Por Antonio Gasparetto Junior |
Todas as invasões e as constantes ameaças sofridas formam o que é chamado de crise do século III em Roma. Para resolver a questão da vulnerabilidade romana, o imperador Aureliano
A Muralha Aureliana englobava todas as Sete Colinas de Roma, o Campo de Marte e o distrito do Trastevere. Eram 19 Km de extensão cercando uma área de 13,7 Km², seus muros eram construídos de concreto com tijolo com dimensões de 3,5 metros de espessura por 8 metros de altura. Somente durante o período de Honório, em 401, que a muralha e os portões receberam fortificações. As reformas incorporaram a Tumba de Adriano e dobraram a altura da muralha, sendo que a construção passou a contar com 383 torres, 7020 almenaras, 18 portões principais, 5 poternas, 116 latrinas e 2066 janelas externas.
Em 545, o rei dos ostrogodos, Totila, preparou uma ofensiva com a intenção de destruir a muralha como estratégia para impedir o Império Bizantino de defender Roma nas Guerras Góticas. O ataque resultou na queda de um terço da muralha. Mas a Muralha Aureliana permaneceu com sua grande importância até o século XIX definindo ainda os limites da cidade de Roma e também oferecendo formas de defesa. Só foi derrubada em 1870 quando osbersaglieri do Reino da Itália conquistaram Roma. Todavia, ainda há uma boa parte da Muralha Aureliana de pé em bom estado de conservação. É um dos mais significativos pontos turísticos da Itália e conta com o Museu da Muralha que oferece informações sobre a construção e a utilização da muralha na defesa de Roma.
Fonte:
SOUTHERN, Pat. The Roman Empire from Severus to Constantine, Routledge, 2001.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muralha_Aureliana
Foto: http://www.rome-in-italy.com/aurelian-walls.html