Um dos maiores homens de seu tempo, Winston Churchill, 90 anos, morreu após estar internado em coma, desde que sofreu uma trombose. A notável resistência física do velho estadista cedeu, após uma vida inteira de graves enfermidades.
A morte de Winston Churchill encerrou o destino de um homem que poderia, sozinho, encarnar toda a grandeza, toda a tragédia e toda a esperança de uma época. Não apenas o último e certamente o maior político vitoriano que desaparece. Nem um estadista de envergadura mundial, dotado de um poder de liderança que venceu a prova da mais terrível de todas as guerras. Não é só um escritor de fôlego insuperável, nem um inexcedível orador de gênio, capaz de uma força de comunicação que acendeu no mundo inteiro, em dado momento, a chama da resistência e a certeza da vitória.
O fabuloso nonagenário, que agora mergulhou no reino das sombras, foi mais que um extraordinário homem de ação e um estupendo homem de pensamento. Seu destino arrebentou os limites, por mais extensos e singulares que tenham sido, de um prodigioso grande homem. Nenhum contemporâneo subiu mais alto do que ele às culminâncias do espírito humano, em dimensões universais... Aqui se encerra um ciclo da História. Seu exemplo, porém, é daqueles que não se perdem e renovam, na sua seiva perene, as razões de esperança e de confiança de que o mundo necessita para sobreviver com dignidade e em paz.
Winston Leonard Spencer Churchill nasceu prematuramente a 30 de novembro de 1874, em Blenheim Palace, Oxfordshire, na Inglaterra. Depois de uma carreira militar de pouco sucesso, incluindo o fracasso da Operação Dardanelos, em 1915, durante a I Guerra Mundial, Veio a se destacar como um dos maiores estadistas da história. Nomeado primeiro-ministro em 1940, seu nome está relacionado às vitórias que a Grã-Bretanha conseguiu na II GUerra, ao comandar a resistência européia contra a Alemanha nazista. Embora o sucesso da vitória seja incontestável, Churchill não teve o apoio necessário dos ingleses, quando tentou a reeleição, e foi derrotado pelos trabalhistas nas eleições de 1945. Retornou ao poder em 1951, ano em que foi premiado com o NObel da Literatura pela publicação de suas memórias. Em 1955, retirou-se da vida política. Morreu em Londres.
Fonte: Jblog