Por Emerson Santiago |
O cenário político à época era de grande turbulência, com o presidente Goulart “ameaçando” realizar as tão necessárias Reformas de Base, em especial a Reforma Agrária. Os setores mais conservadores da sociedade brasileira alarmaram-se com tal possibilidade, incluindo alguns setores militares, pois no momento parecia realmente que os setores de esquerda tinham as condições propícias para realizarem as mudanças que desejassem. Assim, não parecia claro se um possível golpe que visasse a derrubada do presidente obteria sucesso.
Assim, vendo a administração Goulart como excessivamente esquerdista, a CIA elabora um plano de apoio aos que se dispusessem para realizar o golpe contra o presidente, com respaldo da Marinha dos Estados Unidos. Sob uma relativa incerteza quanto ao sucesso do golpe planejado, as tropas vindo de Minas Gerais sob o comando do general Olímpio Mourão Filho se dirigem para o Rio de Janeiro, dando início ao movimento.
As tropas dos EUA, no entanto, chegariam mais tarde do que o combinado, servindo mesmo assim como fator de intimidação aos apoiantes da legalidade. Os americanos planejavam enviar 100 toneladas de armas leves e munições, navios petroleiros, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros com 50 unidades a bordo, tripulação e armamento completo, um porta-aviões, seis destróieres, encouraçado, navio de transporte de tropas além de 25 aviões para transporte de material bélico. Nem tudo chegou a ser enviado como previsto, e aquilo que foi enviado, foi utilizado em parte, pois não houve qualquer resistência, que era prevista, dado ao aparente apoio que Jango parecia ter conquistado em meio à camada mais humilde da população e às forças de esquerda em todo o país.
Bibliografia:
ANGELO, Vitor Amorim de. Operação Brother Sam . Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/eua-apoiam-golpe-64.jhtm .Acesso em: 20 jul. 2011.
Fonte: