Em 1989 a onda reformista desencadeada pelo chefe soviético Mikhail Gorbatchov propicia na Tchecoslováquia a Revolução de Veludo, assim chamada pela maneira suave e não violenta com que se efetuam as mudanças. O movimento começa com as pressões populares que acabam por forçar o governo a libertar o dramaturgo Václav Havel, líder da oposição democrática, que se encontrava preso. Em seguida, uma série de grandes manifestações de massa, culminando em greve geral, provoca a legalização dos partidos de oposição, a queda do ministério, a constituição de um gabinete de maioria não comunista e, finalmente, a renúncia do presidente Gustav Husak, em novembro. Havel assume a Presidência em caráter provisório, enquanto Dubcek, que também retorna à vida política, passa a dirigir a Assembléia Geral.
Havel é confirmado na Presidência pelas eleições de julho de 1990. No mesmo ano, começa a tomar corpo na Eslováquia a campanha pela separação dos dois países. O movimento separatista torna-se irresistível em 1992. Havel, contrário à secessão, renuncia em julho; em novembro, é aprovada uma emenda constitucional que divide o país; no dia 31/12, a Tchecoslováquiadeixa de existir.
Havel é eleito presidente da nova República Tcheca em janeiro de 1993. O reformista Václav Klaus torna-se primeiro-ministro, dando ênfase a um programa de privatização das estatais, combate ao crime organizado e defesa do meio ambiente. A expansão do turismo começa a se tornar uma importante fonte de divisas para o país. Deixando a condição teórica de "proprietários dos meios de produção", os tchecos se transformam efetivamente em seus acionistas: três em quatro cidadãos possuem bônus de participação nas empresas, por meio de um intenso programa de privatizações lançado pelo governo de Klaus em 1992, e que ganha impulso em 1993.
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