Por Emerson Santiago |
Vale lembrar que o Brasil foi um dos signatários originais deste tratado, ao contrário de que aconteceu em relação a outro tratado similar, elaborado à mesma época, o TNP (TRATADO DE NÃO-PROLIFERAÇÃO NUCLEAR), ao qual o país retardou sua adesão por quase trinta anos. Uma constante alegação das autoridades brasileiras para se esquivarem da adesão ao TNP é justamente a ideia de que o governo brasileiro já estava comprometido com a utilização da energia nuclear para fins pacíficos ao aderir a este mesmo tratado dito “de Tlatelolco”. A recusa ao TNP estava ainda ligada à contrariedade do Brasil em aceitar as condições do acordo, que em prática garantia aos países que já possuíssem a tecnologia nuclear, a possibilidade garanti-la, ainda que por um tempo ainda a ser definido. O Brasil só aceitaria aderir ao TNP em 1998.
Pode-se dizer que o embrião para a formulação de tal documento resida na repercussão negativa gerada pelas explosões das duas bombas nucleares lançadas durante aSegunda Guerra Mundial
Com este conceito em mente, nações no mundo todo foram gradativamente buscando soluções para inibir o crescimento armamentista, especialmente aquele de natureza nuclear. A solução elaborada pelos países da América Latina foi justamente a elaboração do Tratado de Tlatelolco, que hoje constitui em importante documento pelo fato de ter criado na América Latina uma das maiores zonas livres de armas nucleares em todo mundo.
http://www.opanal.org/opanal/Tlatelolco/p-tlatelolco-e.htm – Página da OPANAL – Tratado de Tlatelolco