Dez anos depois, o filho mais velho de Dário, Xerxes I (519-465 a.C.), reuniu um exército ainda maior. Apoiado por unidades navais, as forças persas marcharam sobre a Grécia em 480 a.C. com tropas estimadas em cerca de 250 mil soldados. Eles venceram Leônidas, rei de Esparta, na Batalha das Termópilas, e avançaram contra as terras centrais da Grécia. A campanha, porém, fraquejou em 23 de setembro de 480 a.C., quando os gregos atraíram a frota persa até a Ilha de Salamina, onde ela foi dominada e derrotada. Xerxes, no entanto, não desistiu. Ele se rearmou durante o inverno e retornou no ano seguinte para enfretar os gregos na Planície de Platéia. Novamente, como já havia ocorrido em Salamina e Maratona, uma força grega menos numerosa conseguiu enfrentar e derrotar o exército persa, muito maior e mais poderoso. Xerxes foi assassinado por seus próprios homens em 465 a.C. e sucedido por seu filho Artaxerxes, que nunca conseguiu recuperar os dias de glória do governo de seu pai.
A derrota de Xerxes em Platéia marcou o início do fim do Império Persa. Em vez de continuar a se expandir, ele começou a ruir internamente e por volta do final do século estava prestes a ser conquistado por exércitos gregos comandados por Alexandre, o Grande.
Embora na época ninguém pudesse imaginar, a campanha que teve seu ponto máximo na Batalha de Platéia acabaria marcando uma das mais importantes reviravoltas na história do mundo. Se Xerxes houvesse vencido, a Grécia teria caído sob a influência persa. E, portanto, a literatura persa, e não a grega, teria formado a base do pensamento ocidental.
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