Egípcios e gregos tinham curiosas maneiras de filtrar os raios do sol
Fred Linardi
A necessidade de se proteger do sol cresceu tanto a ponto de esquecermos que o “vilão” de agora já reinou imponente. Civilizações antigas, como a egípcia, a grega e a romana, cultuavam a estrela como uma divindade e os médicos recomendavam a exposição à luz solar para evitar doenças. Ainda assim, o cuidado com a pele já existia, pois o sol em excesso, é claro, sempre fez mal. Os egípcios, por exemplo, tinham uma lista de ancestrais do protetor solar: os registros mais antigos sobre filtros, feitos de mamona, são atribuídos a eles, em 7800 a.C. O “kit egípcio” de cuidados com a pele incluía também extrato de magnólia, para bloquear a incidência dos raios, e jasmim e óleo de amêndoa para hidratar a pele e o cabelo. Já na Grécia, em 400 a.C., durante os Jogos Olímpicos, os atletas competiam nus em algumas modalidades e, para se proteger do sol, usavam uma mistura de óleo de oliva e areia sobre o corpo.
Mas a ligação entre pele bronzeada e beleza veio somente depois de 1930, especialmente na França, país natal da estilista Coco Chanel, uma grande entusiasta do bronzeamento. Dois anos antes, surgiram nos Estados Unidos os primeiros registros de protetores feitos em escala comercial. A Austrália também se destacaria no mercado por lançar outra fórmula de filtro. No entanto, o primeiro protetor realmente eficaz foi desenvolvido pelo farmacêutico americano Benjamin Greene, em 1944, após ele ver as queimaduras na pele dos soldados que voltavam da Segunda Guerra. Era uma composição à base de petróleo, de cor vermelha e um tanto viscosa. A marca foi batizada de Coppertone e tinha essência de jasmim.
Na década de 1960, quando os protetores industrializados eram pouco conhecidos e a exposição em excesso à luz solar não representava tanto perigo como hoje, os banhistas só pensavam no assunto quando a pele começava a arder. Para aliviar a dor, recorriam às formas mais criativas: aqui no Brasil, muita gente chegou a usar vinagre na pele.
Fonte:
Aventuras na História