A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia Lorena e parte da Prússia. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda e desemprego em massa, fatores que, explorados pelos nazistas, contribuíram para o fortalecimento de Hitler no poder (assumido em 1933).
As relações entre a Alemanha e a Polônia já eram tensas desde a República de Weimar. Nenhum governo do Reich nem partido alemão concordava com a nova delimitação da fronteira leste do país (com um corredor polonês, neutro, separando o país da Prússia Oriental), imposta no Tratado de Versalhes.
Ambicionando as matérias-primas da Romênia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ucrânia, Hitler começou a expansão para o Leste. Embora as potências ocidentais temessem o perigo nazista, permitiram seu crescimento como forma de bloqueio ao avanço comunista soviético.
Conquistas passo a passo
Em 1935, a Alemanha havia reiniciado a produção de armamentos e restabelecido o serviço militar obrigatório, contrariando o Tratado de Versalhes. Ao mesmo tempo, aproximou-se da Itália fascista de Benito Mussolini; de Francisco Franco, na Espanha; do Japão; e anexou a Áustria, em 1938, com a visível concordância dos austríacos.
No ano seguinte, com a conivência da França e da Inglaterra, incorporou a região dos Sudetos, que abrigava minorias alemãs, na Tchecoslováquia. Por fim, aproveitou o ceticismo ocidental em relação à União Soviética e assinou com Josef Stalin um acordo de não agressão e neutralidade de cinco anos.
Estava aberto o caminho para atacar a Polônia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polonês" e do porto de Danzig (neutra, a atual Gdansk).
Diante da negativa da Polônia em ceder Danzig, as tropas alemãs invadiram o país em 1º de setembro de 1939 e travaram uma guerra-relâmpago (blitzkrieg) com a frágil resistência local. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, fazendo eclodir a Segunda Guerra Mundial.
Fonte:DW