Primeira Onda Feminista
Por Antonio Gasparetto Junior |
O Feminismo
A chamada Primeira Onda Feminista
Ainda no final do século XIX, a Primeira Onda Feminista ganhou destaque em seu ativismo e passou a contestar de forma mais significativa a questão do poder político. As mulheres, até então, eram proibidas de votar e eleger seus representantes, mas o pleno interesse de participar das escolhas políticas não deixou de ser evidenciado até se alcançar o direito desejado. Enquanto isso, continuavam as campanhas pelos direitos sexuais, econômicos e reprodutivos.
Este primeiro momento de onda feminista foi bastante extenso e, por se tratar de algo que rompia com os padrões históricos das sociedades, levou mais tempo para alcançar as conquistas. Somente no correr do século XX que os resultados foram aparecendo gradativamente. O voto só foi permitido às mulheres a partir de 1918, no Reino Unido. Ainda assim, só tinham tal direito as mulheres com mais de 30 anos. Já nos Estados Unidos
Naturalmente, o momento em questão só passou a receber a designação de Primeira Onda Feministaposteriormente, com o advento de uma Segunda Onda Feminista. As terminologias foram cunhadas para identificar as diferenças das campanhas ocorridas em cada época, identificar as lutas que eram guiadas por motivos característicos de cada situação. Por exemplo, na Primeira Onda Feminista ainda não havia preocupação com questões referentes ao aborto, mas estava presente uma grande preocupação nas condições do casamento, já que eram negociações entre famílias que não envolviam a opinião da mulher que estaria envolvida no matrimônio. Assim, as mulheres buscavam o direito pelo próprio corpo, respeitando seus sentimentos e desejos.
Fontes:
ALVES, Branca Moreira & PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
FARIA, Nalu & NOBRE, Miriam.
BEAUVOIR, Simone de. Segundo sexo. São Paulo: Difel, 1955.
Segunda Onda Feminista
Por Antonio Gasparetto Junior |
O Feminismo
A Segunda Onda Feminista
A Segunda Onda Feminista, já marcada pela conquista anterior de direitos, tem seu início no começo da década de 1960. As feministas ganharam espaço mais uma vez e conseguiram ser ouvidas pela sociedade. Esse segundo movimento durou até a década de 1980 e recebeu o slogan “O pessoal é político”, que foi cunhado pela feministaCarol Hanisch. A nova fase identificava o problema da desigualdade como a união de problemas culturais e políticos, encorajando as mulheres a serem politizadas e combaterem as estruturas sexistas de poder.
O movimento iniciado na década de 1960 com a Segunda Onda Feminista refletiu-se rapidamente na historiografia, que rapidamente focou seu olhar em tal contestação social. Os micro-historiadores, membros de uma nova escola historiográfica à época, logo atentaram para a importância e o impacto do movimento feminista, oferecendo a ele vários trabalhos.
A Segunda Onda Feminista coincidiu ainda com uma terceira e nova fase que viria acrescentar novos pontos de contestação aos direitos das mulheres.
Fontes:
ALVES, Branca Moreira & PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
FARIA, Nalu & NOBRE, Miriam. Gênero e desigualdade. São Paulo : Sempreviva Organização Feminista, 1997.
BEAUVOIR, Simone de. Segundo sexo. São Paulo: Difel, 1955.