10.3.12
Civilização Grega | O Período Helenístico | 1000 aC a 1aC
Enquanto as cidades gregas entravam em decadência, provocada pelas contínuas guerras entre si, os macedônios, até então isolados, fortaleciam-se e iniciavam conquistas aos territórios gregos vizinhos.
Sob o reinado de Filipe II (359 a.C. – 336 a.C.), venceram a batalha de Queronéia em 338 a.C., e foram dominando a Grécia, iniciando sua hegemonia.
Após o assassinato de Filipe, sucede-o seu filho, Alexandre, que, tendo sido educado pelo sábio grego Aristóteles, assimilou os valores da cultura grega.
Após sufocar revoltas internas e consolidar seu domínio sobre a região balcânica, atravessou o Helesponto em 334 a.C. e iniciou seu avanço sobre o oriente. Na batalha de Granico, venceu os persas e conquistou a Ásia Menor.
Estendeu seu domínio, em seguida, sobre o Oriente próximo, chegando até o Egito, onde fundou a primeira das várias cidades com o nome de Alexandria.
Continuando a avançar sobre o Império Persa, chegou com suas tropas até as margens do rio Indo, na Índia.
Voltando de suas campanhas militares, iniciou-se a reorganização de seu exército e escolheu a Babilônia como sede de seu império.
Entretanto, morreu precocemente, aos 33 anos de idade (323 a.C.), e seus sucessores não conseguiram manter a unidade do enorme império, que acabou dividido entre quatro de seus generais: Ptolomeu, que ficou com o Egito, a Fenícia e a Palestina; Seleuco, com a Pérsia, a Mesopotâmia e a Síria; Cassandro, com a Macedônia; e Lisímaco, com a Ásia Menor e a Trácia. O fracionamento do império de Alexandre e as lutas internas que se seguiram trouxeram o enfraquecimento e a possibilidade de conquista romana, que se concretizaria nos séculos II e I a.C.
Culturalmente, o resultado das campanhas de Alexandre foi a fusão da cultura grega com a oriental, transformando uma e outra numa nova forma de expressão, que se denominou helenismo.
A escultura e a pintura tornaram-se mais realistas, exprimindo a violência, a dor e, ao mesmo tempo, a sensualidade.
A arquitetura adquiriu luxo e grandiosidade, representados pelo farol de Alexandria, no Egito, e pela colossal estátua de Apolo, em Rodes.
O helenismo trouxe grande impulso às ciências: na astronomia, salientou-se Ptolomeu, que defendeu a tese do sistema geocêntrico, na geografia, Eratóstenes, que calculou a medida da circunferência da Terra; na matemática e na física, destacaram-se Euclides, que criou as bases da geometria, e Arquimedes, que descobriu princípios básicos da física, como o da alavanca e o da roldana, além de formular as leis de flutuação de corpos.
Na política, entretanto, retomou-se o despotismo oriental, em que a autoridade do governo era inquestionável, sepultando as conquistas de liberdade e direitos que fundamentaram a democracia.
A filosofia criou novas doutrinas.
O estoicismo, fundado por Zenão, propunha que a felicidade estava na obtenção, por meio de virtude, de um perfeito equilíbrio interior, capaz de permitir ao homem aceitar com a mesma serenidade a dor e o prazer, a ventura e o infortúnio. Essa doutrina difundiu-se rapidamente na Grécia e depois em Roma.
O epicursimo, cujo nome deriva de Epicuro, seu criador, sustentava que a felicidade humana consistia apenas na busca e obtenção do prazer.
E, finalmente, o ceticismo, fundado por Pirro, defendia que a felicidade consistia em não se pretender julgar coisa nenhuma, pois as coisas "parecem ser de tal ou qual maneira, mas não se sabe como elas são realmente".
Fonte:
http://br.geocities.com/culturauniversalonline/acontecimentos_2.htm