Por Emerson Santiago |
No antigo Egito, entendia-se que homem e natureza deveriam conviver em harmonia para sempre. Seu culto erapoliteísta (crença em vários deuses, ao invés de um apenas, como na religião cristã), onde cada deus atuava em um campo específico da vida dos cidadãos. Haviam também deuses que combinavam o aspecto de homem e de outros animais, como por exemplo Anúbis, retratado com cabeça de chacal e corpo humano.
Mas sem dúvida o conceito mais intrigante do culto egípcio era o que envolve a ressureição a uma vida futura, e a preparação dos mortos para esta passagem de um nível para outro. O conceito de mumificação estava diretamente ligado a esse aspecto, pois, para os egípcios, sem um corpo íntegro (sem mutilações) para se enterrar, a alma do morto não poderia entrar incólume na vida eterna. Assim, todo cidadão, ao morrer, passaria pelo processo de mumificação, ou seja, de preservação de seu corpo. Todo este cerimonial estava ligado ao culto de Osíris, uma das deidades mais populares do Egito antigo, que, segundo a crença, fora esquartejado em 14 pedaços por Set, sendo ressuscitado por Ísis, sua irmã e esposa. Da união de Ísis e Osíris surge Hórus, que derrotaria Set, vingando seu pai. Osíris era exemplo na causa da ressurreição dos mortos.
Além desse aspecto mais conhecido, os egípcios tinham por hábito eleger um deus como protetor de sua cidade. Além disso, eram erguidos vários templos para adoração de uma divindade em especial, onde se realizavam rituais e oferendas.
A religião ainda estava presente na estrutura de poder desta antiga civilização. O faraó declarava parentesco com os deuses e era neles que apoiava sua monarquia. Era o poderoso monarca que poderia assim, com sua ligação divina, proporcionar uma agricultura fértil, além de uma ótima condição de vida a cada cidadão.
Bibliografia:
MERTON, H. K.. Religião do Antigo Egito. Disponível em <http://artedartes.blogspot.
Religião do Egito Antigo. Disponível em <http://www.suapesquisa.com/