Por Fernando Rebouças |
Tudo começou em 1862, quando um grupo de marinheiros ingleses foram presos na capital do Brasil, Rio de Janeiro, vestidos em trajes civis, ao fazerem farras nas ruas da cidade. Foram soltos, imediatamente, quando se identificaram.
Após o ocorrido, o então embaixador inglês, William Christie, exigiu do Brasil uma indenização pela perda da carga no naufragado navio inglês “Prince of Wales”, na região costeira do Rio Grande do Sul, naufrágio ocorrido em 1861.
O naufrágio, mais precisamente, ocorreu em abril de 1861, a embarcação partiu do porto de Glasgow, Escócia, com destino a Buenos Aires. Cerca de doze marinheiros ingleses morreram.
Entre os dois países havia uma imensa desigualdade de condições bélicas, o Brasil ainda possuía uma marinha recém criada com embarcações da própria Grã-Bretanha, e a Inglaterra possuía a marinha mais bem equipada e experiente do mundo.
Sob protestos, o Brasil pagou a indenização da perda das cargas do “Prince of Wales”. O caso dos oficiais ingleses seria julgado pelo rei da Bélgica, Leopoldo I. O Brasil também exigiu uma indenização pelo aprisionamento de suas embarcações realizada pela esquadra britânica de Warren no ano de 1863, e pedido de desculpas pela invasão ao seu território marítimo. A Grã-Bretanha não acatou as exigência brasileiras, forçando D.Pedro II, já irritado com o embaixador, a romper relações com os ingleses novamente.
O rei da Bélgica arbitrou favorável ao Brasil – a decisão do rei Leopoldo I foi comunicada em 21 de junho de 1863, na Corte de Bruxelas ao representante do governo brasileiro.
As relações diplomáticas só seriam reatadas em 1865, após um envio de desculpas formais da Inglaterra ao governo brasileiro, fase em que se iniciaria a Guerra do Paraguai.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Questão_Christie
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/questao-christie.jhtm
http://www.achetudoeregiao.com.br/atr/Questao_christie.htm