A destruição de Jerusalém marcou a diáspora do povo judeu.
A crise política atingiu seu auge em 935 a.C., momento em que o rei Salomão faleceu. A disputa entre as tribos causou a separação dos hebreus em dois diferentes Estados. O Reino de Judá, formado pelas tribos de Benjamim e Judá, foi controlado por Roboão, filho do rei Salomão. As dez tribos restantes formaram o Reino de Israel, dominado por Jeroboão, com capital em Samaria. Dessa maneira, a civilização hebraica se dividiu entre judeus e israelitas.
O episódio da divisão política dos territórios abriu portas para que outras civilizações viessem a dominar os hebreus. Em 721 a.C., os assírios conquistaram o Reino de Israel promovendo a assimilação dos valores da cultura de seus dominadores. O Reino de Judá ainda conseguiu manter sua unidade até que, em 596 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor liderou a capturas dos judeus para a Mesopotâmia.
O conhecido Cativeiro Babilônico, que durou meio século, foi interrompido quando o rei persa Ciro I conquistou a Babilônia e libertou os judeus. A libertação judaica foi interpretada como uma oportunidade de se reconquistar a região Palestina. Dessa forma, os judeus buscaram recompor o antigo Reino de Judá. O retorno do povo hebreu à sua terra natal foi seguido por outros processos de dominação. Em 332 a.C., o império macedônico formado por Alexandre, o Grande, dominou a palestina.
No século I a. C., os romanos conquistaram os judeus depois de subjugar os territórios anteriormente controlados pelos macedônicos. A dominação romana contou com grande agitação política entre os grupos judeus que não se conformavam com a falta de autonomia política de seu povo. Os intensos conflitos resultaram na violenta destruição da cidade de Jerusalém no ano de 70 d. C.. Depois de destruírem a capital judaica, o povo judeu foi proibido de retornar à Palestina.
Esse episódio, conhecido como Diáspora, fez com que os judeus ficassem dispersos em pequenas comunidades ao redor do mundo. Ao longo desses séculos, os judeus se preocuparam em manter os traços de sua cultura e religiosidade. No século XIX, diversos judeus iniciaram um movimento de criação de um Estado judeu na região da Palestina. No ano de 1948, a Organização das Nações Unidas apoiou a criação desse novo país.
As justificativas políticas e históricas que sustentaram a criação do Estado de Israel sofreram grande oposição das populações árabes palestinas que habitavam o local durante todo esse tempo. Os diversos conflitos entre árabes e israelenses se estendem até os dias atuais.
Por Rainer Sousa
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