Biografia de Dom Pedro II:
D. Pedro II (1825-1891) foi o segundo e último Imperador do Brasil. Tornou-se imperador aos seis anos, quando seu pai D. Pedro I, abdicou do trono. Deixou como tutor para seu filho menor, José Bonifácio de Andrada e Silva, que depois foi substituído por Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho. Aos 15 anos foi declarado maior e coroado Imperador do Brasil.
D. Pedro II, Imperador do Brasil, dedica-se aos estudos sob a orientação da camareira-mor D. Maria Carlota de Verna Magalhães, mais tarde condessa de Belmonte. D. Pedro II, mantém na corte os hábitos simples e sem formalidades, adotado antes por seu pai. Lê muito e acompanha as novidades científicas e literárias que surgem no mundo. Dedicava-se a estudar, com mestres ilustres do seu tempo, português, latim, francês, alemão, ciências naturais, música, pintura, esgrima e equitação.
Durante a menoridade de D. Pedro II, foi eleita uma regência trina provisória e depois transformada em permanente, até sua maioridade.
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, nasceu no dia 02 de dezembro de 1825 no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Filho de D. Pedro I e da Imperatriz D.Maria Leopoldina da Áustria, ficou órfão de mãe com apenas um ano de idade. Com nove anos perdeu também seu pai. Era o sétimo filho, mas tornou-se herdeiro do trono brasileiro, com a morte de seus irmãos mais velhos.
Em 07 de abril de1831, quando seu pai D. Pedro I abdica do trono, o herdeiro torna-se Imperador com apenas seis anos de idade. Até assumir de fato a coroa, o Brasil é administrado por uma regência trina e depois una, de abril de 1831 até 1837.
Durante a menoridade, Pedro I estudou sob a orientação da camareira-mor D. Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, mais tarde condessa de Belmonte. Com diversos mestres ilustres de seu tempo, o jovem imperador instruiu-se em português e literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, música, dança, pintura, esgrima e equitação.
A um de seus mestre, o de português e literatura, Cândido José de Araújo Viana, futuro marquês de Sapucaí, atribui-se influência nas atitudes resolutas do jovem de apenas 15 anos. Quando da revolução da Maioridade, ao receber a delegação parlamentar que lhe fora indagar se desejava esperar mais três anos ou assumir desde logo o poder, respondeu: "Quero já!".
Diversas rebeliões foram formadas nos anos do Brasil Regência, a única forma de retomar a ordem seria declarar a maioridade de D. Pedro II, antes do tempo. Com apenas 15 anos, no dia 2 de dezembro de 1840, dia do seu aniversário, foi decretada oficialmente a
maioridade e D. Pedro foi aclamado pelo povo.
No dia 30 de maio do ano de 1843, D. Pedro II casa-se com D. Teresa Cristina Maria de Bourbon, filha de Francisco II, Duque da Calábria, a quem só tinha visto em retrato. Passado algum tempo o Imperador aprendeu a conhecer as qualidades de D. Tereza Cristina. Foi pai de quatro filhos, mas só sobreviveram, as princesas Isabel e Leopoldina.
No início de seu governo fez viagens diplomáticas às províncias mais conflituadas. Interessado pelas letras e pelas artes, manteve correspondência com cientistas europeus, entre eles Pasteur, sempre protegendo os intelectuais e escritores. Deixou vasto acervo de cartas, registros jornalísticos e seus cadernos de anotações do próprio punho.
Tirando os dias de gala, a vida na corte de D. Pedro II era calma, modesta e patriarcal. As portas do Palácio Isabel, hoje Palácio Guanabara, Rio de Janeiro, eram aberta quatro vezes por ano, ao corpo diplomático e à nobreza que povoavam os brilhantes salões da Capital do Império.
D.Pedro II viajou por quase todo o Brasil, e por vários países, entre eles os Estados Unidos, O Egito, a Rússia, e a Grécia. O objetivo era trazer as inovações tecnológicas que surgiam lá fora.
Em 1842,apoiado pelo partido Conservador, criou o Conselho de Estado e a reforma do código de processo criminal, o que provocou a revolta dos Liberais.ntornada só após o final da guerra dos Farrapos (1845). Em conseqüência desse feito, surgiu a Insurreição Praieira (1848), em Pernambuco. Em virtude destas revoltas iniciou um amplo trabalho de conciliação política apartidária, nas nomeações dos integrantes do Conselho de Estado e dos presidentes de província, sob a coordenação do marquês de Paraná, Honório Hermeto Carneiro Leão, que dobrou a resistência do Partido Conservador, que culminou com a criação da Liga Progressista (1860), que, reduzindo os membros conservadores, permitiu a Zacarias de Góis e Vasconcelos, à frente do Conselho de Ministros, realizar importantes reformas no final do período.
Neste período, importantes acontecimentos sociais e econômicos ocorreram, como o declínio do escravismo, sobretudo a partir de 1850, com a extinção do tráfico negreiro e a contratação dos ingleses (1850), para elaborarem e implantarem sistemas de esgotamento para o Rio de Janeiro e São Paulo, a época, as principais cidades brasileiras.
Com o final da guerra do Paraguai (1870), os conservadores estavam novamente fortalecidos e as divergências políticas mais agudas, o que fez surgir o Partido Republicano (1870), dando início a decadência política do Império. Na questão religiosa (1872), prendeu os bispos D. Vital e D. Macedo Costa, por desafiarem o poder real. Julgados e condenados pelo Supremo Tribunal (1875), foi-lhes concedida a anistia.
Na sua última viagem ao exterior como imperador (1887), com muitos problemas de saúde, visitou a França, Alemanha e Itália (1887) e, em Milão, foi acometido de uma pleurisia e levado para Aix-les-Bains, onde permaneceu em tratamento, antes de poder voltar ao Brasil (1888). Na sua ausência, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, sancionada a 13 de maio de 1888, determinando o encerramento de mais um ciclo econômico e acelerando também o fim do regime político.
Já enfraquecido o império, foi proclamada a República no dia 15 de Novembro de 1889 e com isso o império sofreu grande abalo. Foi prisioneiro do paço da Cidade, para onde viera, descendo de Petrópolis, na esperança de sufocar o movimento republicano.
O governo provisório deu-lhe 24 horas para deixar o país, e assim, deixou o país e foi com a família para Portugal (17/11/1889), dois dias após a proclamação da República, chegando a Lisboa em 7 de dezembro e seguindo para o Porto, onde a imperatriz morreu no dia 28. Viveu então entre Cannes, Versalhes e Paris, onde assiste a espetáculos de arte e participa de palestras e conferências. Viveu até 66 anos, morrendo de pneumonia, no luxuoso hotel Bedford, em Paris, no dia 5 de dezembro do ano de 1891.
Seus restos, transladados para Lisboa, foram colocados no convento de São Vicente de Fora, junto aos da esposa. Revogada a lei do banimento (1920), foram os despojos dos imperadores trazidos para o Brasil. Depositados de início na catedral do Rio de Janeiro (1921), foram transferidos para a de Petrópolis (1925) e definitivamente enterrados (1939). O ilustre governante passou à história como um intelectual, apreciador da ciência, das artes e da liberdade de informação e como homem tolerante, aberto ao diálogo e às transformações da vida social.
Seu nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
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