro fatal à sua pretensão. A uma velocidade aproximada de 245km/h entrou numa curva fechada encontrando pela frente o Marck do alemão Jochen Mass, que ia a uma velocidade menor. Dessa forma, Villeneuve não conseguiu evitar que sua roda dianteira tocasse a traseira do oponente, fazendo com que a sua Ferrari voasse pelos ares antes de cair e se partir em dois.
Apesar de ter obtido apenas 6 vitórias em 67 corridas, o canadense nascido no Quebec é considerado um dos melhores pilotos da história da Fórmula-1. Apelidado de “piloto voador”, Villeneuve era conhecido pela sua coragem e audácia nas pistas, e pela sua simpatia e carisma fora delas.
A morte de Villeneuve foi a 25ª em competições oficiais de Fórmula-1. A dor causada pela perda do piloto só foi sentida doze anos depois, em 1994, com a morte de Ayrton Senna.
Fonte: Jblog