15.2.12

Mesopotâmica

A Mesopotâmia é uma região histórica do Oriente Médio (Ásia), incluída no Iraque e banhada pelos rios: Tigre e Eufrates. A palavra mesopotâmia, em grego, significa região entre rios. Estendendo-se desde o Deserto da Síria , a N.O, até as margens do Golfo Pérsico, a S.E., compreende duas áreas distintas:

O Planalto ou Alta Mesopotâmia, de constituição geológica complexa, onde predominam formas muito eruditas;

A Planície ou Baixa Mesopotâmia, de origem rudimentar recente, cheia de lagoas, pântanos e canais naturais.

Uma elevação de 75 metros de altura, situada nas proximidades da cidade de Bagdá, marca o limite entre ambas.

É exatamente nesse ponto que se aproximam bastante os cursos dos dois famosos rios: o Tigre, que desce das montanhas do Curdistão, e o Eufrates, que procede do Planalto da Anatólia, entrelaçando suas águas através de pântanos, lagos e canais. Afastam-se a seguir, para reencontrarem-se pouco antes da foz, fundindo-se num só: o Chat-el-Arab (Rio dos Árabes), que se lança no Golfo Pérsico.

Em junho e julho, as águas desses rios avolumam-se, devido à fusão das galerias existentes nas cabeceiras e pelas fortes chuvas que caem nos cursos superiores e transbordam por sobre a planície, fertilizando-se nas cabeceiras.

Essa rica planície atraiu uma série de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerra e dominaram uns aos outros, formando o que denominamos "civilização mesopotâmica". Entre esses povos temos:

Os Sumérios
Os Babilônicos
Os Assírios
Os Caldeus

Civilização mesopotâmica

Relações socias na Mesopotâmia

A sociedade mesopotâmica era dividida em castas. Os sacerdotes, os aristocratas, os militares e os comerciantes formaram castas privilegiada (a minoria). A maioria da população era formada pelos artesões, camponeses e escravos.


A religião

Os mesopotâmicos adoravam diversas divindades e acreditavam que elas eram capazes de fazer tanto o bem quanto o mal. Os deuses diferenciavam-se dos homens por serem mais fortes, todo-poderosos e imortais. Cada cidade tinha um deus próprio, e, quando uma alcançava predomínio político sobre as outras, seu deus também se tornava mais cultuado.

No tempo de Hamurábi, por exemplo, o deus Marduc da Babilônia foi adorado por todo o império.

A divindade feminina mais importante era Ihstar, deusa da natureza e da fecundidade. Os Sumérios consideravam como principal função a desempenhar na vida, o culto a seus deuses e quando interrompiam as orações, deixavam estatuetas de pedra que os representavam diante dos altares, para rezarem em seu nome.


Organização Política

Os pântanos da antiga Suméria (hoje sul do Iraque), foram o berço das cidades-estados do mundo. As cidades-estados pertenciam a um Deus, representado pelo Rei. A autoridade do Rei estendia-se a todas as cidades-estados. Ele era auxiliado por sacerdotes , funcionários e ministros .

Legislava em nome das divindades, assegurava as práticas religiosas, zelava pela defesa de seus domínios, protegia e regulamentava a economia.

O mais ilustre soberano da Mesopotâmia foi Hamurábi, por volta de 1750 A.C., um Rei Babilônico, que conseguiu conquistar toda a Mesopotâmia . Hamurábi fundou um vasto Império, ao qual impôs a mesma administração e as mesmas leis. Era uma legislação baseada na lei de Talião (Olho por Olho, Dente por Dente, Braço por Braço, etc)

É o famoso código de Hamurábi, o primeiro conjunto de leis escritas da História.


A economia

A Mesopotâmia manteve sempre permanente contato com os povos vizinhos. Babilônia e Nínive eram ligadas entre si por canais e eram as duas cidades mais importantes. A navegação nos rios Tigre e Eufrates era feita em barcos. As principais atividades econômicas eram a agricultura e o comércio. Os mesopotâmios desenvolveram também a tecelagem, fabricavam armas, jóias e objetos de metal; mantinham escolas profissionais para o aprimoramento de fabricação de armas e cerâmicas.

Os comerciantes andavam em caravanas, levando seus produtos aos países vizinhos e às regiões mais distantes. Exportavam armas, tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes.

Dessas terras traziam as matérias-primas que faltavam na Mesopotâmia, como o Marfim da Índia, o Cobre de Chipre e a madeira do Líbano.


A ciência

Embora a roda do oleiro tivesse sido inventada nos tempos pré-históricos, foram os Sumérios que construíram os primeiros veículos de rodas.

Desenvolvendo os conhecimentos adquiridos pelos Sumérios, os Babilônicos fizeram novas descobertas, como o Calendário e o relógio de Sol.

Os Caldeus, sem dúvida, os mais capazes cientistas de toda a história mesopotâmica, tendo deixado importantes contribuições no campo da astronomia. Os mesopotâmios também conheciam pesos e medidas.

Devemos aos Mesopotâmicos, vários elementos de nossa própria civilização, como:

O ano de 12 meses e a semana de 07 dias,
A divisão do dia em 24 horas,
A crença nos horóscopos e os dozes signos do zodíaco,
O habito de fazer o plantio de acordo com as fases da lua,
O círculo de 360 graus,
O processo aritmético da multiplicação.

A escrita

A invenção da escrita é atribuída aos Sumérios.

Eles escreviam na argila mole com o auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas tem a forma de cunha (V), daí o nome de " escrita cuneiforme" .

Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus contratos , enquanto no Egito se usava o papiro.

Em 1986, foi descoberta por arqueólogos, perto de Bagdá, Capital do Iraque, uma das mais antigas bibliotecas do mundo, datada do século X - A.C..

A biblioteca continha cerca de 150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura caracterizava-se pelos poemas religiosos e de aventura.


A arquitetura

O edifício característico da arquitetura suméria é o zigurate, depois muito copiado pelos povos que se sucederam na região. Era uma construção em forma de torre, composta de sucessivos terraços e encimada por um pequeno templo.

Nas obras arquitetônicas os mesopotâmicos usavam tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. Preferiam construir palácios. As habitações de escravos e homens de condições mais humildes eram às vezes, simples cubos de tijolos crus, revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeira e argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.


A arte na Mesopotâmia

Para falarmos da arte desta civilização que é um aglomerado de vários povos como os Sumérios, Assírios, Babilônios, Hebreus, Fenícios, Medos, Persas e Hititas, devemos dizer que a Bíblia nos conta dos Tribunais de Justiça entre os Assírios, da Torre de Babel e da faustosa Nínive.

Do cativeiro de 60 anos dos judeus e da conquista de Nabucodonosor. Da sentença de Deus contra a grande prostituta e das salvas da sua ira, que sete dos seus anjos derramaram sobre as terras do Eufrates. Os profetas Isaías e Jeremias pintaram suas visões terríveis da destruição do mais famoso entre os reinos.

Há pouco mais de um século, toda a ciência Assíria era para nós um livro fechado. Hoje, será possível escrever a história de mais de dois mil anos de Mesopotâmia e pintar os verdadeiros caracteres de seus senhores.

A cólera do Senhor está situada exatamente entre os rios Tigre e Eufrates.

Falar sobre a civilização nos faz perceber um mistério que envolve todo um povo e uma história.

Esta civilização foi profeticamente condenada a desaparecer. " Ele estenderá a mão contra o Norte e destruirá a Assíria e fará de Nínive uma desolação e a terra árida como um deserto onde tudo se deitará".

A terra entre os dois rios, escondeu durante séculos, palácios, templos e estátuas de reis e deuses. Foi uma civilização rica e cheia de mistérios. Os palácios suspensos , jardins afrodisíacos ornados com tijolos vitrificados e alabastro, leões alados, touros, águia e estatuas gigantescas denominadas de guerreiros de Jeová. Era para nós um livro fechado e a poucos decênios os soberanos assírios nos pareciam lendas e fantasmas.

Somente a Bíblia nos mostrava a verdade desta civilização e não os fatos comprovados que a ciência necessita. Passagens significativas como o Livro dos Mortos, Sodoma e Gomorra, Noé, Moisés, Golias, Guerra de Tróia, a Ilíada e a Odisséia se eram estórias ou lendas, realidade ou fantasia, o que podemos concluir é que nos foi deixado um grande legado em esculturas, escritas, baixo relevo e pintura nas escavações realizadas em 1840.

O povo desta época atingiu um alto nível de desenvolvimento na matemática , astronomia, medicina e nas ciências.

A pintura era subsidiária da escultura e a decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.

A pintura tinha ausência das três dimensões, onde ignoravam a profundidade.

Nos baixos relevos, o uso de conchas, mosaicos vitrificados e madrepérolas se sobressaiam nas colunas e muros.

Na música encontram-se instrumentos gravados em pedras e do seu sistema musical nada chegou até nós.

Na decoração a pedra era esculpida em frisos com motivos circulares e as combinações decorativas obtidas com suas disposições variadas, descendem dos motivos antigos e bizantinos. O gesso entalhado e o estuque, cujo emprego foi amplamente utilizado na Pérsia para revestir as paredes.

A madeira era esculpida e com um sistema de marchetaria encontravam-se nsa portas e sarcófagos.

Na cerâmica os jarros de bronze eram criados com relevos ora lavrados, ora rendilhados com frisos e medalhões em azuis-lazurita, verdes-turquesa, ouro, cinábrios, granadas e rubis.

O vidro era esmaltado, moldado e entalhado na cor vermelha e dourado sobre fundo claro.

O bronze e o cobre e às vezes o ouro eram muito usados nos utensílios ou para simples enfeite para portas.

Na religião os deuses deram destaques:

Anou - deus do Céu
Enki – deus da Terra
Nin-ur-sag – deus da Montanha
Assur – deus Supremo
A relação com os deuses era marcada pela total submissão às suas vontades.
Tâmara Cláudia de Araújo
Fonte: Cola da Web