Líder do Campeonato de Fórmula 1, a caminho do bi-campeonato, o piloto austríaco Niki Lauda se acidentou gravemente durante a segunda volta do Grande Prêmio da Alemanha, quando sua Ferrari capotou, e se incendiou, em seguida, na escorregadia pista de Nurburgring.
Socorrido pelo piloto italiano Arturo Merzario, Lauda foi inicialmente conduzido ao Hospital Adenau, nas proximidades do autódromo, onde recebeu os primeiros-socorros. Mas a gravidade de seu estado clínico implicou na sua urgente transferência, de helicóptero, primeiro para o Hospital de Ludwigshafen e depois para Manhein. Lá, os médicos constataram lesões internas nos pulmões e brônqüios, pela ingestão de gases venenosos enquanto da permanência do piloto preso nas ferragens do carro em chamas. Lauda também fraturou a clavícula e sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus que comprometeram a maior parte de seu corpo, inclusive da face.
Foram 72h apreensivas. Neste período, nem os médicos puderam constatar se Lauda sobreviveria ao trágico acidente. Mas o corredor superou a todas as expectativas. Com uma inexplicável recuperação aliada a uma coragem jamais vista no esporte, Niki Lauda retornou às pistas, no mesmo ano, com todas as marcas da tragédia, e tornou-se símbolo da superação humana. Lauda seria campeão novamente em 1977, e depois em 1984.
A tragédia de Niki Lauda reacendeu a polêmica sobre a segurança primitiva oferecida pelos carros e pelos circuitos aos pilotos nas pistas de alta velocidade. A organização das provas também deixava a desejar nos procedimentos de socorro, salvamento e resgate. As discussões voltaram-se para como manter a emoção das provas de automobilismo, fazendo do esporte ao mesmo tempo cada vez mais veloz, rentável, sem sacrificar seus pilotos.
Fonte: JBlog